quinta-feira, 30 de setembro de 2010

À L'Aventure

Insatisfeita com seu estilo de vida, mais particularmente, insatisfeita sexualmente com o namorado Fred, Sandrine (Carole Brana, linda!) decide encontrar um novo caminho na vida. Sente-se intrigada com sua amiga Sophie, que conta sobre a experimentação sexual e vai de encontro a novos prazeres e novas experiências, sejam elas físicas físicas ou espirituais.
Brisseau mexe conosco, mesmo com aqueles que sabem que tudo faz parte do universo de um filme. Os últimos filmes de Brisseau falam exatamente da perversão e do prazer em observar pessoas que observam outras, e ao observar outras, observam a si mesmas. Ele fica num meio caminho entre um sábio místico e um grande charlatão oportunista. Combina sexo com poder, quer arremessar na cara do espectador, sem meios tons, a possibilidade de viver em liberdade desfiando na tela supostos tabus, e como o sexo desperta fios íntimos do corpo e da alma, e como viver em liberdade plena é impossível, é nos aproximar do suicídio e da loucura (sem falar na marginalidade), ou ainda, como a sociedade irá reprimir com violência a possibilidade de vivermos em liberdade, de não sermos domesticados, de vivermos de forma plena. Falso pornô soft, filmado com uma decupagem simples, falso charlatanismo, como a própria hipnose nos parece apontar, falsa filosofia de botequim. Filme de falsas aparências, filme sobre a possibilidade do êxtase num mundo materialista (ou esse êxtase seria apenas loucura?).
A L'Aventure é um Brisseau: coerente e fantástico!

Porto solidão - Jessé

Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...
Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...
Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...

Seu nome

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eleições 2010: Lei de Zeca Pagodinho

Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da platéia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico.
Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.
Um dia, porém, um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor.
O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser.
O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta, e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos, e sentenciou:
"não posso procurar o circo... aí está o meu problema : eu sou o palhaço".
Como professor, vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalha para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz.
Tenho a impressão de que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento) porque, depois de formados, meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniqüidades que combatíamos juntos.
Parece que quando meus meninos(as) caem no mercado de trabalho, a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo.
Aprenderam rindo mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.
Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades.
Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos, é uma total inversão dos valores.
Vejo que alguns professores partilham das mesmas idéias, e as defendem em sala de aula e na sala de professores e se vangloriam disso.
Essa idéia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele.
"O importante professor é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico", todos se entreolharam e riram, só eu, bobo que sou, fiquei sem graça.
O pior é quando a gente se dá conta de que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson: "o importante é levar vantagem em tudo". ( Lei de Gérson...dá para rir...)
A pergunta é : Sem trabalho produtivo é possível, usando a lógica, que todo mundo ganhe ? Sem o trabalho honesto, para alguém ganhar é óbvio que alguém deverá perder.
A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado;
é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada;
é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha;
é cortar a fila do cinema ou da entrada do show;
é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo ou na conversa com quem leu;
é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça;
é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas;
é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba;
é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde;
é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas;
é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto;
é trocar o voto por empregos, pares de sapato ou cestas básicas;
é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas (assim como costuma fazer a dupla sertaneja Lula e Duda).
Essa é a lógica da perpetuação da burrice.
Quando um país perde, todo mundo perde.
E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo.
Parafraseando Schopenhauer: "Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".
Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol.
Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto.
A luz é, e sempre foi, a metáfora da inteligência.
No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter.
Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.
Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) precisa mais de gente honesta do que dos pseudo literatos, historiadores ou matemáticos.
Ou o Brasil encontra e defende esses valores e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas e todos os marketeiros que chamam desonestidades flagrantes de espertezas técnicas, ou o Brasil passa de país do futuro para país do só furo.
De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, espera-se honestidade em forma de trabalho e transparência.
De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) ministrando a honestidade.
A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos.
Quem plantar joio, jamais colherá trigo.
Quando reflexões assim são feitas, cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões.
A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso.
Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabemos, um bis não se despreza.
Então, uma pirueta, duas piruetas, bravo ! bravo ! E vamos todos rindo e afinando o coro do "se eu livrar a minha cara o resto que se dane".
Enquanto isso, o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz:
"Esse é o problema... eu sou o palhaço".

