segunda-feira, 3 de junho de 2019

Ilhas Britânicas e Noruega VIII

Dia 17, Dia Nacional da Noruega, o dia sua Constituição.
Acordamos as 9 horas e o navio já havia feito uma rápida parada em Hellesylt, por conta de uma excursão por terra até Geirander que seria feita por alguns passageiros, que haviam feito a opção. Tomamos café observando a beleza do fiorde, patrimônio da humanidade pela UNESCO, conforme o navio deslizava por ele.
São 15 quilômetros de comprimento e até 258 metros de profundidade



Existem diversas quedas d´água, como As Sete Irmãs, A Pretendente, O Véu da Noiva. Uma incrível beleza!!
Aqui, a do Frade





É de deixar de boca aberta!!


Lá em frente, a Eagle Road, pela qual subiremos com o tour que eu já havia adquirido.
Aliás, em nova falha da Norwegian, apesar de ter experimentado adquirir a excursão com guia em espanhol, fomos colocados no ônibus de língua inglesa. Tudo bem, posteriormente acabaram me devolvendo metade do valor pago, após uma conversa com a simpática conterrânea santista, Suellen, recepcionista internacional do navio.

E chegamos a cidadezinha de Geirander.


Aqui, um engenhoso sistema de passarelas móveis, permitindo o desembarque, pela impossibilidade do navio aproximar-se mais da margem.
Desembarcamos, após um atraso na atracação,

com o horário de encontro para o tour que faremos passando para 14:30 hs.
Olha o Troll, do folclore escandinavo!!

Eita, pra onde, afinal? rs
Aqui o ferry ergue a proa para a entrada de veículos.



Depois de embarcar num ônibus, seguimos para a Eagle Road. A estrada possui 11 curvas fechadíssimas, até chegar a Korsmyra, 620 metros acima do nível do mar e foi inaugurada em 1.955.
Pela janela apreciamos maravilhados a paisagem.




Nas fotos, a Cachoeira das Sete Irmãs, que foi inspiração para a animação Disney, Frozen e cuja maior queda possui 250 metros de altura. 

Em uma parada no caminho, uma pequena cascata
e um mirante, possibilitando observar o fiorde lá embaixo.
A propósito, existe um filme catástrofe norueguês de 2015 chamado A Onda, que fala sobre o que já se sabe a respeito dos paredões dos fiordes. Existem fissuras que são monitoradas e aumentam cerca de 15 cm por ano e um deslizamento, um dia, será inevitável. No passado a Noruega passou por 3 grandes avalanches, que geraram ondas de 70 metros de altura... 
Aqui, a igreja e o cemitério da linda cidade, que possui menos de 250 habitantes permanentes e entre os meses de outubro e abril é apenas uma pacata povoação. Entre maio e setembro recebe mais de 700 mil visitantes e é um dos lugares mais visitados da Noruega.

Após a descida pela Eagle Road, seguimos na sequência, para a montanha Dalsnibba, frequentemente coberta de neve, mesmo no verão.


Lá embaixo o fiorde
e a estrada que acabamos de subir e descer...


Lá, o Norwegian Pearl.


Agora, a paisagem da maioria dos cartões postais (ainda existe isso?) do país. A vista mais fotografada da Noruega!!


Realmente, para quem como eu valoriza o planeta em que vivemos, é de dar lágrimas nos olhos, de emoção...



No alto da montanha, 1.500 metros acima do nível do mar, a neve é um dos atrativos


As paredes espessas de neve ao redor da estrada,


que tem 21 quilômetros, foi construída em 1.939 e devido a guerra, inaugurada em 1.948, tendo sido asfaltada em 2013.






Vimos alguns esquiadores aproveitando, num sol gostoso de 16 graus,


mas chega a hora de descer...







Chegamos ao terminal de cruzeiros, caminhamos e tomamos mais algumas fotos, embarcando as 17:30 hs.
O navio zarpou as 18 hs e fomos conversar e bebericar, apreciando a navegação pelo fiorde.

A título de curiosidade, não havia sinal de internet navegando pelos fiordes. Mas quem precisa de internet num lugar desse?
Agora a Cachoeira das Sete Irmãs, novamente.

Minha emoção com as paisagens deste dia foi semelhante a que senti na Suíça, alguns anos atrás, viajando pelo Glacier Express...


Até o sol, que só se deitaria quase as 22:30 hs, veio provar o rosé que saboreávamos...



Jantamos por volta das 22 horas, tomei mais um wisky no átrio e de volta à cabine para repousar, encontramos mais uma bandeja com queijos, frutas e vinho, enviadas pela minha carinhosa conterrânea, por mais uma gafe da organização do cruzeiro. Fomos dormir a meia noite, não sem antes e mais uma vez, mexer nos relógios, pois cruzaremos o Mar do Norte novamente, voltando às ilhas britânicas temos que atrasá-los em uma hora.
Resumindo, como me contaram que saiu escrito num artigo da Folha de São Paulo sobre Geiranger: "Seria desumano desejar a alguém, mesmo ao pior inimigo, que termine a vida sem contemplá-lo."

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