domingo, 28 de agosto de 2011

Comer, rezar, amar.



Baseado no livro autobiográfico de Elizabeth Gilbert, não fez feio nas bilheterias norteamericanas porque a parcela feminina da população correspondeu às expectativas e foi conferir a adaptação do livro que muitos adoram.

As crises existenciais e a dificuldade em se relacionar, bem como a fuga dos problemas são típicas de uma adolescente boboca. Mas paciência. É autobiográfico e a personagem precisava ter a mesma idade da Lisa real.

Lisa é bem sucedida na carreira, tem um marido que a ama e dinheiro. Mas ela se sente incompleta e o anseio por mudança a faz tomar uma decisão: ela resolve passar um ano viajando, durante o qual ficará um tempo na Itália, na Índia e em Bali. Os países representam as “fases de crescimento” pelas quais ela passou, respectivamente: a admiração pela gastronomia, o costume e o prazer em rezar, e o a descoberta do amor verdadeiro.

A fase italiana é a que melhor se desenvolve, com dinamismo, boa utilização da linguagem cinematográfica, ausência de redundância entre imagens e falas e boa trilha sonora. Depois disso, a história cada vez mais perde o fôlego e chega ao final se arrastando.

O filme só escapa de ser uma tremenda chatice porque possui uma boa primeira metade e porque tem um elenco competente, que vai de Julia Roberts a Viola Davis e o excelente Richard Jenkins. Tem também o (quase) sempre muito bom Javier Bardem, interpretando o brasileiro Felipe, com quem a autora do livro é casada, com direito a sotaque portunhol e a citação de que os homens no Brasil têm o costume de beijar os filhos na boca...


Bem, de qualquer forma, trata-se de uma história vazia e cheia da falta de amor, representando bem o recheio de muitas mulheres ditas modernas e que não tem, na verdade, noção de sentimento, de cumplicidade. Conheci algumas bem de perto...

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