sábado, 28 de maio de 2016

Portugal 2016 - V

Hoje, 14 de maio, teremos um dia com 16 graus Celsius de temperatura, ou seja, muito agradável.
Mais estrada e uma parada para o abastecimento, porque o carro é econômico, mas não roda de graça... rs
Aliás, como em toda a Europa, a gasolina portuguesa é bem mais cara do que no Brasil, a título de esclarecimento aos faladores de plantão e custa, na média, o equivalente a R$ 5,90 por litro, ao câmbio oficial. Nos pontos mais caros pode chegar a mais de 6 reais o litro.
Os carros movidos a diesel são mais econômicos e o diesel aqui custa cerca de 30% menos que a gasolina, ou seja, cerca de R$ 4,10 o litro, mas a locação de um veículo a diesel custa praticamente o dobro, e no meu caso, não compensaria.
Logo chegamos a Aveiro, chamada de Veneza portuguesa, por conta de seus canais e barcos semelhantes as famosas gôndolas italianas.





Aqui, pra variar, mais uma ponte com cadeados selando amores eternos...
Este cadeado, acho que ninguém consegue arrombar ou quebrar. Deve ser amarração... rs



Saindo um pouquinho do centro, fui ao Farol do Forte da Barra


e depois comprei mais um queijinho curado de ovelha para beliscar.















Como hoje é dia de encontrar mais amigos do Brasil, que estão chegando por aqui hoje, voltamos no meio da tarde para o Porto e após guardar o carro, fomos para a Ribeira, via funicular.
São 2,50 euros por pessoa, por trecho (dá uns 3 minutos de percurso, quase vertical)





e chegamos à base da Ponte D. Luís I.

Agora é só apreciar a paisagem..



As embarcações típicas, com os barris de vinho do porto

e o casario antigo, no lado do Porto, com seus bares e restaurantes. Infelizmente, com preços abusivos, em se tratando de Portugal, num verdadeiro turismo exploratório. Duas cervejas na pressão (330 ml) podem custar o preço de uma refeição...






Como eu já havia citado em outro post, lá no tabuleiro superior passa o metrô e também atravessa-se a pé. Embaixo veículos e também pedestres.

Do lado de lá, Vila Nova de Gaia, aonde ficam as caves de vinho do Porto. Pena, todas lotadas e já estava tarde.
Aliás, a título de curiosidade, após o primeiro dia, chuvoso, com a melhora do tempo a cidade ficou de tal maneira cheia, que começou a perder um pouco do seu charme natural. Juntando isso ao fato de que, pelo menos para pessoas na chamada meia idade, caminhar por aqui pode ser bem complicado e cansativo, começamos a nos alegrar com a partida, programada para amanhã. De alguma forma, desculpem amantes de Portugal, mas o Porto nos encantou aquém das expectativas...


Na verdade, Portugal vive crise econômica a décadas e a taxa de desemprego é de 13%, a terceira mais alta da zona do euro. O patrimônio histórico da humanidade está em mal aspecto e o casario carece de reparos urgentes, com seu estado chegando a assustar. Os jovens migram em massa para fora do país e trata-se de uma nação muito idosa. A título de curiosidade, assisti na tv, no hotel, uma reportagem que mostrou pequenas cidades e vilas no interior do país, onde os comerciantes começaram a levar mercadoria de porta em porta, em furgões, porque as pessoas são tão idosas que não tem mais condições de sair de casa e não há jovens para fazê-lo... Entre os mais jovens, a insatisfação é bastante nítida e já se percebe irritação em relação a imigrantes legais ou ilegais. Notei, ao longo da viagem que as ruas são quase tão sujas quanto aqui e o trânsito não é dos melhores, apesar de serem cidades menores do que estou acostumado. Inclusive, por exemplo, os motoristas param seus carros quase de qualquer maneira e o respeito no trânsito, apesar de muito maior do que no Brasil, é inferior a outros países europeus.


Um fila de cerca de meia hora para tomar o funicular para cima e retornamos ao hotel para um bom banho e nossos amigos em férias, Virgínia e Sérgio, recém chegados do Brasil, vieram nos encontrar, após superar um problema de extravio de mala por conta da Ibéria, numa conexão em Madrid.
Voltamos a jantar no simples, agradável e barato restaurante familiar, aonde já havíamos comido anteontem, o Roca, por já estar tarde e a cidade lotada, afinal é sábado e, como eu havia dito, parou a chuva!
Novamente, noite de 11 graus para dormir.
Hoje foram 167 km e amanhã é dia de partir, em direção a Coimbra, através de um percurso longo, indo até a mais antiga aldeia medieval portuguesa e passando pelo memorial a Cabral. Aliás, dicas da querida amiga Beth...

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