(Desabafo de um professor)

O testamento do mendigo

Agora, no fim da vida
Como mendigo que sou,
Me sinto preocupado,
Intrigado e num momento
Me pergunto, embaraçado,
Se faço ou não testamento.
Não tendo, como não tenho
E nunca tive ninguém,
Pra quem é que eu vou deixar
Tudo o que eu tenho: os meus bens?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Minhas calças remendadas,
O meu céu, minhas estrelas,
Que não me canso de vê-las
Quando ao relento deitado
Deixo o olhar perdido,
Distante, no firmamento?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minha camisa rasgada,
As águas dos rios, dos lagos,
Águas correntes, paradas,
Onde às vezes tomo banho?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Vaga-lumes que em rebanhos
Cercam meu corpo de noite,
Quando o verão é chegado?
Se eu fizer um testamento
Pra quem vou deixar,
Mendigo assim como sou,
Todo o ouro que me dá
O sol que vejo nascer
Quando acordo na alvorada?
O sol que seca meu corpo
Que o orvalho da madrugada
Com sua carícia molhou?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os meus bandos de pardais,
Que ao entardecer, nas árvores,
Brincando de esconde-esconde,
Procuram se divertir?
Pra quem é que eu vou deixar
Estas folhas de jornais
Que uso para me cobrir?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que eu vou deixar
Meu chapéu todo amassado
Onde escuto o tilintar
Das moedas que me dão,
Os que têm a alma boa,
Os que têm bom coração?
E antes que a vida me largue,
Pra quem é que eu vou deixar
O grande estoque que tenho
Das palavras "Deus lhe pague"?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Todas as folhas de outono
Que trazidas pelo vento
Vêm meus pés atapetar?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minhas sandálias furadas,
Que pisaram mil caminhos,
Cheias dos pós das estradas,
Estradas por onde andei
Em andanças vagabundas?
Pra quem é que eu vou deixar
Minhas saudades profundas
Dos sonhos que não sonhei?
Pra quem eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os bancos dos meus jardins,
Onde durmo e onde acordo
Entre rosas e jasmins?
Pra quem é que vou deixar,
Todos os raios de luar
Que beijam minhas mãos
Quando num canto de rua
Eu as ergo em oração?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Meu cajado, meu farnel,
e a marca deste beijo
Que uma criança deixou
Em meu rosto perguntando
se eu era Papai Noel?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Este pedaço de trapo
Que no lixo eu encontrei
E que transformei em lenço
Para enxugar minhas lágrimas
quando fingi que chorei?
Se eu fizer um testamento...
Testamento não farei!
Sem nenhum papel passado,
Que papéis eu não ligo,
Agora estou resolvido:
O que tenho deixarei,
Na situação em que estou,
Pra qualquer outro mendigo,
Rogando a Deus que o faça,
Depois que eu tiver morrido,
Ser tão feliz quanto eu sou.

(Urbano Reis - Contos e Lendas)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tudo sobre você...

Queria descobrir
Em 24hs tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir
E num fim de semana
Tudo que você mais ama
E no prazo de um mês
Tudo que você já fez
É tanta coisa que eu não sei
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

E até saber de cor
No fim desse semestre
O que mais te apetece
O que te cai melhor
Enfim eu saberia
365 noites bastariam
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Palavras para um grande amor

Se o amor for grande,
A espera não será eterna,
Os problemas não serão dilemas,
E a distância será vencida.
Se a compreensão insistir,
As brigas fortalecerão-nos,
Os fatos farão-nos rir,
E os diálogos marcarão-nos.
Se o respeito prevalecer,
Os carinhos serão doces e suaves,
Os beijos profundos e cheios de valor,
E os abraços calorosos e confortantes.
Se a confiança existir,
A dúvida se extinguirá,
As perguntas serão respondidas,
E as palavras poderão ser ditas.
Talvez seja apenas um grande amor
Um amor que vence as barreiras
Impostas pela vida e pelas ocasiões.
Aquele que não teme a escolha,
E faz a opção de simplesmente
Ser intensamente vivido.

domingo, 26 de setembro de 2010

Mais Clarice


Há momentos em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser. Voe, pois você possui apenas uma vida e nela só tem uma chance de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades bastante para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado.
A vida é curta, mais as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre.

