quinta-feira, 5 de julho de 2018

Marrocos & Algarve - II

No dia seguinte, 17 de junho, mesmo tendo feito solicitação de despertar à recepção, não fui despertado por ela.
Ainda bem que havia programado o celular e despertei as 07:30 hora, para me preparar para a andança do dia.
Antes do café, uma subida ao 16º e último andar do hotel, onde há um piano bar com vista panorâmica da cidade e ao fundo a mesquita Hassan II, que visitaremos daqui a pouco.
Encontro com o guia as 9 horas e saímos do hotel num micro ônibus, já levando as malas,
para iniciar um tour por Casablanca.
Primeira parada, a única igreja católica da cidade,

que tem até uma pequena gruta de Nossa Senhora da Conceição.

Um interior sem muitos detalhes,

mas com belíssimos vitrais nas laterais


Na sequência, seguimos para conhecer a área do Palácio Real de Casablanca, por onde caminhamos algum tempo.


Por toda Marrocos, como vou mostrar na medida do possível, portais e portas belíssimos, de vários materiais e com incríveis trabalhos.


Seguimos pela Avenida Hassan II

e rapidamente, pudemos observar as Praças Mohamed V e Nações Unidas, o bairro de Habbous e uma vista d´olhos pelo mercado central.
O VLT deles tem mais do dobro do tamanho do daqui do Rio e atravessa quase toda a cidade, que tem cerca de 6 milhões de habitantes.
Como existe hoje, ela foi fundada em 1770, com o nome de Dar el Beida, que significa casa branca em árabe, ou casa blanca em castelhano. Um terremoto a destruiu completamente em 1755 e teve que ser reconstruída.
Em 1907, após ataques e tumultos envolvendo franceses que tentavam construir uma ferrovia próxima ao porto e que passava por um cemitério, chegaram tropas francesas e tomaram conta da cidade, iniciando um processo de colonização, que durou, em todo o Marrocos, até 1956. Até hoje a segunda língua do país é o francês e nas maiores cidades quase todos os marroquinos falam essa língua também.

Continando o tour, quem disse que não existe o Rick´s Café??

Na verdade, trata-se de um bar e restaurante, de muito depois do filme, em tempos mais recentes.
Mas como apaixonado que sou pelo filme Casablanca, de 1942, uma pérola clássica do cinema em todos os sentidos, pedi ao guia que me deixasse fotografar o Rick´s Café.
Sem palavras. Mais um sonho realizado...

Bom, agora vamos à famosa mesquita Hassan II, com seu minarete de 210 metros, o mais alto templo do mundo. É o segundo maior templo muçulmano, ficando atrás apenas de Meca.




Do lado de fora, muito e belos detalhes

e está localizada junto ao mar.



Por 120 dirhams por pessoa, você pode entrar no templo, onde guias em várias línguas explicam a mesquita.
É uma das poucas mesquitas abertas a turistas não muçulmanos e, entrando descalço, claro, você se depara com uma obra de arte arquitetônica!!


No piso de cima, o lugar destinado às mulheres na oração.
Os detalhes do teto,


os lustres e luminárias...
Foi construída com modernas técnicas de resistência sísmica e seu teto é aberto toda sexta feira, dia de oração. Tem aquecimento no assoalho e portas elétricas,

que nos dias quentes abrem-se para deixar a brisa marinha entrar.
Em 45 colunas estão embutidos de forma quase imperceptível, auto falantes que permitem som perfeito por toda a área de oração.

Pode abrigar 25 mil pessoas na sala de orações e mais 80 mil no pátio externo.


Uma rápida selfie...

Aqui, o local de lavagens para purificação

Já do lado de fora, observando a linha costeira da cidade...

 



Bom, hora de seguir em direção ao almoço, num restaurante a beira mar, na região de Ain Diab passando pelo bairro de Anfa.
Temperatura em Casablanca? Segundo os marroquinos está frio: 37 graus!!

No calçadão, uma foto da Família Real marroquina.

