segunda-feira, 27 de março de 2017

Bélgica e Holanda - IV

Manhã do dia 13 de março, dia de excursão a Antuérpia. Assim como a para Brugge e Gent, comprada no Brasil, no site "get your guide".
Saímos após o café da manhã, caminhando em direção ao ponto de encontro, a Estação Bruxelas Midi.
Mas a excursão não é de trem e sim de ônibus. Trata-se de uma visita guiada, em espanhol e que permite umas 4 horas de tempo livre pela cidade.
Antuérpia tem cerca de meio milhão de habitantes, mas a área metropolitana possui 1 milhão e 200 mil habitantes. Além da importância de seu porto, um dos maiores da Europa, é conhecida como centro mundial da lapidação de diamantes. Aqui se negociam 80% dos diamantes brutos do mundo e 50% dos lapidados.
A cidade pode ser considerada moderna, porém com excelente conservação dos seus pontos históricos.
Chegamos a cidade por volta de 10 horas da manhã, com o ônibus estacionando próximo ao castelo medieval de Steen, a construção mais antiga de Antuérpia, que deixaremos para observar melhor depois, já que o ponto de encontro para a volta também será aqui.

Começamos a caminhar pelo centro histórico e me chamou a atenção o fato de que, mesmo sendo segunda-feira, são mais de 10 horas da manhã e há pouquíssimas pessoas pelas ruas. Parece um feriado no centro de Santos ou do Rio...
A cidade é dividida pelo Rio Escalda, ou Shelde, em holandês e um túnel de 50 metros de extensão, por baixo do seu leito, une os dois lados. Não atravessamos, já que o objetivo é a parte histórica.
E chegamos ao Grote Markt, com a fonte de Brabo, ao centro.



Conta-se que Brabo é um lendário soldado romano que teria libertado o porto de Antuérpia.
Aqui, a Igreja de São Carlos de Borromeu, construída entre 1614 e 1621, que contava com 39 pinturas de Rubens, em seu teto. Em 1718 um incêndio (sempre incêndios), destruiu cerca da metade.






















Admirem o interior da igreja,
o púlpito principal,






















os anjos entalhados que decoram ambos os lados

















e o belo órgão principal.


Aos poucos, já quase meio dia, as ruas começam a ficar movimentadas. A temperatura chegou, por volta das 14 horas, a 12 graus.
E começa a tentação das vitrines. Uma verdadeira covardia.

















Agora não! Vamos andar e apreciar mais um pouco.

Uma bela fonte medieval
e uma escultura junto ao chão, baseada em personagem de quadrinhos, sobre a qual não consegui detalhes.
Vale citar que, na Bélgica, os quadrinhos são paixão nacional e é comum observar pessoas de todas as idades lendo revistas de quadrinhos, pelos café e bares, além de nos transportes públicos.

















A concha a seguir, indica o início do Caminho de Santiago na Bélgica. Eu não sabia, mas vários países europeus tem seu marco zero do dito caminho.
Assim como em Brugge, estátuas da Virgem na fachada de algumas casas. O motivo é o mesmo: pagar menos imposto.
























Agora, a estátua de Rubens, que aqui morreu, em 1640. Creio que ele é o mais famoso pintor flamengo do estilo barroco.


















E, hora de visitar uma pequena fabricação de chocolate caseiro, porque ninguém é de ferro.
E dá-lhe chocolate!!

















Adoro este personagem das animações Era do Gelo. Feito de chocolate, então... rs
Olha a Dama e o Vagabundo!
Após a visita e devida aquisição de alguns chocolates, hora de retornar a concentração à cidade e chegamos diante da casa onde viveu Rubens, na última década de sua vida.


















Infelizmente, por ser segunda-feira, estava fechada e não podemos apreciar algumas de suas obras. Uma lástima...
Seguindo adiante, entramos no Shopping Stadsfeestzaal (e eles juram que não é palavrão).
O prédio data de 1908 e já foi a Câmara Municipal e em dezembro de 2000 foi quase interiramente destruído por um incêndio. A prefeitura então fez um contrato de arrendamento, que possibilitou sua reconstrução e transformação em shopping center.






















O edifício é esplêndido! As lojas, carésimas!!
Hora de caminhar mais...

O sempre eficiente transporte coletivo.
Aliás, é como eu sempre digo: uma país desenvolvido não se mede pelas pessoas que andam de carro particular e sim pelas pessoas que andam de transporte coletivo.
Agora, a construção que mais me impressionou em Antuérpia: a estação central.

A construção é simplesmente magnífica, mesmo sendo "apenas" uma estação ferroviária!!




















Voltamos e, hora de ver algumas vitrines de jóias. Afinal, estamos na terra dos diamantes.
Ah, as mais baratas em exposição, a partir de 2.500 euros, com algumas chegando a 100 mil euros.
As lapidações ficam no chamado bairro judeu e há câmeras por toda parte, sendo que qualquer pessoa de fora que comece a circular de forma suspeita pode ser abordada. Existem muitos policiais a paisana e sofisticados sistemas de alarme, para garantir a segurança. Praticamente não existe histórico recente de ocorrências. Normalmente os problemas ocorrem fora desta região. Pouco tempo atrás, por exemplo, um roubo de diamantes no aeroporto de Bruxelas, significou a perda de 3,5 toneladas!!
Uma bela homenagem aos trabalhadores que construíram Antuérpia, o Pieter Appelmans,
a escultura de uma mão gigante, na Rua Meir

















e a bela Catedral de Nossa Senhora.


Ufa! Hora de parar para uma cerveja belga
e, finalmente, consigo provar a cerveja de Brugge, deliciosa!





















O bar também era muito legal.
Mais uma bela cidade...





















E depois de tantas caminhadas e visitas, das comprinhas de souvenirs de praxe, o retorno à margem do rio, para apreciar algumas vistas, antes de retornar ao ônibus.


















Chegamos ao Castelo Steen e agora podemos observar com um pouco mais de atenção.
Ele remonta a época dos vikings, recebeu o nome atual em 1520 e era usado para controlar o Rio Escalda.
Em holandês, steen significa pedra e na ponte de entrada existe a estátua de um gigante e dois homens abaixo. Trata-se de Lange Wapper, que costumava aterrorizar os habitantes da cidade nos tempos medievais.



Esta construção, às margens do rio, é utilizada atualmente como restaurante e o elevador de acesso reproduz um farol...

Com um pouco de tempo livre ainda, vagamos pelas redondezas, observando as construções e praças

E retornamos, na hora combinada, 16:30 horas, ao ônibus.
Chegando a Bruxelas, uma gostosa caminhada de uns 20 minutos e um bom banho no hotel, colocando roupas mais adequadas à queda de temperatura que acontece.
Jantar tranquilo pelas redondezas e um bom Beaujolais comprado no supermercado, para ser degustado no hotel.
Último dia em Bruxelas e, lá fora, 3 graus...

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