(Para uma amiga)

Antes que termine o dia

Ian e Samantha são diferentes, mas se amam. Ele é um executivo inglês que só pensa no trabalho enquanto ela é uma cantora romântica que só pensa no relacionamento com ele. Tantas brigas e diferenças fazem com que os dois terminem. Então, depois de um acidente, Ian tem a oportunidade de mudar tudo em relação a Samantha, quando percebe que acorda no dia anterior ao do acidente...
Ficam claras as diferenças de cultura, de formação emocional entre as pessoas, o que faz com que não nos demos conta de várias atitudes nossas. Acaba sendo um filme tocante.

Compreendi...

Finalmente compreendi,
que dois seres têm que se completar.
Que sempre um tem que oferecer algo ao outro,
que não apenas seu corpo e o desfrute do que lhe é oferecido.
Quem assim age, provavelmente, é incapaz de amar.
Crê ser bastante se permitir usar.
Pobre de espírito...
Por várias provações ainda há de passar.
Até aprender o que é se dar.
Infeliz na sua felicidade,
só, nas suas amizades.
Minha parte sempre fiz
e por quem assim age,
apesar de entender que nunca teve maldade,
resta-me ter piedade.
Afinal, sempre serei feliz,
enquanto à outra,
restará saudade.

Clarice Lispector

Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

Obs.: Se chegou até aqui leia-o de baixo para cima...

(Para uma amiga)

sábado, 25 de setembro de 2010

Sábado agradável

Agradável sábado de mormaço e lampejos de sol, com um delicioso almoço para pessoas especiais e queridas, regado a batida de frutas vermelhas e muita música gostosa.

E Conan está com mais de 20 quilos!

O amor


O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição. Como são sábios aqueles que se entregam às loucuras do amor!
(Joshua Cooke)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Limitações


Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero uma verdade inventada.
(Clarice Lispector)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primavera II

Linda surpresa ao chegar em casa!
Pra você, que faz com que a primavera, aos poucos, floresça em mim...

Primavera


Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar....
(Florbela Espanca)

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
(Pablo Neruda)

E assim como a primavera, eu me deixei cortar para vir mais forte...
(Clarice Lispector)

Poesia não é para compreender mas para incorporar
Entender é parede: procure ser árvore.
(Manoel de Barros)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Yesterday was a lie

Kipleigh Brown e Chase Masterson, lindas, contracenando com pura sensualidade!
"Yesterday Was a Lie”, de 2008, é um misterioso neo-noir drama e também ficção científica, envolvendo até física quântica e teorias sobre viagens no tempo, escrito e dirigido por James Kerwin, e conta a história de Hoyle, uma jovem com uma mente afiada e uma fraqueza por bourbon, que encontra-se fugindo de um gênio solitário. Mas o seu trabalho tem uma série de reviravoltas imprevistas, e então situações estranhas e surreais começam a acontecer com ela. Tendo apenas uma cantora sexy e um parceiro leal como os seus únicos aliados, Hoyle vê-se mergulhada num mundo sombrio de intrigas e segredos. Perseguida por uma sombra sempre presente que está destinada a enfrentar, Hoyle descobre que a força mais poderosa do universo — o poder de dobrar a realidade, o poder de conhecer a verdade — está dentro das profundezas do coração humano.
Realizado em preto e branco, o que lhe confere uma estranha beleza.
Ótima idéia, delicioso clima, gostosa música e esplêndido resultado!

