terça-feira, 31 de maio de 2011

Memórias inventadas - A infância


Sou hoje um caçador de achadouros da infância.
Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos.
(Manoel de Barros)

Coisas que a vida ensina depois dos 40


Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para
mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que
abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos,
cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
(Artur da Távola)

Vôo AF447

A mídia em geral e diversos especialistas em aviação e pilotagem, começaram a dizer que foi inexplicável a atitude dos pilotos do vôo AF447 da Air France, que caiu no mar no dia 31 de maio de 2009, matando 228 pessoas.
Em princípio, "fui na onda" e já estava também tentando entender porque eles erraram tanto...
Hoje, de repente, me dei conta que logo após o acidente, essa mesma mídia informou sobre alarmes diversos, inclusive de despressurização da cabine e que hoje ninguém mais fala daquilo.
Estranho. No mínimo estranho.
Bem, há tantos interesses em jogo, tanto dinheiro envolvido, que começo a duvidar que estejam interessados em aprender com os erros e evitar acidentes por motivos semelhantes.
Vamos aguardar o relatório final e, utilizando, mais do que a inteligência, nossa percepção, possamos saber o que de fato aconteceu.
Os erros humanos acontecem sim e são, sem dúvida nenhuma, a maior causa de acidentes, porém, a preocupação deve ser a de entender e aprender com o erro e não crucificar quem também perdeu a vida.
Afinal, até onde podemos saber, não eram tripulantes suicidas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crepúsculo do outono

Neste outono bem frio, lembrei-me de Manoel Bandeira:

O crepúsculo cai, manso como uma benção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito...
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.

O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale...o horizonte purpúreo...
Consoladora como um divino perdão.

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

domingo, 29 de maio de 2011

The company men

Uma efígie dada por diferentes homens que se comportam face a crise financeira que abala as suas vidas, quer profissionais, quer sociais. Elenco de respeito, a fita de John Wells pode muito bem ser uma espécie de sequela não oficial de Wall Street, do ano passado e que exibia um início semi-apocalíptico da crise financeira global e desse efeito nas empresas milionárias ou de grande influencia no mundo bolsista. The Company Men se centra no meio desses “modernos tempos de peste” e dá uma ideia dos danos colaterais e das causas que ficam pelo caminho. As palavras de vida profissional, trabalho e emprego são automaticamente substituídas por sobrevivência, a lei do mais forte e selva urbana.
O filme ainda tenta injetar alguns toques de moralidade quase retrógrada, em que o trabalho dito honesto, o tal que leva esforço físico, é subvalorizado mas feito com honra e orgulho face aos empregos que dão milhões, barricados em escritórios ou cubículos. Todavia existem claros e eficazes tópicos que poderemos aproveitar nestas “falsas moralidades que resultam em falsas soluções” para um problema que afeta milhões: os reflexos do personagem de Tommy Lee Jones nos profetizam uma mudança brusca no nosso mundo a nível do trabalho profissional, em que cada vez mais a empresa é composta por elementos não físicos e simplesmente numéricos, que são as ações, dando soberania aos elementos humanos e de real porte.
The Company Men é apesar de tudo, uma excelente opção para fugir á época dos blockbusters que se avizinha, “levanta o pó” ao tema que abala muitos em todo o mundo, mas é um produto com tendências quase novelescas e politicamente correta. Quanto ao elenco, Ben Affleck tem um desempenho decepcionante e singelamente falso, Tommy Lee Jones é porém quem detém o personagem mais interessante de toda a fita, longe do ofuscado Chris Cooper e do bocejante Kevin Costner, num personagem estereotípica.
Em resumo, eu esperava mais. Fiquei com a sensação de um filme de norte americanos, para norte americanos e aí, nós, terceiro mundo, já sabemos o que esse tipo de capitalismo faz, não em escala de queda de padrão e sim de miséria...

