domingo, 23 de setembro de 2012

Marnie, confissões de uma ladra


Baseado no livro de Winston Graham, é mais um fascinante filme de Alfred Hitchcock.  Partindo de um roteiro bem elaborado, que mistura roubo, mentiras, mistério, crime, disfunção sexual e outros distúrbios de origem psicológica, ele constrói a história de uma ladra compulsiva que se dedicou a abrir cofres das empresas para as quais trabalhava.
Além do ótimo trabalho de Hitchcock, que, como de praxe, aparece logo no início, saindo de um quarto de hotel, o filme apresenta um roteiro consistentemente bom, uma deliciosa trilha sonora e ótimas atuações de todo o elenco.
Tippi Hedren, no papel da cleptomaníaca Marnie, está perfeita.  É interessante verificar que sua personagem não é vista como a vilã do filme, a mulher que rouba milhares de dólares, e sim como uma pessoa que precisa ajuda por ser fruto de um trauma sofrido na infância.  É o segundo filme seu e ela repete a ótima atuação de "Os Pássaros", também do mestre.  Sean Connery está ótimo como Mark Rutland, o homem que toma para si a responsabilidade de libertar Marnie de seu passado sofrido.  Merecem destaque também, as atuações de Louise Latham, no papel da mãe de Marnie, Alan Napier, como o pai de Mark, e de Diane Baker, como sua cunhada.

Não é exatamente uma obra prima de Hitchcock, mas é um filmão!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Meritocracia

Meritocracia (do latim meritu, mérito e cracia, poder) é um sistema de governo ou outra organização que considera o mérito (aptidão) a razão para se atingir determinada posição. Em sentido mais amplo, pode ser considerada uma ideologia. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento e entre os valores associados estão educação, moral, aptidão específica para determinada atividade.
(Wikipédia)


As empresas têm exigido, cada vez mais e acertadamente, que os candidatos de seus processos seletivos tenham um melhor nível de instrução e capacitação e têm conseguido boas contratações. Mas a maioria delas não consegue reter os talentos que contratam. Os profissionais que têm melhor nível de instrução têm também um melhor nível intelectual, de informação e de compreensão das coisas; outra visão de mundo e aspiram metas mais ousadas e melhor qualidade de vida e trabalho. O grande desafio passa a ser então a retenção dessa mão de obra mais bem preparada e tão desejada.
Esses profissionais são mais difíceis de reter do que de atrair. Eles não permanecem por muito tempo em empresas onde o estilo de liderança não permita a criatividade e o desenvolvimento pessoal. Onde o ambiente de trabalho não seja saudável e motivador e onde os colegas não correspondam às suas expectativas de convívio profissional.
Pesquisas revelam que a produtividade de um funcionário motivado chega a ser até 30% superior a de um colega sem motivação. Aqueles que foram motivados e estimulados com premiações através de recompensa tiveram rendimento 30% maior do que aqueles que não tiveram recompensas.O que encontramos com certa freqüência no meio empresarial é a desmotivação causada por falta ou inadequação dos Programas de Reconhecimento e Avaliação de Performance dos funcionários, e isto é válido para empresas de micro à grande porte.


Hoje tive a prova definitiva do quanto a meritocracia nada vale em nossa cultura. Permanece, mais forte do que nunca, o corporativismo negativo, que faz com que as organizações, de um modo geral, prossigam numa  marcha que mantém o país atrás dos demais países emergentes, com o custo Brasil pesando cada vez mais...
Basta dizer que o corporativismo é um sistema político que atingiu seu completo desenvolvimento teórico e prático na Itália fascista.

E, essencialmente, meritocracia é uma conquista, alcançada através de sólidas políticas de RH, associadas à liderança ética e a um saudável clima organizacional. Se lembrarmos que uma organização é uma comunidade de pessoas e estas têm sentimentos e percepções, quando o sistema recompensa os relapsos, os aplicados percebem, e agem.

Agora, realmente, dou graças ao fato de meu filho não ter se interessado em prestar concurso para nenhuma grande empresa, se auto valorizando e hoje, aos 25 anos, está valorizado e disputado no mercado em que atua.