Vaso quebrado

Noite de lua cheia. Um cheiro distante de jasmim, as rosas que comprei hoje, num vaso aqui ao meu lado. Sabe quando tudo te lembra os tempos em que você era feliz?
Agora, eu estou muito longe. Numa casinha isolada, no meio da mata, perto da praia. Eu estou na varanda, ouvindo o chiado da cigarra. O vento quente soprando e o cheiro de terra perfumando toda a casa.
Sabe quando todas as coisas te encaminham pra uma época aparentemente distante, mas que ainda sobrevive dentro de você? É como se nada daquilo tivesse passado e, hoje, daqui a pouco, eu estaria naquele mesmo lugar, com as mesmas pessoas, sorrindo e dizendo estar feliz por tudo aquilo ser suficiente pra minha felicidade.
Aí, bate aquela saudade e aquela tristeza.
Saudade da ilusão que me causou uma das maiores tristezas na vida.
Ninguém pode dizer que viver uma ilusão é ruim... Se não, ninguém iria se iludir. É muito bom achar que aquilo é pra sempre, é muito bom saber que aquelas pessoas dizem te amar e estar sempre ao seu lado, é muito bom ouvir daquela pessoa, a qual você dedica todo o seu amor, que ela nunca vai te deixar. É muito bom.
Triste mesmo é saber que tudo aquilo era uma grande mentira. Que, na verdade, tudo era uma ilusão e você sempre esteve sozinho.
Isso é o mais difícil.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Terça-feira

A sombra do seu sorriso
Quando você se for
Irá colorir meus sonhos
E clarear o amanhecer
Olhe nos meu olhos, meu amor, e veja
Todas as coisas adoráveis, você é, para mim
Nossa melancólica estrelinha
Estava muito longe, muito alta
Uma lágrima beijou seus lábios
E como, como eu fiz
Agora quando eu me lembro da primavera
E cada adorável coisa
Eu estarei lembrando
A sombra do seu sorriso
Seu adorável sorriso

Quem diria?
Eu que sempre achei terça-feira o dia mais chato e "sem sal" da semana...
Ainda por cima chegando de viagem, cansado...
Que surpresa linda! Delicioso escondidinho de carne seca, vinho siciliano ótimo (Boccantino Nero D'Avola), morangos com chocolate saboroso!
Trilha sonora de Diana Krall, céu estrelado, lua cheia... companhia agradável...
Como disse o grande Poetinha: "O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades".

Voar?!?

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso.
Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas do filhote.
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento , a sua missão estava prestes a se completar.
Restava-lhe ainda uma tarefa final: o empurrão.
Às vezes em nossa vida, as escolhas fazem o papel da águia.
Quantas vezes elas nos empurram, gentilmente ou não, para o abismo?
E são elas, nossas próprias decisões, que nos fazem descobrir que:
podemos aprender a voar !!!

Por enquanto

Sonhos, sonhos e mais sonhos...
4 anos atrás.
Belíssimos e intensos anos...

São Paulo II

O Maksoud Plaza está lindo (breakfest lá embaixo, ao lado da fonte), Sampa continua um barato, a reunião foi ótima e o vôo de volta, da Gol, não atrasou.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

São Paulo

Sampa "again"!
Ótima ponte aérea da Avianca, ótimo almoço no Carino's, Cucina d'Itália, na Alameda Santos.
Hotel Maksoud Plaza revitalizado, mas nem tanto...





Acorda linda morena
Toma seu café e vai trabalhar

São Paulo já está de pé
De braços abertos
Esperando você chegar

Veste uma blusa, uma bota, uma luva,
Leve seu guarda-chuva
Pois São Pedro irá nos visitar

Vambora linda morena
Chega de maquiar
Que daqui dois minutos o metrô vai passar
E andar a pé em Sampa é que não dá

São esculpidas suas obras
As avenidas são tão longas
A noite colorida que Deus abençoa
É lindo morar na cidade da garoa

(Ivan Andrade)

domingo, 19 de setembro de 2010

Casablanca

É sempre bom rever Casablanca. Meu filme favorito até hoje. Um dos mais belos filmes já realizados, apesar de feito em 1942. Ganhador do Oscar de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro em 1943.

Impressionante o fato de Casablanca já ter quase 70 anos e continuar emocionando. Isso porque os padrões de filmes românticos mudaram tanto, com o passar dos tempos que fica difícil entender porque este filme continua tão maravilhoso.

Humphrey Bogart é dono de um famoso bar localizado em Casablanca, Marrocos, rota de fuga para quem deseja escapar da Guerra e seguir para a Europa. Ele leva seu negócio com maestria, sem problemas com os guardas e dando a segurança necessária aos seus clientes, tudo embalado pelas mais belas canções tocadas por Sam, seu fiel amigo. Quando um amor muito mal resolvido do passado (Ilsa, vivida por Ingrid Bergman) chega ao seu bar, ele deve decidir se deve ajudá-la ou não a escapar junto com seu importante marido.