Os desafinados

Infelizmente, o filme é uma decepção completa, sobretudo se considerarmos que desperdiçaram um belo elenco, um tema bom, provavelmente um orçamento compatível, não encontrando enredo à altura. O filme é constrangedor e uma oportunidade perdida.
Cai brutalmente de ritmo quando deixa para segundo plano a carreira do simpático e bem humorado grupo musical e o acertado tom irreverente do início e investe em dramas pessoais sem a competência necessária, aventurando-se depois num drama político repleto de clichês.
Um grande equívoco, também, é o clima francês do apartamento de Glória, em plena Nova York, ainda que se possa justificar pelo fato de ela apresentar uma inclinação française e ter se refugiado em Paris tempos depois. Por que Nova York não pode ser Nova York? Será possível que afora o clube de jazz não poderiam mesclar traços da vida
na big apple com personagens tipicamente brasileiros? Os únicos fatores que identificam os personagens como brasileiros são a língua e a música (ah, claro a saudade da rabada e da caipirinha, meu Deus!). Figurino, cabelo, vinho, banho, cigarro, tudo em clima bem parisiense. Nem parece que o diretor é brasileiro, tantas são as referências francesas.
Os conflitos praticamente inexistem e quando aparecem são tratados preguiçosamente. Um exemplo é quando Glória descobre a existência de Luiza, que não merecia um personagem tão apagado, esposa plácida de Joaquim, grávida esperando-o no Rio de Janeiro. O espectador desavisado já tinha se esquecido dela e provavelmente o próprio marido também. Uma cena curta de Joaquim conversando com um dos músicos da banda resolveria a questão...
Uma tendência irritante do cinema de hoje é enfeiar atores lindos, como Rodrigo e Alessandra. Só Claudia Abreu se salva. Santoro passa mais da metade do filme curvado. A lista de equívocos é imensa. Bom, tem que ter cenas de nudez e sexo e elas vêm, quase sempre gratuitas como a cena da banheira, mas isso a gente já sabe. Lá pela metade do filme, tentam transformá-lo em drama político, aproveitando a história de Tenório Jr, músico desaparecido em Buenos Aires quando acompanhava Vinicius e Toquinho em temporada na cidade, para dar um fim ao pianista Joaquim (uma saída fácil para o fraco triângulo amoroso). Os roteiristas fizeram um 3 em 1, uma colagem mal feita de vários filmes possíveis.
Uma pena, eu amo Bossa Nova...

Para uma noite fria e chuvosa, além de algumas belas melodias ao fundo, valeu o saboroso fondue de carne e o vinho francês Cave de Ladac.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Você vai conhecer o homem dos seus sonhos

O título do novo filme de Woody Allen é irônico. Sarcástico seria um adjetivo mais fiel ao trabalho do neurótico nova-iorquino. Quem se guiar pelo elenco estrelar e tiver a expectativa de ver um conto de fadas com personagens que vivem felizes para sempre, escolheu o filme errado. De saída, o filme faz uso do narrador, muleta constante dos filmes de Allen. O filme olha para seus personagens e, em última instância, para a vida, como: uma fugaz passagem de tempo a qual, mesmo desimportante, damos muito valor. Sofremos, rimos, achamos que o mundo vai acabar logo após uma decepção, somos encurralados pelos medos, capturados pela insegurança. Mas por que damos tanta importância para tudo isso?
Woody Allen, em vez de mergulhar nas dores de seu personagens, decide observá-los depois da tormenta. Quer dizer, eles estão lá sofrendo: Roy não consegue escrever um bom livro, Sally não realiza o desejo da maternidade, Helena não supera a separação após 40 anos de casamento. Eles sofrem, mas o olhar que o diretor e roteirista dá é de quem já passou por isso, ou seja, já consegue observar o ridículo que há no sofrimento – algo que só se percebe quando nos livramos dele, quando o triste é passado e olhamos comicamente para os episódios que roubaram tanto de nossas energias.
Este é o cinema recente de Woody: ele tem à sua frente uma forte matéria humana, porém decide se desviar dela para aliviar tanto para seus personagens como para o espectador. Digamos que ele olha apenas para a Lado B de seus personagens.
A proposta, creio, é justamente olhar para o ridículo do sofrimento e ele faz um ligeiro e palatável ensaio sobre a vida.
Bem, Woody é um diretor prolífico de comédias dramáticas, não de filmes existencialistas. Ele não é um Ingmar Bergman.
Quer saber? Eu gostei e muito!

Abraço

Há certas horas que só queremos a mão no ombro,
o abraço apertado
ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça...
que ache nossas tristezas maiores do mundo...
que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas essas mentiras uteis,
nos seja de uma sinceridade
inquestionável...
Que nos mande calar a boca
ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado...
(Shakespeare)

Portanto,

Me abrace, que no abraço mais do que em palavras, as pessoas se gostam.

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

We've only just begun

Estamos apenas começando a viver
Lençóis brancos e promessas
Um beijo de boa sorte e estamos a caminho
Estamos apenas começando

Antes do sol nascer nós partiremos
Tantos caminhos a escolher
Começamos andando...
e agora aprendemos a correr
E Sim! estamos apenas começando

Vendo horizontes novos para nós
Atentos aos sinais no caminho
Decidindo tudo, somente nós dois
Batalhando juntos o dia-a-dia, juntos

E quando a noite chega, nós sorrimos
Tanta vida pela frente
Encontraremos um lugar onde haja espaço pra crescer
E sim, estamos apenas começando!

Vendo horizontes novos para nós
Atentos aos sinais no caminho
Decidindo tudo, só nós dois
Batalhando o dia-a-dia, juntos

E quando a noite chega, nós sorrimos
Tanta vida pela frente
Encontraremos um lugar onde haja espaço pra crescer
E sim, estamos apenas começando!

