terça-feira, 4 de junho de 2019

Ilhas Britânicas e Noruega X

Quase chegando a Belfast, capital da Irlanda do Norte, acordamos as 8 horas, tomamos café e as 9:30 hs desembarcamos e saímos no tour que nos levará a Giant´s Causeway, a Calçada dos Gigantes, mais um patrimônio da humanidade pela UNESCO.
A Irlanda do Norte, ao contrário da Irlanda, faz parte do Reino Unido e Belfast é sua capital, com cerca de 350 mil habitantes. Belfast possui a maior doca seca do mundo e onde foi construído o Titanic. Lamentei muito não poder visitar o museu do Titanic, porque adoro tudo a respeito dele mas, a vida é feita de escolhas né.
Após o desembarque, que se deu através de um pátio de cargas, já que não há estrutura turística no porto, rumamos para nosso destino,

apreciando as nebulosas e bucólicas paisagens irlandesas.




Chegamos a sede da região de Bushmills


e em seguida a bonita costa da Irlanda do Norte.

Aqui, em Portaneevey, paramos para observar a região costeira,
com seus imponentes penhascos,


sendo possível visualizar a costa da Escócia, ao longe.

E chegamos a Calçada dos Gigantes.
Trata-se de uma formação basáltica, oriunda de uma grande erupção vulcânica ocorrida a 60 milhões de anos.



É uma área de basalto compacto e a atividade vulcânica fez a rocha derretida subir através de fendas no calcário, com temperatura média de mais de 1000 °C. Em contato com o ar, ela resfriou e se solidificou. A rocha derretida, ou magma, é composta por muitos elementos químicos e pode formar vários tipos de rocha, sendo que o tipo formado nesta é o basalto. O magma se encolhia à medida que se resfriava e, por causa de sua composição química, fendas hexagonais regulares se formaram na superfície.






Enquanto o magma continuava a se resfriar por dentro, as fendas desciam gradualmente, formando a grande quantidade de colunas de basalto semelhantes a lápis. São cerca de 40 mil colunas verticais de pedras, com até 6 metros de altura, cada uma de 38 cm a 51 cm de largura, topos planos e seis lados. Por serem tão uniformes, seus topos parecem se encaixar como favos. Cerca de um quarto das colunas tem cinco lados e também há algumas com quatro, sete, oito e até nove lados.


A formação é composta por três partes. A grande calçada, a maior e que começa na praia ao sopé dos rochedos, parece um conjunto de enormes degraus, de até seis metros de altura. À medida que se estende em direção ao mar, os topos, parecidos com favos de mel se nivelam, lembrando uma rua pavimentada com pedras arredondadas, variando de vinte a trinta metros de largura.
Inevitável fazer estas fotos né... rs


Existe uma lenda, que diz que um gigante, Finn MacCool, quis enfrentar numa luta um outro gigante, escocês e chamado Benandonner, mas não existia uma embarcação com tamanho suficiente para atravessar o mar e levar um ao encontro do outro. MacCool resolveu o problema construindo uma calçada que ligava os dois lados, usando enormes colunas de pedra. Benandonner aceitou o desafio e viajou pela calçada ate à Irlanda. Ele era mais forte e maior do que MacCool e percebendo isso a esposa de Finn MacCool decidiu vestir seu marido como um bebé. Quando Benandonner chegou à casa dos dois e viu o bebê, pensou: “Se o bebê é deste tamanho, imagine o pai!” e fugiu correndo de volta para a Escócia. Para ter certeza de que não seria perseguido por Finn MacCool, destruiu a estrada enquanto corria, restando apenas as pedras que agora formam a Calçada do Gigante.

E como supostamente a Calçada do Gigante foi construída para ligar a Irlanda a Escócia, sua outra extremidade pode ser vista 130 km a nordeste, na pequenina ilha desabitada de Staffa, perto da costa oeste de Escócia. O nome Staffa significa "ilha dos pilares". BenanDonner, que fugiu de Finn MacCool, também era chamado de Fingal e em sua homenagem, a atração da ilha dos pilares recebeu o nome de Gruta de Fingal. Trata-se de uma grande caverna formada dentro de colunas basálticas, 80 metros rochedo adentro. A arrebentação das ondas na caverna inspirou o compositor alemão Mendelssohn a compor a abertura As Hébridas, conhecida como “Caverna de Fingal”, em 1832.
Um micro ônibus é uma opção a quem não quer caminhar pela costa, afinal estava fazendo 8 graus e com vento frio forte.
Ao retornar, visitamos o centro turístico do local e voltamos à estrada.



Na sequência, uma parada para fotos, observando as ruínas do medieval Castelo de Dunluce, construído a beira de um penhasco, em 1.200. Em 1.639, durante uma noite chuvosa, com o mar batendo com violência nas rochas pouco abaixo do castelo, por volta da meia noite parte do castelo desabou em direção ao mar matando muitos moradores. Ele foi inspiração em As Crônicas de Nárnia. Abaixo dele existe um poço de 25 metros, chamado de Caverna das Sereias. E pra quem como eu, curte a série Game of Thrones, ele foi a locação que apareceu como Casa Greyjoy.
Pena não ter sido possível visitá-lo...

Oba, uma destilaria!!

E pé na estrada novamente, agora de volta ao navio.
Um "almoço", já as 16:45 horas, drinques de costume, banho e a saída do navio, que se deu as 20 horas.
Por voltas das 21:30 hs, com o sol se pondo, encontramos nossos amigos niteroienses para jantar no restaurante Índigo, enfrentando, mais uma vez, o mal humor dos garçons, preocupados em encerrar as atividades.

Continuamos a conversa no bar do átrio
e fomos dormir já a 1:30 da manhã.

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