segunda-feira, 23 de abril de 2018

Egito 2018 - IX

Dia 12 de abril, dia do aniversário de meu finado pai e último dia no Egito.
Outro detalhe é que o dia em que saí do Brasil, 3 de abril, seria o aniversário de minha mãe, que foi professora de história e certamente abençoaria esta viagem...
Ontem, com a ajuda do nosso guia, paguei uma pequena taxa, equivalente a um terço do valor da diária do Mercure e pude usar o late check out até a noite, já que nosso voo sairá apenas no início da madrugada.
Após um café da manhã, pela primeira vez com muita calma e tranquilidade, finalmente posso apreciar a vista da varando da quarto

e as demais instalações do hotel.

Do lado de fora, o complexo de Gizé e a visão das pirâmides.
Uma voltinha pelas redondezas do hotel e logo assistimos a um acidente de trânsito envolvendo três veículos. Trata-se de um cruzamento de duas avenidas, sem semáforo, sem placas, sem guardas e quem buzina primeiro entra primeiro.

O terceiro veículo foi parar em cima do jardim...
Voltamos ao hotel para descansar o resto do dia.
O hotel, como já relatei em post anterior, fraco para um 4 estrelas e o pior da rede Mercure em que já fiquei, ainda me aborreceu através de seu staff, que além de ter bloqueado meu acesso no dia anterior, liberando quando mostrei o voucher respectivo, hoje me ligou no meio da tarde solicitando o quarto. Expliquei que eu havia pago para permanecer até as 22 horas se quisesse e ignorei-os.
Malas feitas, banho tomado e só resta esperar pelo transfer ao aeroporto, que haviam me informado seria as 20:30 horas. Porém, as 19:40 horas me telefonam da recepção informando a presença do transfer.
Após o check out, começou um assustadora aventura até o aeroporto. Para início de conversa, o responsável pelo transfer falava um espanhol quase incompreensível e com uma voz que mal saia de sua boca, fazendo com que eu não conseguisse conversar com ele por mal ouví-lo. Incrível!!
O motorista da van assim que saiu do hotel começou a dirigir de forma, eu diria, aterrorizante. Andou vários quarteirões de uma avenida, pelo canto da pista, com farol alto acesso, pela... CONTRAMÃO!! Em seguida, para entrar em um viaduto movimentado, tomou a alça de acesso oposta, ou seja, pela... CONTRAMÃO!! Passados alguns minutos, após uma pequena fechada que sofremos, nosso motorista passou a andar o tempo todo atrás do veículo em questão, colado em sua traseira e com farol alto aceso.
E para finalizar, deixaram-nos no aeroporto dizendo que era só entrar pela porta principal e ir em frente para o embarque. Quando fomos entrar, um policial que solicita passaportes já na porta, nos perguntou sobre o voo que tomaríamos e informou que não era naquele terminal e sim em outro. Em seguida apareceu um malandro que ouvira a conversa, oferecendo táxi para nos levar. Achei muito estranho e declinei rispidamente da oferta. Consegui alguma informação de uns policiais na calçada e descobri que o terminal certo ficava ao lado de onde estávamos. Caminhamos por uns 3 minutos  e pronto!

Agora, então, hora de fazer um resumão da estada no Egito.
Os locais e atrações visitados, realmente são imperdíveis e merecem o sacrifício para conhecê-los, mas o país...
Vamos lá. Luxor possui 500 mil habitantes, Aswan, cerca de 300 mil e Alexandria pouco mais de 5 milhões de habitantes. A capital, Cairo, possui em sua região metropolitana, 23 milhões de habitantes. Todas são cidades muito feias (Alexandria um pouco menos), sem cor e a miséria é muito grande...
Como 85% da população é muçulmana, encontramos mesquitas a "cada esquina" e os chamados para as 5 orações diárias são ouvidos o tempo todo. Politicamente, segundo nosso guia, o Egito mantém boas relações com Israel, mas a população não concorda cem por cento com isso pois existem muitos ranços do passado.
Todas as regiões que visitamos, mesmo fora dos pontos turísticos, apresentam grande aparato militar, evidenciando o receio de ações terroristas. No aeroporto existe barreira e necessidade de identificação para os veículos e ocupantes, bloqueio na entrada principal e mais duas verificações interna.
Zizo, nosso guia, disse que os cidadãos não conseguem viajar nem para a Europa, porque vistos a egípcios são concedidos raramente pelos países. Estranhei essa informação...
O país como um todo é extremamente corrupto, com as propinas valendo para qualquer coisa e isso se traduz em grande perda de vidas humanas, por total ausência de respeito a qualquer legislação em todas as áreas.
As cidades são sujas e segundo nos informaram, o povo acha que o lixo pode sim ser jogado nas ruas, porque é obrigação do governo limpar. Igualzinho aqui, só que lá a quantidade de lixo nas ruas é impressionante.
O trânsito é caótico, ninguém utiliza "pisca pisca" e todos dirigem praticamente com a mão na buzina. Como nenhum tipo de seguro é obrigatório, a grande maioria dos veículos são feios, amassados, raspados, faltando pedaços até. Vans de transporte circulam em condições lamentáveis, de portas abertas e com excesso de lotação. Motoqueiros não usam capacete e andam com mais de duas pessoas sobre a moto. Não existe policiamento praticamente e nada é coibido. Não recomendo a ninguém alugar um carro e tentar dirigir no Egito.
O saneamento básico é quase inexistente e jamais se deve beber água que não seja mineral.
O rio Nilo é muito poluído em grande parte de sua extensão e pode-se ver braços de rio cobertos por montanhas de lixo. É muito triste...
E, além do clima desértico e portanto extremamente seco, o Cairo é muito poluído e respirar por lá pode ser complicado para quem possui alguma restrição pulmonar. Em todas as cidades visitadas, nota-se que o céu é quase indefinido para a visão, porque o ar é cheio de poeira e areia em suspensão.
E, para finalizar, como o turismo vêm caindo bastante no país, todos estão alertas para explorar ao máximo os turistas que o visita.
Completando com algumas informações, eles aceitam pagamentos em libras egípcias, dólares, euros e cartões de crédito. Em média, uma libra egípcia equivale a 17,80 dólares. Muito poucos egípcios entendem qualquer outra língua que não a árabe.
Carimbo de saída aposto no visto, colocado quando da chegada, em nossos passaportes e vamos à sala de embarque.
Abaixo, uma imagem de ingressos dos locais que visitamos ao longo da estada.

E aqui a capa do conjunto de fotos adquiridas do fotógrafo do cruzeiro,
Nosso voo, novamente Joon, a aérea baixo custo da Air France, mas que apresentou sempre aviões e serviços melhores, parte as 1:05 horas, já do dia 13, em direção a Paris, onde chegaremos após cerca de 5 horas.

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