sábado, 7 de julho de 2018

Marrocos & Algarve - III

18 de junho e acordamos as 7:30 horas, fechando as malas e tomando café da manhã, para encontrar nosso guia as 9 horas.
O dia será cansativo, abrangendo Rabat, Meknes e Fez.
Todos no horrível micro ônibus, com o espaço entre as poltronas sendo menor do que nos mais apertados aviões e com apenas a ventilação sendo acionada, por mais que todos reclamassem. O ar condicionado, de fato, só foi ligado a partir do terceiro dia e fiquei com a impressão de nem o motorista, muito menos o guia, sabiam ligá-lo.
Algumas imagens, da cidade de Rabat.
O prédios dos Correios,

a estação ferroviária. Aliás, até o Marrocos possui mais linhas férreas do que o Brasil...
A gasolina, como sempre observo nas minhas viagens, custando no Marrocos cerca de US$ 1,07, mais ou menos R$ 4,28 o litro.


E, de repente, uma imagem rara: o rei Mohamed VI saindo da sede administrativa do país!!

Agora é estrada, para um percurso total de quase 300 quilômetros.

As principais rodovias marroquinas são muito superiores as do Brasil, mas as secundárias são em alguns casos, muito ruins.
Uma paradinha para um café e na saída não aceitei pegar um dos meus carros para continuar a viagem, para não me afastar do grupo... rs
Chegamos a Meknes, Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e cidade onde o sultão Ismail Ibn Sharif teve 888 filhos, com 500 esposas, sendo considerado o segundo homem em número de filhos, da história. Aliás, como ele arrumou tempo pra fundar uma cidade?
E pra aliviar a curiosidade geral, o primeiro foi o mongol Gengis Khan, que teve entre 1000 e 2000 filhos...
Na sequência, uma parada na cidade sagrada de Moulay Idriss Ist, com um interessante mercado.


Por falar em mercado, nosso péssimo guia não nos dava tempo algum, fosse para compras, fosse para algumas fotos mais, digamos, elaboradas...


A entrada do Mausoléu do fundador da cidade, em 1789, que é considerado descendente direto do profeta Maomé. Sua visita é proibida a não muçulmanos!


Após o guia Mohamed, confirmando sua total falta de condições para ser guia turístico, "esquecer" o casal de australianos no mercado, fazendo-os correr gritando atrás do micro ônibus, uma coisa gravíssima, na minha opinião, seguimos para as ruínas romanas de Volubilis.
Fica nos arredores de Meknes e desenvolveu-se no século III a.C.

Eis um mapa do grande império romano, naquela época.
Hoje um sítio arqueológico, contém inúmeras representações e trabalhos da antiguidade.

Ah, as flores... nascem até das pedras...

Na foto abaixo, um local para banho de sol dos antigos, que sentavam-se nos vãos côncavos.

Aqui, os mais recentes exploradores... rs
O local é muito interessante, mas, mais uma vez, nosso péssimo guia falhou ao não nos avisar que caminharíamos ao sol, num calor infernal de 38 graus, por mais de uma hora, tendo deixado a água no micro ônibus e já a mais de 6 horas do café da manhã, a última alimentação. Lamentável é sério, pois haviam duas pessoas de mais idade e um deles diabético.
Belas florzinhas...




Algumas flores exóticas.

 

E no meio das ruínas, asas da história, asas da vida!!
O norte da África, particularmente o Marrocos, é fundamental para a migração das cegonhas, que para evitar uma travessia mais longa do Mediterrâneo, voam sobre o país até o Estreito de Gibraltar e por lá atravessam para a Europa.

São muitas cegonhas e vêm-se ninhos em postes e torres ao longo de quase toda esta região.
Observem que só nesta torres contam-se 18 ninhos de cegonhas...
Já mais de 4 horas da tarde, todos famintos e cansados, finalmente o guia, que sequer conversava direito com alguém, nos leva a um restaurante, já na cidade de Meknes.
  
Mais um dos restaurantes para turista a que fomos levados. Bonitinho mas ordinário. Comida praticamente sem tempero, sendo que o Marrocos é rico em temperos e refeição cara.

Hora de rodar um pouco pela cidade...

Observamos o portão de Franciele BNI,

o reservatório de água da cidade

e em seguida fomos levados a Hari Souani, as antigas cavalariças e os celeiros reais.
As paredes são tão grossas, que preservavam naturalmente os alimentos das altas temperaturas externas.

Do lado de fora, dizem que chegaram a ficar 12 mil cavalos!!


Agora, o portão Bab Mansour, a entrada da cidade e considerado o mais preservado do Marrocos, até porque a hoje a principal entrada da cidade é pela lateral.

Aqui, a Medina de Meknes, típica e muito interessante.
Detalhe do portão Bab Mansour

e um agitado mercado local, com todo tipo de mercadorias.
Bem, eu disse todo tipo... rs

Mais 65 quilômetros de estrada e chegamos a Fez, com 1 milhão e 100 mil habitantes, a segunda maior cidade do Marrocos.
Bem, hora de escrever um pouco sobre o país Marrocos.
Com quase 34 milhões de habitantes, sendo mais de 99% islâmicos e, aliás, não há como deixar de reparar no modo de vida baseado na religião islâmica: bandos e bandos de homens desocupados, lotando os bares por todos os lugares e durante todo o dia, não deixando de encarar todas as mulheres que passam, com olhares e atos grosseiros, tendo acontecido até de um homem passar a mão na perna de uma jovem da excursão, que passava com seu namorado. Mulheres da terra nas ruas, apenas levando crianças ou fazendo rápidas compras e em alguns pequenos comércios em feiras. A sensação é de que são tratadas como animais de carga, enquanto eles parecem desocupados e indolentes.
Continuando, a capital do Marrocos é Rabat e o país tem um grande litoral, ao longo do Atlântico e do Mediterrâneo. O interior é montanhoso e acidentado, mas possui grandes extensões de deserto. Foi protetorado francês e espanhol, tornando-se independente em 1956. Hoje é uma monarquia com parlamento eleito.
Apesar das línguas oficiais serem o árabe e o berbere, o francês é amplamente utilizado e ensinado nas escolas. Na região norte, cerca de 5 milhões falam espanhol.
Em toda a viagem, achei o clima extremamente seco e o período em que visitamos o país é o mais frio do ano. O que não significa muito, porque a temperatura ficou entre 28 e 39 graus ao longo da viagem.
As cidades, para nós, se mostraram um pouco menos caóticas e mais bonitas do que as cidades egípcias e apesar de ser um país de baixo custo de vida, os turistas acabam pagando preços equivalentes aos de qualquer país europeu em quase tudo. Um alerta: chegaram a me oferecer mercadoria que aceitaram vender por dez vezes menos, depois da negociação.
Como em muitos outros lugares, há bastante, digamos, malandragem e, em termos de segurança, andar pelas ruas fora dos circuitos tradicionais pode representar perigo.

Finalmente, bastante cansados, chegamos por volta de 19:30 horas, ao Royal Mirage Hotel, que se mostrou o melhor hotel de todo o tour.
Aqui, o acesso aos quartos

e o belo saguão
Após o check in, malas no quarto e uma voltinha pela bonita redondeza, como em todas as áreas nobres das cidades marroquinas, onde o metro quadrado tem preços estratosféricos.

Retornamos ao hotel, para o jantar com o grupo as 21 horas, algum tempo de conversas e hora de nos retirarmos, apreciando a bela área de lazer do hotel e uma lua quarto crescente.



Hora de retornar ao quarto, para um necessário banho e dormir,
o que só aconteceu a uma da manhã...

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