Quanto ao almoço, foi a pior experiência possível, tanto que cancelei meu prato, no péssimo Hotel Club Val d´Anfa, para onde fomos levados.
Os pedidos foram um peixe frito e, para mim, apenas uma salada de atum. Após mais de uma hora do pedido feito, solicitei que cancelassem minha salada. Pediram mil desculpas pela demora e insistiram. Mais uma meia hora depois, chegou a salada... de camarão!!! Claro que dispensei e apenas aguardei Monique comer o prato dela.
Sobre preço, eu já sabia que uma casal gasta entre 120 e 150 dirhams, por dois pratos e sobremesa (em restaurantes baratos pode chegar a 60 para duas pessoas). Onde estávamos a conta, para apenas uma pessoa e uma água mineral, foi de 200 dirhams!!
Aliás, experimentamos esse custos pelo resto da viagem, pois não houve refeição com custo abaixo de 320 dirhams, ou o equivalente a 150 reais, por comida ruim, feita para turista.
Os restaurantes ditados pela operador KTI, do Marrocos, foram todos ruins e caros.
Retornamos ao micro ônibus e agora, rumo a Rabat

Cerca de 90 quilômetros de estrada e chegamos ao Palácio Real de Rabat, residência oficial dos monarcas marroquinos.
Quem acompanha meus diários, sabe que sou apaixonado por postes de iluminação, lustres e luminárias...




No complexo trabalham e residem mais de 2 mil pessoas.


Na entrada principal, representantes de todas as forças policiais do país.

Mais um pouco de micro ônibus...
e vamos chegando ao Mausoléu de Mohamed V.


Na área do mausoléu, a Torre Hassam II, que é o minarete de uma mesquita inacabada, do século XII.







O interior do mausoléu,
com os túmulos do Rei Mohamed V e seus dois filhos.

No detalhe, o alcorão.


Tudo realmente belo!!



Aqui uma vista do alto
e uma do conjunto.

Uma parada para observar um pouco das muralhas de Rabat




Olha o gatinho... rs
Acontece que para boa parte dos muçulmanos, os cães são impuros e, na melhor das hipóteses tem que ficar fora das cidades, ou no máximo dentro da casa do dono.
Já os gatos, como eram o animal preferido do Profeta, são adorados e vivem por todo o país, aos milhares...

Chegamos ao Kasbah des Oudaias, que já foi até uma república autônoma de piratas, porque foi um bairro de piratas por 200 anos.
Suas casinhas e portas são pintadas de azul e branco, dando um ar pitoresco ao local.
Uma curiosidade sobre portas no Marrocos, contadas pelos locais: porta grande, casa grande; porta pequena, casa pequena.



Uma das casas estava com a porta entreaberta e eu aproveitei.
Acho que não chega a ser invasão de privacidade, né... rs


Claro que o local fica junto ao mar...


O dia vai caminhando para o seu final e hora de ir para o hotel descansar, porque amanhã devera ser bem cansativo também.
Chegamos ao Belere Hotel, um quatro estrelas que também não era lá grande coisa, com aquele tipo de banheiro que por mais que tente você não consegue deixar de molhar inteiro ao tomar banho, por conta da mania européia de meio blindex, ou cortinas em banheiras. Bem, será somente esta noite.
Honra seja feita, nos receberam com chá de hortelã e suco de laranja, além de alguns pequenos docinhos. Logo depois, as 19:25 horas, começou o primeiro jogo do Brasil na copa, só entusiasmou dois dos quatro casais de brasileiros e frustrou a todos com o empate contra a Suíça.
Bebi minha primeira cerveja marroquina, que achei um pouco aguada, além do fato de que no Marrocos eles te vendem a cerveja numa garrafinha que mal enche um copo pequeno e custa até 5 dólares em alguns locais. Por um copo!!
Após o banho então, jantar com o restante do pessoal do grupo. Aliás, grupo bastante heterogêneo, com dois casais italianos, um casal australiano, duas senhoras colombianas, uma casal espanhol e quatro casais de brasileiros, contando conosco. Mais tarde darei alguns detalhes... rs
O guia, um muçulmano de nome Mohamed, nome que é como João por aqui e sobre quem falarei mais a frente, era péssimo e se enrolava de tal maneira com os idiomas, que não conseguia falar nada direito e suas explicações eram incompreensíveis, com um fortíssimo sotaque marroquino. Os australianos e os italianos, por exemplo, recorreram a mim para entender muitas coisas... rs
Jantar, no salão do hotel e hora de descansar, porque já é quase 23 horas...

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