Ele é Victor Laszlo, interpretado pelo astro Paul Henreid. Ator famoso na época, só aceitou esse papel 'secundário' em troca do seu nome aparecer no topo do cartaz. Porém, apesar de ser um papel considerado 'secundário' sua importância dentro da trama é enorme. Ele é o moinho que faz as águas da história correrem. Por sua causa a história principal acontece; é por sua causa que a vida dos personagens é alterada; é por sua causa que o filme tem a conclusão que tem.

Os roteiristas trabalharam incansavelmente no roteiro e não tinham um final para a história até pouco antes da seqüência ser filmada. Isso chegava a irritar Ingrid Bergman, que sempre perguntava aos roteiristas: "Por quem eu devo demonstrar mais amor?", e ouvia um "Interprete de forma ambígua. Quando tivermos um final, você vai ser a primeira a saber" em troca.

E não é que deu certo? O resultado é um romantismo de primeira; uma mulher presa ao passado, mas que não consegue deixar de olhar para o futuro. Uma das mais marcantes interpretações da história do cinema, mesmo que Ingrid tratasse esse filme apenas como mais um - ironias a parte, justamente aquele que as pessoas mais lembram nos dias de hoje.

Óbvio que Humphrey Bogart não é nenhum galã, mas ao lado de Ingrid Bergman, quem não fica mais charmoso? O homem com mágoas do passado, que deve decidir por um grande amor ou uma causa maior para todos é sua melhor performance nas telas. O que deixou Rick imortalizado foi o seu humor ácido e o jeito cafajeste de tratar a tudo e a todos, mas sem nunca parecer arrogante ou antipático. É a mais perfeita escola de anti-heróis de Hollywood.

Outro personagem interessantíssimo e que tem grande presença no longa é o Capitão Renault. Suas cenas são engraçadas, revoltantes, e mostram bem como tudo funcionava em Casablanca.

Mesmo com tanta alteração e indecisão no roteiro, é impressionante o número de diálogos inteligentíssimos e no tempo certo. Pra mim, o filme com os melhores e mais memoráveis diálogos da história do cinema, muitos deles com um toque de cinismo. Quem nunca ouviu falar de "Estou de olho em você, garota" e inúmeras outras passagens do longa? É uma mistura deliciosa de ação, policial, drama e, a mais marcante de todas as características, o romance. Um 'eu te amo' não soa piegas por aqui. É o amor à moda antiga, embalado e digerido da melhor forma possível, mesmo tanto tempo depois. Um filme que poderia estar datado, afinal, se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Mas ao invés de se concentrar na época, os personagens apenas a vivem, então sua atemporalidade está nas ações e não no ambiente.

Como era um filme menor do estúdio, Casablanca viveu grandes problemas, principalmente na parte orçamentária. Tudo tirado de letra por Michael Curtiz, que nunca foi tão bem assim com atores, mas como técnico, não havia outro diretor igual. Seus impressionantes movimentos de câmera, somados à uma fotografia linda que aumenta de forma bastante expressiva o contraste entre preto e branco, tornam tudo ainda mais inesquecível. O que dizer da última seqüência, feita com um avião de madeira e anões, para dar escala ao cenário, sem nunca transparecer aos olhos do público? Ele realmente era um gênio, e o seu modo de resolver os problemas junto à produção é um exemplo até os dias de hoje.

E o que falar da trilha sonora? As time goes by é maravilhosa!

Por que Casablanca continua tão bom, mesmo com o passar de tantos anos? Talvez pelos personagens marcantes, pelos diálogos inesquecíveis, pelo romantismo constante, pela parte técnica inigualável... O leque de opções está aberto, cabe a quem assiste decidir qual das opções lhe parece mais conveniente.

Pra mim, a decisão pouco importa. Casablanca é eternamente apaixonante como um todo.

"We still have Paris".

O filme perfeito!!!

Para alguém

Gosto de você, não apenas pelo que você é,
mas pelo que sou quando estou com você.

Gosto de você não apenas pelo que você fez de você mesma,
mas pelo que você está fazendo de mim.

