terça-feira, 4 de junho de 2019

Ilhas Britânicas e Noruega IX

O dia 18 de maio foi apenas de navegação e acordamos somente as 10 horas, indo tomar o café da manhã já as 11...
Hoje, então, nada além de curtir o navio, apreciando o oceano a nossa volta. Vento frio, deixando a temperatura externa em 8 graus.
Aproveitando que a terra está bem longe, preencho o post com alguns comentários, fruto de observações a bordo.
O grande número de brasileiros (me disseram que só de Foz do Iguaçu eram 42 pessoas numa excursão), quase não houve a formação de grupinhos ou rodinhas de conterrâneos. Conhecemos e conversamos com dois casais, um de Niterói e um de São Paulo.
Na foto abaixo, os niteroienses Paulo e Érica, com quem almoçamos e passamos a tarde conversando, enquanto aproveitamos uns drinques. O casal de São Paulo era composto por Ângelo e Regina, extremamente simpáticos, também.

Como sempre observo nos cruzeiros marítimos, as pessoas se atiram à comida como se tivessem acabado de sair da Somália ou da Venezuela (não resisti... rs) e comem tudo o que podem. Cada vez mais, a geração de obesos se consolida mundo afora, tendo chegado aos povos orientais inclusive e sempre acho grotesco assistir pessoas, independente de sexo ou idade, com 2 ou até 3 pratos nas mãos, de uma vez. E com todo tipo de engordantes possíveis, tais como hambúrgueres, batatas fritas, bacon, embutidos, pizza e doces, muitos doces. Ainda não consigui entender como pessoas de mais de 100 quilos conseguem se locomover pelos camarotes, muito menos como usam o banheiro dos mesmos...
Sei que viagens em cruzeiros é a melhor maneira pra pessoas com mais idade viajarem, mas me chamou a atenção neste cruzeiro a enorme quantidade de pessoas numa faixa etária acima de 75, 80 anos. Nem é pela idade que digo isso e sim pela visível fragilidade que presenciei. Viajantes assim correm grandes riscos de ter um problema de saúde durante a viagem e, além de notarmos a enfermaria do navio sempre com várias pessoas (e não era por motivo de enjoo), em dois portos nos deparamos com pessoas sendo retiradas de ambulância. Entendo o aumento da expectativa de vida, mas confesso que acho estranho as famílias permitirem esse tipo de viagem a pessoas com grandes dificuldades de locomoção, mal conseguindo andar sozinhas, dificuldades de entendimento e de comunicação e eu não deixaria um parente meu de, por exemplo, 80, 85 anos, fazer viagem tão longa e complexa. Enfim...
Ah e crianças de colo viajando com os pais, 15 dias dentro de um navio, também não consigo entender. Desculpem minhas limitações de compreensão...
Com relação a Norwegian, sempre apreciei muito e já é o terceiro cruzeiro que faço com eles, mas este acabou sendo o pior, apesar das tentativas de contornar ou se desculpar pelas falhas, tipo "esquecer" pessoas em uma excursão, alterar a condição da excursão solicitada e, principalmente: me chamou a atenção a falta de preparo para lidar com o público, por parte da tripulação, de maneira geral.
Aliás, os tripulantes foram um capítulo a parte. Péssimo atendimento, com garçons mal educados, barmen que não sabiam preparar corretamente os drinks e coquetéis e pessoal de apoio ao embarque e desembarque, seco e antipático. Nos restaurantes, no jantar, atendimento horrível, com péssimo tratamento caso faltasse pouco tempo para o encerramento do horário permitido. Com relação ao horário de jantar, inclusive, é estranho para nós ter que ir à mesa com sol alto ainda (hoje ele se deitou cedo, as 21:30 hs) e após ter passado o dia fora e tendo almoçado às 15, 16 horas. O fato é que nunca imaginei esse tipo de atendimento num cruzeiro.
Com relação

Bom, após o almoço no Gardens, fomos ao lounge, como sempre, apreciar umas bebidinhas, batendo um bom papo e escutando um pouco de música.


As 20 horas, retorno ao camarote para tirar a maresia com um bom banho e jantar um "peixinho", acompanhado de um bom vinho.
Depois, dormir enquanto continuamos navegando rumo à Irlanda do Norte.

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