Isso é muita sabedoria


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

(Clarice Lispector)

Itatiaia

Dia "puxado"!
Uma ida a Itatiaia, a trabalho. Três horas pra ir, três pra voltar...
Mas valeu o dia! Nada como o trabalho bem feito.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O semeador de estrelas

A verdadeira essência do que vemos, está muito além dos nossos olhos...
O semeador de estrelas é uma estátua localizada em Kaunas, Lituânia.
Durante o dia passa desapercebida...

Mas, quando a noite chega, justifica seu nome:

Que possamos ver sempre além daquilo que está diante de nossos olhos, hoje e sempre

"As vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo,
para que possamos aprender a viver de cabeça para cima."

terça-feira, 24 de maio de 2011

Lady Gaga in concert

Adorei! Que show!!! In HD and dolby 5.1...
A moderna Madona, mas ainda tem que se "esforçar" e bastante pra fazer história...

Ser livre


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta os braços, sorri e dispara: ´eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também´.
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração ´tribalista´ se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ´alguém para amar´...
Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém.
É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...

(Arnaldo Jabor)

Sorri (Smile)

Bela versão feita por Braguinha, da composição de Charles Chaplin.

Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O sol nascerá (a sorrir)

Outro dia, a bilheteira da estação das barcas, 6 e 20 da manhã, disse: Mais um dia e o senhor sempre "pra cima"... Semana passada, a caixa do restaurante onde habitualmente almoço, de repente, me perguntou: "Você é sempre alegre e pra cima assim?"
Confesso que achei estranho, já que passei os últimos anos ouvindo de quem estava ao meu lado que eu era "pra baixo"...
Hoje, um colega de trabalho me chamou, fazendo questão de me apresentar a um outro colega, dizendo: "Eis aqui o cara mais simpático que eu conheço"...
É, tudo depende de como cada um nos vê, ou melhor, de como cada um se percebe em nós. Me dei conta de que eu vinha convivendo com gente que ri a toa, tipo "... mais de mil palhaços no salão..." e nunca soube o que é alegria de verdade, muito menos o que é transmitir alegria...
Pra essas pessoas, Cartola:

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Fim da tempestade
O sol nascerá
Fim desta saudade
Hei de ter outro alguém para amar

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Game of thrones


Grande série de estréia, em 2011, do canal HBO foi “Game of Thrones”, adaptação de uma série de livros “As Crônicas de Gelo e Fogo” de George R.R.Martin, a saga épica de livros já é cultuada no mundo todo como uma das melhores de todos os tempos. Na história, sete famílias irão lutar para conseguir o trono de Westeros, um continente místico, cheio de lendas milenares, com suas nuances de relevo bem distintas. De um lado o frio reina de forma absoluta, do outro o calor domina, mas este é apenas o background para as tramas políticas, intrigas entre famílias, alianças que se formarão e outras que serão quebradas, tudo em nome da conquista do trono de Westeros. A história vai sendo contada em partes equilibradas, mostrando o que acontece dentro de cada família, as principais são Stark, Lannister e Baratheon. O conflito entre estas famílias conduzirá a uma guerra que irá selar o destino de muitos personagens da trama.
A primeira temporada da série terá 10 episódios, cobrindo o primeiro livro “A Guerra dos Tronos” e com uma produção caprichada, o piloto honrou totalmente as páginas literárias, nos colocando dentro das terras de Westeros com verdadeira maestria. Logo de cara a abertura da série impressiona, com o vídeo mostrando a contrução de Westeros em cenários 3D, nos movendo a cada parte do reino, a cada família e suas casas. Genial!
No piloto o principal objetivo é nos apresentar os personagens da história, parte dos cenários, florestas, reinos, castelos, reis e rainhas, suas tradições, seus compromissos com o reinado e com suas famílias e nisso a série foi muito bem adaptada. Já percebemos que vários personagens aspiram conquistas individuais que serão em vários momentos, estopins para crimes e intrigas e o grande destaque ficou para os cenários monumentais.

A série veio com menos de um mês de delay para os EUA, aonde estreou bem, com quase 5 milhões de telespectadores, já fazendo a HBO renovar a séria para uma segunda temporada.