Gosto de você por saber extrair o que há de bom em mim.

Gosto de você por colocar a mão no meu coração transbordante,
passando por cima de todas as coisas fracas que você não pode deixar de ver
e levando para a luz todas as coisas belas,
que jamais alguém encontrou por não ter procurado tão fundo.

Gosto de você por não dar atenção às possibilidades do tolo que está dentro de mim,
aumentando a minha música por me escutar com reverência.

Gosto de você por estar me ajudando a construir com os trastes de minha vida,
não uma taverna e sim um templo,
e com minhas palavras,
não uma censura e sim uma canção.

Gosto de você por estar fazendo mais do que qualquer doutrina para me fazer feliz.
Você o faz sem um toque, sem uma palavra, sem um sinal.
Você o faz sendo você mesma !!!

Elvis Presley e Martina McBride

Montagem hiper bem feita!

I'll have a Blue Christmas without you
I'll be so blue thinking about you
Decorations of red on a green Christmastree
Won't be the same dear, if you're not here with me
I'll have a Blue Christmas that's certain
And when that blue heartache starts hurtin'
You'll be doin' all right, with your Christmas of white,
But I'll have a blue, blue Christmas

Obrigado Maria!

sábado, 18 de setembro de 2010

Precipício...

O amor é como um precipício.
Quando pensamos que estamos voando, talvez estejamos caindo.

Brincando na chuva

Que chuva chatinha! E eu já tinha tomado banho...
Tenho que ficar sob o deck com meu brinquedo na boca.

Antes da chuva

O céu estrelado, que abre a primeira das três histórias narradas por Milcho Manchevski, é tão belo que parece um efeito especial, mas li que o céu da Macedônia, uma das repúblicas que compunham a antiga Iugoslávia. Lá foi filmada uma parte de "Casino Royale".

Na primeira história, um noviço acolhe num convento bizantino um garoto que, na verdade, é garota. Na segunda, as fotos desse primeiro casal vão parar em Londres, onde uma mulher se envolve com um fotógrafo da Macedônia. Na terceira, o fotógrafo volta aos montes de sua terra.

Nas três histórias, Manchevski fala dos efeitos da guerra na vida das pessoas inocentes, porém, o filme não é sobre a destruição. Ele mostra a guerra sem tomar partido porque seu tema é a responsabilidade. Em Londres, a câmera passa por um grafite rabiscado numa parede: "Lar é o lugar onde está o coração."

Palavras de irmão Marko: "O tempo não pára, o círculo não é redondo". A sentença formalmente "abre" e "fecha" a narrativa elípitica de Antes da Chuva, mas de verdade a faz (re)circular e desdobrar-se sobre si mesma. Não a circularidade fechada e idêntica que se encerra no ciclo invariável da vida e da morte, gênese e apocalipse, mas a volta aberta, que perfaz seu traço no intervalo entre o tempo histórico e primitivo, que a cada rodada gera diferentes linhas narrativas. Instigado a se desinstalar da lógica linear, o espectador encontra uma rosa louca dos ventos, que não pára quando chegada a última cena.

Na estrutura poética descortina-se uma prodigiosidade de metáforas cíclicas: o ciclo da chuva, da plantação, da guerra,da vida e da morte, da lua e do sol e o ciclo da narrativa,que nunca se fecha. Como se o conteúdo mimetizasse a forma, O filme é permeado pela simbologia dos triângulos: três amores (Aleks e Anne, Aleks e Hana, Kiril e Zamira) , três idiomas principais (macedônio, albanês e inglês), três países (Inglaterra, Macedônia e a Bósnia, como espaço fílmico virtualmente e fotograficamente sugerido), três posições étnico-religiosas (albaneses-muçulmanos, macedônios-cristãos-ortodoxos e um macedônio ateu).

A música imita Cazuza e diz que o tempo não pára ou, mais exatamente, que ele não volta. O tempo pode não voltar, mas a estrutura circular do filme, sim, pois se fecha, harmonicamente.

A estética do filme, sua beleza, é indiscutível. Mas a questão ética, a discussão sobre a responsabilidade, primordiais.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ilha do medo

Scorsese a todo vapor! Filme forte e envolvente.