Ainda bem que posso me retirar desse corporativismo danoso em cerca de 1 ano e meio, pois tive a certeza de que sou mais valorizado pelo mercado, do que pela empresa onde trabalho a 30 anos...!
E, ao contrário de muitas pessoas, em sua forma de analisar o trabalho alheio, poderei me retirar com a consciência tranquila.
Afinal, o que salvará o mundo não são boas intenções ou "amizade" e sim competência e mérito!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Eleições 2012

Estão chegando as eleições municipais de 2012 e, claro, eu tinha que fazer algum comentário.
Observando o programa eleitoral gratuito, que de gratuito não tem nada, fica claro que nada mudou, os discursos são tão vazios, que seria melhor que ficassem calados. Veja:
- tem um que diz que a passagem do ônibus urbano tem que ser 1 real. Só por isso, jamais votaria nele. Está usando de demagogia e quem raciocinar, só um pouquinho, perceberá o tamanho da sandice econômica;
- tem o bombeiro que alega que as sirenes de alerta contra desastres naturais já salvaram muitas vidas... sem comentários;
- tem os pastores e missionários, que utilizam a igreja a qual pertencem e se esquecem que Deus não faz política;
- tem o que diz que seu bairro, diga-se de passagem, na periferia, perigoso e mal afamado, é a sala de visitas da cidade;
- tem os mc´s, que tentam fazer com que sua "simpatia", por causa da atividade musical, os coloquem no "bem bom"... rs;
E entre tantos outros que não aprendem sequer a disfarçar a leitura dos tele prompters, por aí vai...
Por favor, cidadão, use a cabeça. Vote em quem demonstra seriedade. Não vote no "amigo", no figurinha alegre da noite, na gostosinha do funk.
Vote observando a história do candidato, a trajetória dele. Chega de votar por votar, votar no cara da van, do pastel, do gás, do clube de futebol. Nada contra os adjetivos que os identificam e sim contra a trajetória corporativista, falsa e desprovida de cidadania que eles exibem.
Observe como eles "tocam" o próprio dia a dia e imagine como seria se estivessem investidos de poderes legislativos.
Enxergue a farsa que pode estar por trás de um determinado candidato. Saia do lugar comum, que não permite que o telespectador perceba que na novela das 9, a "heroína" não sofreria mais se tivesse uma coisinha chamada pen drive, com as tais fotos comprometedoras, não apenas cópias em papel espalhadas com pessoas queridas e óbvias para os vilões... rsrs
Sabe porque digo escrevo essas coisas? Pra tentar evitar que você continue dizendo que políticos não prestam, esquecendo-se de quem vota neles É VOCÊ!!!

Depois, não enche o meu saco reclamando.

Cada povo tem exatamente o governo que merece!

domingo, 9 de setembro de 2012

Independentes?

Será que alguém sacou, a que ponto chegaram as coisas no Brasil?
Alguém se deu conta que, no dia da independência, o país, que tem como esporte nacional o futebol, assistiu a mais um jogo feio, de uma seleção muito ruim, convocada por um técnico medíocre e que insiste em esquecer o "conjunto", esperando que um ou outro jogador acima da média, resolva tudo? Sua última "façanha", foi colocar um jogador em campo, no caso, Arouca, faltando 32 segundos para a partida terminar. Sem comentários, né...
Os responsáveis por quase tudo, neste país, continuam fazendo besteira e a "galera" não percebe. Também pudera, falta escolaridade adequada para que a população, de modo geral, analise todos os fatos e se dê conta do que acontece a sua volta.
Pois é, aqueles que vaiaram durante a partida contra a África do Sul, não se dão conta de que tinham que vaiar é a contínua incompetência da CBF, a falta de meritocracia existente e tudo o que dela advém. Neymar foi vaiado porque dele se espera que "resolva" as partidas. Como se a seleção brasileira fosse igual ao time de origem do craque, onde, também, com um péssimo treinador e sem muitas opções de bons jogadores, espera-se que ele tudo resolva.
Segunda-feira tem outro jogo, desta vez contra a "poderosa" China e, entre um amistoso e outro, assiste-se a um campeonato brasileiro inconstante, chato, feio, com todos os clubes que tem que ceder jogadores, "amputados". Uma disputa cheia de altos e baixos dos que a disputam, com o jogo em si, nivelado por baixo, prejudicando a todos...
Se fazem isso com o esporte que é a grande paixão nacional, sempre usado como "circo", para "sossegar" o povo, imagine o que fazem com o resto...

As eleições municipais estão chegando.
ACORDA, BRASIL!!!