Em HD, com som dolby 5.1

domingo, 22 de maio de 2011

True blood

True Blood conta uma história que se passa numa pequena cidade fictícia localizada no Louisiana, chamada Bon Temps. Fala de um mundo diferente, onde vampiros e humanos coexistem. E é nessa pacata cidade que vive Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma garçonete que tem seu ritmo de vida desgovernado desde que um vampiro se muda para lá, Bill Compton (Stephen Moyer). Sookie tem o dom de ler o pensamento das outras pessoas, mas ela não consegue entrar na mente de Bill, o que aumenta ainda mais seu fascínio por essa figura misteriosa.
Mas a série vai muito além do casalzinho vivido pelos protagonistas. É cheio de personagens cativantes e ricos, com histórias paralelas muito diferentes, o que mantém a narrativa instigante. Ainda possui um lado crítico, já que a relação humanos versus vampiros nos leva a refletir sobre os diferentes tipos de preconceitos de nossa sociedade atual. E para prender ainda mais a atenção, o final dos episódios te deixa com aquela sensação de desespero para descobrir o que vai acontecer no próximo.
True Blood foi criada por Alan Ball e é baseada na série de livros The Southern Vampire Mysteries ou Sookie Stackhouse Series, de Charlaine Harris. Graças ao desempenho do elenco, a série conquistou dois Satellite Awards em 2008 com Anna Paquin e Nelsan Ellis (que vive o Lafayette Reynolds). E em 2009, Paquin recebeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série Dramática.
E pra completar, a abertura estranha, incrível, com a canção Bad Things do Jace Everett.
A 2a. temporada está deliciosa!
Canal HBO, em HD e com som dolby 5.1, claro.

Besouro verde


Tudo começou com o escritor e roteirista Fran Striker, que em 1936 criou para uma emissora de rádio o personagem Besouro Verde. O sucesso foi tanto que o seriado permaneceu no ar até 1952. O herói foi adaptado para seriados de cinema nos anos 40, para série de TV em 1966, virou um longa-metragem produzido em Hong Kong em 1994 e até um curta francês em 2004. Entre todas as adaptações, certamente a mais famosa foi a da televisão. Foram 26 episódios produzidos pela Fox entre 1966 e 67. Foi pela porta do Besouro Verde da Fox que Bruce Lee entrou no mercado americano, interpretando o fiel escudeiro Kato. O papel principal era de Van Williams, que nunca decolou na carreira.
Agora, 65 anos após a sua criação, o Besouro Verde volta aos cinemas. No novo filme, Britt Reid (Seth Rogen, de Pagando Bem que Mal tem?) é um playboy milionário que vive da fortuna acumulada por seu pai, James, um respeitado dono de jornal. Porém, quando James morre repentinamente, Britt percebe que não passa de um sujeito mimado e incapaz. Até para fazer seu café ele depende dos outros. Principalmente de Kato (Jay Chou, ator e cantor popular em Taiwan, estreando no ocidente), misto de mecânico, chofer e mordomo que ele sequer conhecia antes da morte do pai.
Amparado por Kato, Britt decide sair à noite para fazer mais uma de suas molecagens inconsequentes, e sem querer descobre que seu novo amigo/mecânico é perito em artes marciais. Nasce então a ideia: que tal assumir uma identidade secreta e sair por aí bancando os super-heróis? É o que eles fazem.
Esta releitura do antigo herói para as novas gerações opta por um procedimento perigoso: aqui, o Besouro Verde foi transformado num paspalho, numa clara subversão de Gondry ao personagem original. E numa claríssima concessão comercial para tentar atrair um público maior. Não seria uma opção de todo condenável, não fosse por um grave senão: o roteiro não tem gags, piadas, graça nem humor suficientes para transformar o filme numa boa comédia. Nem inventividade para classificá-lo como uma boa produção de super-herói.
Nos minutos finais, talvez numa tentativa de salvar o ritmo do filme, uma interminável e inócua sequência de ação e correria busca preencher os olhos e ouvidos do público. O Besouro Verde fica num meio termo perigoso, num limbo de qualidade insuficiente que acaba desagradando tanto o novo público que busca por diversão, quando o antigo que gostaria de rever seu herói numa nova roupagem.
A própria presença de Cameron Diaz no papel feminino principal parece perdida, não destilando sua sensualidade de sempre, tampouco desenvolvendo um suposto lado feminista que a personagem acena, a princípio, mas que não tem espaço dentro da trama para desenvolver. Trata-se, literalmente, de uma presença meramente decorativa.
Até o tema musical do seriado, baseado na vibrante peça clássica O Vôo da Abelha, de Rimsky-Korsakov, é subaproveitado no longa, durando rapidíssimos segundos já nos créditos finais. Salvam-se apenas o caprichado nível de produção e dos efeitos, e o vilão vivido pelo austríaco Christoph Waltz, destaque como o oficial nazista de Bastardos Inglórios.
Bem, nunca gostei do personagem Besouro Verde e, como não esperava muito do filme, confesso que me divertiu bastante.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Filhos melhores...


E a propósito de casos como o da Verônica, de Niterói, com dois namorados, uma namorada e mais um amante que executou (ou ajudou):

Por que todo mundo continua "pensando" em deixar um planeta melhor para seus filhos, ao invés de "pensar" em deixar filhos melhores para o planeta?!?!