Surge do meio da neblina, como o carro no começo deTaxi Driver, a balsa que leva o agente federal Teddy Daniels à Ilha do Medo. Se o autor do livro que serve de base ao filme, Dennis Lehane, já dizia que a sua ideia era homenagear gêneros, dos filmes B aos terrores góticos, na adaptação Martin Scorsese também abraça as múltiplas referências - a começar pela referência a si mesmo.

A neblina é um enigma, simboliza um tormento. Descobre-se que Teddy está chegando ao presídio psiquiátrico na ilha Shutter, acompanhado do agente Chuck, não só para investigar o desaparecimento de uma paciente, como também para resolver questões particulares que o assombram desde a morte de sua esposa, Dolores.

A partir daí a colagem de referências é forte e parece que Scorsese está jogando pistas falsas para provocar interpretações do espectador. Filme de guerra (seria o hospital uma espécie de campo de concentração?), filme policial (estaria Teddy, como todo detetive de noir, sendo vítima de uma conspiração?) e filme-delírio (o que afinal é real na Shutter Island?) se misturam. Até o título nacional, que sugere um suspense sobrenatural, entra involuntariamente nesse jogo de espelhos.

Scorsese passa do sublime ao desastroso sem se abalar.

No fim, olhando para os trabalhos do diretor na última década, recebidos de forma amistosa pela crítica e pela mídia, não é difícil aferir que Ilha do Medo é o mais ousado, para o bem e para o mal.

Especialmente você... 4 anos

E de repente aparece você
Como o brilho de um raio de sol
que entra pela janela do meu coração
na madrugada...

Você, que me ouve em cada silêncio
Que me responde a cada pensamento
Que entende o que eu não sei explicar
Como foi bom te encontrar
De mansinho, se instalou
Tomou conta dos meus pensamentos

Numa plenitude de sonhos e sentimentos
que ficarão na memória, inesquecíveis
Apesar do tempo !!!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dia branco

Continuo achando a mais singela declaração de amor que existe.

Coração é terra que ninguém vê...

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...

(Cora Coralina)

Rousseau

Não sei ver nada do que vejo; vejo bem apenas o que relembro e tenho inteligência apenas nas minhas lembranças.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Siga em frente...

Certa vez, um homem pediu a Deus uma FLOR... ...e uma BORBOLETA.
Mas Deus lhe deu um CACTO... ...e uma LAGARTA.
O homem ficou triste pois não entendeu o porque do seu pedido vir errado.
Daí pensou: "Também, com tanta gente para atender..." E resolveu não questionar.
Passado algum tempo, o homem foi verificar o pedido que deixara esquecido.
Para sua surpresa, DO ESPINHOSO E FEIO CACTO, havia nascido A MAIS BELA DAS FLORES.
E a HORRÍVEL LAGARTA transformara-se em uma BELÍSSIMA BORBOLETA.
DEUS SEMPRE AGE CERTO. O SEU CAMINHO É SEMPRE O MELHOR,
MESMO QUE AOS NOSSOS OLHOS PAREÇA ESTAR DANDO TUDO ERRADO.
Se você pediu uma coisa e recebeu outra, confie.
NEM SEMPRE O QUE VOCÊ DESEJA... É O QUE VOCÊ PRECISA...
Como ele nunca erra na entrega dos seus pedidos,
SIGA EM FRENTE, sem murmurar ou duvidar.
O ESPINHO DE HOJE... SERÁ A FLOR DE AMANHÃ!"

Eu não existo sem você

Composição de Tom Jobim.