Brazil Funk Groove

Primeira gravação de Emílio Santiago para o selo Polydor, em 1973. Pra embalar o "início" da sexta-feira.
Afinal, eu bebo pra afogar as mágoas... mas elas já estão aprendendo a nadar e tenho que caprichar na dose...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amor de lua

Eu me entreguei às sensações e havia um inferno em mim
E o coração era como se fosse um alfenim
Doido pra se machucar
só recendia a anis
e pouco importava que fosse, de novo, infeliz.
E na minha imaginação
tu olhavas para mim
E teus olhos tinham o gosto e a cor do açaí
Tanta mentira eu criei
na minha imaginação
com as muitas pegadas deixadas
por teu coração.
Ah, meu amor de lua,
minha estrela cadente
Balão de São João que arde e que flutua!

A educação no Brasil

Professora Amanda Gurgel silencia deputados do Rio Grande do Norte em audiência pública. Essa professora merece muitas palmas, não os intelectualóides de plantão, que esnobam com sua cultura, se preocupam em discutir relativismo, para justificar livros do MEC, procuram "se arranjar" nas universidades e fundações e não fazem o que deveriam...
Creio que já perdemos o bonde da história. O país cresce e não tem profissionais qualificados. Não conseguimos atender a demanda de mão de obra e, cada vez mais, importamos mão de obra especializada. Médicos e engenheiros formados "nas coxas", advogados que não sabem escrever...
A falta de formação se reflete no cara ao seu lado, que não tem educação nenhuma e provoca conflitos no dia a dia, acidentes de trânsito, porque não tem noção das coisas e o raciocínio é falho. A "lei de Gérson" é consequência, também, da falta de formação educacional.
O retrato da educação no Brasil: uma piada de mau gosto, provocada pelos políticos que NÓS elegemos, já que os melhores formados não se candidatam. Se expor pra quê, não é? Melhor ficar na minha zona de conforto e discutir o sistema numa mesa de bar, com um chopinho gelado...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Só hoje...

Dia frio, corpo agasalhado, mente dormente, retorno a 2003, 2004...

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito.
Nem que seja só pra te levar pra casa
depois de um dia normal.
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca
de um jeito que te faça rir
que te faça rir

Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro
de roupa limpa
Para esquecer os meus anseios
e dormir em paz.

Hoje eu preciso ouvir
qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
em estar vivo.
Hoje eu preciso tomar um café
ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre.
sempre.

Hoje,
preciso de você
com qualquer humor,
Com qualquer sorriso.
Hoje
só tua presença
vai me deixar feliz,
Só hoje

Pedaços de mim


Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante

Já Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas
Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo!

(Martha Medeiros)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Trabalhando

Mais um dia de trabalho. Hoje, mais uma vez, junto a nossa brava Marinha Brasileira.
E com "agradáveis" travessias da baía da Guanabara. Uma chuva, um frio!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

The Bangles

Walk like an egyptian

All the old paintings on the tombs
They do the sand dance don't you know
If they move too quick (oh whey oh)
They're falling down like a domino

All the bazaar men by the Nile
They got the money on a bet
Gold crocodiles (oh whey oh)
They snap their teeth on your cigarette

Foreign types with the hookah pipes say
Ay oh whey oh, ay oh whey oh
Walk like an Egyptian

The blonde waitresses take their trays
They spin around and they cross the floor
They've got the moves (oh whey oh)
You drop your drink then they bring you more

All the school kids so sick of books
They like the punk and the metal band
When the buzzer rings (oh whey oh)
They're walking like an Egyptian

All the kids in the marketplace say
Ay oh whey oh, ay oh whey oh
Walk like an Egyptian

Slide your feet up the street bend your back
Shift your arm then you pull it back
Life is hard you know (oh whey oh)
So strike a pose on a Cadillac

If you want to find all the cops
They're hanging out in the donut shop
They sing and dance (oh whey oh)
Spin the clubs cruise down the block

All the Japanese with their yen
The party boys call the Kremlin
And the Chinese know (oh whey oh)
They walk the line like Egyptian

All the cops in the donut shop say
Ay oh whey oh, ay oh whey oh
Walk like an Egyptian
Walk like an Egyptian

Canção do outono


Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando áqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
(Cecília Meireles)

domingo, 15 de maio de 2011

Bi campeão, em ritmo de samba

Dizer o quê? É só alegria e comemoração!!!

BI CAMPEÃO PAULISTA!

Sem mais palavras. É bi campeão paulista!!!

Relativismo ou objetivismo?

Antes de mais nada a distribuição, pelo MEC, de livro que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com erros, nos remete à discussão entre relativismo e objetivismo.
Política e formação do país a parte, o relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma idéia absoluta, categórica. Afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas, científicas) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos de cada lugar.
Na verdade, mais especificamente, é um ponto de vista diametramelmente oposto ao etnocentrismo, que leva em consideração apenas um ponto de vista.
Nietzsche afirmou: "o mundo para nós tornou-se novamente infinito no sentido de que não podemos negar a possibilidade de se prestar a uma infinidade de interpretações". Foucalt objetou: "Se a interpretação nunca se pode completar, é porque simplesmente não há nada a interpretar... pois, no fundo, tudo já é interpretação".
Creio que somos levados a reconhecer que a racionalidade científica não garante a formação do consenso, no sentido de que existem legítimos desacordos racionais na ciência. Nem todo procedimento racional produz consenso, assim como nem todo consenso é racionalmente fundado (por exemplo, o consenso obtido por coerção). Mas então como devemos explicar a mudança científica, a formação do consenso em torno de um novo paradigma científico? Na minha visão, a solução não está em negar o relativismo cognitivo, mas sim em reconhecer os limites do que pode ser estabelecido em um debate racional, mesmo no domínio da ciência.

Minhas mães e meu pai


Ao contar a história do casamento de duas mulheres, brilhantemente interpretadas por Julianne Moore e Annette Bening, e a relação delas com os filhos adolescentes, o filme já se apresenta com um quê de originalidade. O roteiro capta a essência das famílias modernas – héteros ou homos – e, acima de tudo, conta uma belíssima história sobre relacionamentos humanos, em suas mais diversas instâncias, mas com uma roupagem moderna e atual.
O enredo, na verdade, vai além da relação do casal com seus filhos. Os irmãos Joni e Laser estão na fase de descobertas – principalmente sobre quem são eles próprios. Aos 15 anos de idade, o rapaz tem vontade de saber quem é seu pai biológico, mas para isso precisa da ajuda de sua irmã, que já completou 18 anos. Dessa forma, a primeira questão atual é apresentada: a geração da inseminação artificial e a curiosidade natural dessas pessoas, independente de quem os criou, em saber sobre quem são seus pais biológicos.
É assim que Mark Ruffalo, interpretando Paul, surge na história. Pai das crianças, ele aceita conhecê-las e rapidamente estabelece um vínculo com elas e com as mães. Minhas Mães e Meu Pai mergulha, a partir desse novo olhar, nos dramas interiores de suas personagens, mas, para fazer isso, o roteiro de Stuart Blumberg e Lisa Cholodenko, também diretora, desenvolve uma deliciosa e comovente comédia dramática de costumes sobre a sociedade moderna.
O longa dá profundidade a todos os seus personagens. Laser é um menino que ainda está descobrindo a vida e, como típico adolescente, acredita não precisar ouvir conselhos de ninguém, pois pressupõe saber o que é melhor para ele. A relação do menino com seu melhor amigo e o caminho que a amizade deles toma mostra o amadurecimento natural, e totalmente crível, de um menino que cresce com sua própria vivência, com o conselho dos mais velhos, com as experiências que vivencia dentro de sua própria casa e com a iminente partida de sua irmã para a faculdade.
Joni, por sua vez, está cansada do clima tumultuado que invadiu sua casa após o surgimento de Paul. A garota já se julga adulta e não suporta ver a relação que se desenvolve entre suas mães com a crise momentânea que atravessam no relacionamento. Querendo a liberdade, a garota se depara com o medo da solidão e com a perda de seu porto-seguro com a nova fase de sua vida.
O casal Jules e Nic encara a crise no relacionamento aparentemente invejável após o surgimento de Paul, que consegue, mesmo sem querer, abalar a harmonia da casa. Com o relacionamento passando por uma fase conturbada, as duas vivem dias após dia pensando como o fator novo pode alterar suas crenças de família ideal.
A composição das personagens é perfeita.
Ruffalo, ao interpretar o self-made man Paul, fecha a trinca de grandes composições do elenco adulto. Ele dá vida a um homem inseguro, que amadurece com o aparecimento de seus filhos e, com isso, começa a perceber que o que lhe falta é a segurança familiar. Solitário, Paul quer formar sua própria família, sem perceber, às vezes, que seus filhos não podem ser parte de seu novo objetivo de vida.
Um ágil roteiro que escancara os problemas da vida moderna e as novas relações consequentes dela, mas sem apontar como problemática para as crianças a falta de uma família clássica. A habilidade em fazer com que o público aceite aquele casal, por exemplo, é notável. Os problemas daquela família poderiam bater à porta de qualquer outra, e isso fica provado no inesquecível momento em que a personagem de Julianne Moore faz um belíssimo discurso, em uma cena na qual ambas as atrizes estão impecáveis. “Casamento é difícil. Tem a fase que você para de enxergar a pessoa que está com você e passa a ver nela uma projeção de suas próprias imperfeições. Nessa hora, em vez de sentar e conversar, tomamos atitudes erradas”.
Minhas Mães e Meu Pai é assim, moderno, com diálogos verdadeiros e marcantes. Lisa Cholodenko concebe ainda uma lindíssima cena final, que reafirma as inseguranças de Josi, o amadurecimento de Laser e o crescimento interior das mães. E é por isso que o título em inglês do longa é, em tradução literal, “as crianças estão todas bem”. Elas estão, na realidade, vivendo situações comuns para suas idades e aprendendo com a boa educação que receberam. Quem não estava realmente bem, e que precisava atravessar novas experiências para retomar o caminho, era o casal vivido por Moore e Bening.

sábado, 14 de maio de 2011

Humor ainda é o melhor remédio

Por maior que seja o buraco em que você se encontra, sorria, porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
Afinal, o Brasil é um país geométrico.... Tem problemas angulares, discutidos em mesas redondas, por um monte de bestas quadradas.