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eleições 2010

Estava assistindo ao programa eleitoral e pensei: Tenho que escrever algo a respeito.
A primeira coisa em que acredito é educação para o povo, afinal, cada povo tem o governo que merece. E isso é como o ovo e a galinha: quem veio primeiro?
Sem educação, votamos, por exemplo, num humorista que diz que não sabe o que um deputado federal faz e, segundo as pesquisas, o mais votado em São Paulo... sic...
Vivemos num país em que não falta emprego. Falta gente qualificada pra trabalhar. A eguinha pocotó é mais valorizada do que qualquer matéria do currículo escolar...
Gente, acorda!!! Dilma? Serra? Vivemos em um país em que a esquerda consegue ser tão corrupta quanto a direta. Ou melhor, não há direita e esquerda. Há o primeiro eu. O farinha pouca meu pirão primeiro. Vivemos em um país em que a direita, como de regra, é populista, mas a esquerda é elitista!!!
Dói, dói muito ver os eleitores polarizados entre a direita populista e corrompida e a pseudo esquerda tão ou mais corrompida... Creio que mais, pelo que assisti, ninguém me contou, do movimento sindicalista brasileiro...
Vou me manifestar: até creio que Lula foi um bom presidente. Mas o PT é total e absolutamente podre! Usa as mesmas armas da direita e crê que os meios justificam os fins...
É lamentável: igualaram-se à chamada direita.
Estou cansado de ver candidatos que estão lendo tele prompters preparados por marketeiros e que não sabem o que leram, ao final da gravação da propaganda.
Por favor, pelo bem do nosso país, informem-se sobre os candidatos, saibam sobre seu passado, sua história.
Parem de votar em humoristas, jogadores de futebol, ex big brothers, cantores de pagode, artistas de todas as artes...
Não defendo esse ou aquele, essa ou aquela, defendo apenas a seriedade política.
Votem direito agora, ou passem mais 4 anos reclamando... rsrs
Mas, enfim, o brasileiro adora não ter educação decente, saúde mínima, transporte de verdade, para poder reclamar e, no final de semana, beber uma "cerva" e ter algo do que reclamar.
Afinal, esse país seria uma potência, não fosse a "ignorância" do seu povo!

Segurança nacional


Esdrúxulo, mas sempre vai ter quem defenda esse amor incondicional à pátria. Importante ressaltar que o problema de Segurança Nacional é de roteiro. O próprio Thiago Lacerda admitiu que não era bom. Tecnicamente o filme é muito bem feito, com efeitos razoáveis, boa capacidade de produção (helicópteros, carros, dublês, figurantes), apesar do orçamento baixo para o gênero (R$ 5 milhões). Mas tudo é tão absurdo... A base do Comando de Segurança da presidência fica em uma caverna, o segundo alvo dos terroristas é o Palácio do Governo de Santa Catarina, patrocinador do filme, o herói vai enfrentar o vilão sozinho...

A lista, farta, segue ladeira abaixo, até chegar ao desfecho. Filme muito "pobre", porém diverte como divertiam as obviedades norte americanas. É de um ufanismo ingênuo!

Me diverti muito! Linda interpretação de Marina Elali, do Hino Nacional Brasileiro, além da perseguição pela Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, por onde dirigi, da última vez, em julho de 2008...

Não precisamos mais assistir as produções nacionalistas norte americanas, temos as nossas...

Tarde gostosa...

A piscina mais cristalina de Niterói
E meu iluminado companheiro!

Meu jeito

Frank Sinatra exprimiu bem: se eu acertei ou se eu errei, fiz isso da minha maneira

E agora o fim está próximo
Então eu encaro o desafio final
Meu amigo, Eu vou falar claro
Eu irei expor meu caso do qual tenho certeza

Eu vivi uma vida que foi cheia
Eu viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais que isso
Eu fiz do meu jeito

Arrependimetos, eu tive alguns
Mas então, de novo, tão poucos para mencionar
Eu fiz, o que eu tinha que fazer
E eu vi tudo, sem exceção

Eu planejei cada caminho do mapa
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho
Oh, mais, muito mais que isso
Eu fiz do meu jeito

Sim, teve horas, que eu tinha certeza
Quando eu mordi mais que eu podia mastigar
Mas, entretanto, quando havia dúvidas
Eu engolia e cuspia fora

Eu encarei tudo e continuei de pé
E fiz do meu jeito

Eu amei, eu ri e chorei
Tive minhas falhas, minha parte de derrotas
E agora como as lágrimas descem
Eu acho tudo tão divertido

Em pensar que eu fiz tudo
E talvez eu diga, não de uma maneira tímida
Oh não, não, não eu
Eu fiz do meu jeito

E pra que serve um homem, o que ele tem ?
Se não ele mesmo, então ele não tem nada
Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém que se ajoelha

Os registros mostram, eu recebi as pancadas
E fiz do meu jeito