Perfume de mulher

"Muita gente vive uma vida num minuto."
Perfume de Mulher é um daqueles filmes sutis, que além de bem feito e bem contado, transmite uma mensagem de superação, onde o importante é nunca se deixar abalar por nada nessa vida, principalmente se o problema for alguma deficiência física, pois o essencial é aproveitar o que esta curta jornada aqui na Terra oferece de bom.
A história do filme é a seguinte: Para ganhar dinheiro e poder pagar a viagem de volta pra casa nas férias de Natal, um estudante de origens modestas, aceita tomar conta de um Oficial do Exército reformado, durante o dia de Ação de Graças. Sendo assim, ele arrasta o rapaz a uma viagem alucinante à Nova Iorque, onde cada um descobrirá o prazer de viver a vida e o que esta pode proporcionar de bom para nós.
Al Pacino dá um show no papel do cego ranzinza e mal humorado. O ator consegue transmitir com perfeição os sentimentos de seu personagem, um homem revoltado com o mundo e que possuí um imenso acúmulo de tristeza, mágua e revolta no coração. Outra coisa que encanta em Frank Slade (Pacino) é a identificação que o público começa a ter com o personagem e suas dificuldades, chegando ao ponto do telespectador sentir uma certa angústia e pena da situação vivida pelo seu personagem. O resto do elenco também está muito bem em seus respectivos papéis. Cris O´Donnel faz uma das melhores atuações de sua carreira.
Um filme equilibrado, bem contado e emocionante, nunca deixando a história perder o ritmo ou fazendo cair na mesmice. Um filme para ficar na memória, e o Oscar de Melhor Ator para Al Pacino foi mais que merecido.

Sempre bom rever, principalmente degustando la terrine de foies de volailles au madère e pâté de foie, acompanhado de um Grão Vasco tinto, 2008, garrafa no. 702650.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sexta-feira, mesmo 13

Vamos ao happy hour...

Chuva...


Eu perdí o meu medo, o meu medo da chuva
Pois a chuva voltando prá terra traz coisas do ar.
Apendí o segredo,o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar...

Raul Seixas.-

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Sexta-feira, 13

A crença de que o dia 13, quando cai em uma sexta-feira, é dia de azar, é a mais popular superstição entre os cristãos. A mais forte explicação para isso, segundo o Guia dos Curiosos, seria o fato de Jesus Cristo ter sido crucificado em uma sexta-feira e, na sua última ceia, haver 13 pessoas à mesa: ele e os 12 apóstolos.

Mas mais antigo que isso, porém, são as duas versões que provêm de duas lendas da mitologia nórdica. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça na certa.

Segundo outra lenda, a deusa do amor e da beleza era Friga (que originou a palavra friadagr = sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, a lenda transformou Friga em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio. Os 13 ficavam rogando pragas aos humanos.

A crença na má sorte do número 13 parece ter tido sua origem na Sagrada Escritura. Esse testemunho, porém, é tão arbitrariamente entendido que o mesmo algarismo, em muitas regiões é tido como símbolo de sorte. Os otimistas se baseiam no fato de que o 13 é um número afim ao 4 (1 + 3 = 4), sendo este, símbolo de próspera sorte. Na Índia, o 13 é um número religioso muito apreciado; os pagodes hindus apresentam normalmente 13 estátuas de Buda. Na China, não raro os dísticos místicos dos templos são encabeçados pelo número 13. Também os mexicanos primitivos consideravam o número 13 como algo santo; adoravam, por exemplo, 13 cabras sagradas. Reportando-nos agora à civilização cristã, lembramos que nos Estados Unidos o número 13 goza de estima, pois 13 eram os Estados que inicialmente constituíam a Federação norte-americana. Além disso, o lema latino da Federação, "E pluribus unum" (de muitos se faz um só), consta de 13 letras; a águia norte-americana está revestida de 13 penas em cada asa.

Bem, a verdade é que esta sexta-feira 13 começou com muita chuva, o que pode ser considerado azar, pelos riscos inerentes ao excesso de água, ou sorte, pelas possibilidades de aconchego...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sou como você me vê...


Sou como você me vê...
posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar...
suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir...
Tenho felicidade o bastante para ser doce, dificuldades para ser forte, tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz.
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira....
(Clarice Lispector)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Teresa Cristina, em Niterói

Candeeiro

Candeeiro
Eu careço de luz o ano inteiro
Minha gente

inda dança fevereiro
E eu correndo na rua a lhe chamar, candeeiro

Candeeiro
A estrada já vai escurecendo
Minha gente se olha e não tá vendo
Querosene acabou, vou lhe chamar, candeeiro
Querosene acabou, vou lhe chamar

Candeeiro
Cor dourada que ilumina o meu peito
Essa dor, candeeiro, não tem jeito
No vazio não tem como queimar, candeeiro

Candeeiro
Vó me disse, inda era pequenina
Vento bate co

m força na cortina
Candeeiro no chão pode queimar, candeeiro
Candeeiro no chão pode queimar
Pode queimar
Candeeiro no chão pode queimar, candeeiro
Candeeiro no chão pode queimar

Um pouco de humor

Tem alguma coisa errada


Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri um saquinho do produto, contendo 3g, ao preço de R$ 1,99. Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens que variam de 3g a 10g. Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto. Será que uma especiaria vale tudo isso? Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente" desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a percepção real do valor que está pagando pelos produtos. Acho que todos os fabricantes e comerciantes, deveriam ser obrigados por lei (mais uma?) a estampar em locais visíveis, os valores em kg, em metro, em litro, de todas e quaisquer mercadorias com embalagens inferiores aos seus padrões de referências. Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes em seus produtos. VEJAM O ABSURDO: Você sabe o que custa quase 14 mil reais o litro? Resposta: TINTA DE IMPRESSORA! Você já tinha feito o cálculo? Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos, e ninguém reclama mais. Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade das novas impressoras. Aí, veio a "grande sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora. Pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos. Veja este exemplo:
Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130,00. Daí você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido). Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica. Os fabricantes fingem que nem é com eles. Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço).Um cartucho HP, com míseros
10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por ml. Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por ml, R$ 1,29. Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!
A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só:
R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida. Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:
- 300 gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42';
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB.
Está na hora de acordar. Estamos sendo "assaltados" sem perceber...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Da Lapa e das verdades

Eu não sou mais quem você
Deixou, amor
Vou a Lapa decotada
Bebo todas, beijo bem

Madrugada, sou da lira
Manhãzinha, de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

Eu não sou mais quem você
Deixou de ver
Vou à Lapa decotada
Viro outras, beijo sem

Madrugada, sou da lira
Manhãzinha, de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

Eu não sou mais quem você
Deixou, amor
Vou à Lapa decotada
Viro todas, beijo bem

Madrugada, sou da lira
Manhãzinha, de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

Eu não sou mais quem você
Deixou de ver
Vou à Lapa decotada
Viro outras, beijo sem

Madrugada, sou da lira
Manhãzinha, de ninguém
Noite alta é meu dia
E a orgia é meu bem

Eu não sou mais
Quem?

Hung up

Depois de rever o show de Madona, em HD...

O tempo passa, tão devagar
O tempo passa, tão devagar
O tempo passa, tão devagar

Qualquer coisa que você diga ou faça
Eu estou ligada,
Estou ligada em você
Esperando por sua ligação
Dia e noite,
Estou cansada
Estou cansada de esperar por você

O tempo passa tão devagar para quem espera
Não há tempo para perder
Aqueles que se apressam parecem ter toda a diversão
Estou cheia
Eu não sei o que fazer

O tempo passa, tão devagar
O tempo passa, tão devagar
O tempo passa, tão devagar
Eu não sei o que fazer

Qualquer coisa que você
diga ou faça
Eu estou ligada,
Estou ligada em você
Esperando por sua ligação
Dia e noite,
Estou cheia
Estou cansada de esperar por você

Qualquer coisa que você diga ou faça
Eu estou ligada,
Estou ligada em você

Esperando por sua ligação
Dia e noite,
Estou cheia
Estou cansada de esperar por você

Ring, ring, ring toca o telefone
As luzes estão
acesas mas não há ninguém em casa
Tick, tick, tock, são quinze para às duas
Eu cansei,
Estou me desligando de você

Não posso continuar esperarando por você
Eu sei que você continua indeciso
Não chore por mim
Porque eu vou achar meu caminho
Um dia você vai acordar
Mas será tarde demais

Qualquer coisa que você diga ou faça
Eu estou ligada,
Estou ligad
a em você
Esperando por sua ligação
Dia e noite,
Estou cheia
Estou cansada de esperar por você

Quedas


A pior queda é cair em si...

Obsessão pelo melhor.


Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor
".

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".

Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.

Novas marcas surgem a todo instante.
Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.


Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.


Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.

Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos.
Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.


Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?


E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?

Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo...
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.


Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?


(Leila Ferreira - jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em Comunicação, em Londres. Apesar disso, optou por viver uma vidinha mais simples, em Belo Horizonte)