segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mediterrâneo 2015 - VI

Dia 27 de outubro, 12 horas, chegando a Katakolon.

Na verdade, Katakolon, ou Katakolo, para os gregos, é uma cidade costeira na Ília, no município de Pyrgos. Tem cerca de 600 habitantes e vive praticamente para os turistas dos cruzeiros, que buscam Olímpia. O centro fica a beira de um golfo do Mar Jônico


Desembarcamos e já encontramos nosso "motorista", Antonis Sakellis, nos esperando.
Soube dele no site do Tripadvisor, onde é muito bem avaliado, com seu Katakolon Taxi 27.
Muito simpático e agradável, conversando na medida certa, contou que reside em Pyrgos, mostrou fotos da família e partimos.
Tomamos o rumo do site da antiga Olímpia, o berço dos Jogos Olímpicos, aonde chegamos em cerca de 30 minutos.
Ah, no caminho, Antonis pediu um instante, parou o carro, desceu e retornou com duas garrafas de água mineral, dizendo que precisaríamos. Muito atencioso e gentil.



Olímpia já era habitada, mais de 2 mil anos antes de Cristo e conta-se que existia no local, um culto de adoração anterior a Zeus.


Segundo a história, os primeiros Jogos, foram realizados em 776 a.C. e significavam uma espécie de tratado de paz entre as cidades de Esparta e Elis. Na sequência foi permitida a participação de todas as cidades-estado gregas.
Inicialmente duravam um mês, posteriormente passando a três meses e sempre durante o verão. Durante os Jogos consagrava-se a "verdade sagrada", o que permitia que líderes de toda a Grécia se confrontassem desarmados. Com isso, logo o local tornou-se importante para discussões políticas e comerciais.





Passaram por aqui, Thales de Mileto, Alexandre, o Grande, Nero, Platão, Aristóteles...


Aqui, restos do Templo de Zeus:















Os vencedores das competições recebiam um ramo da oliveira de Zeus e tinham direito a erguer uma estátua em sua homenagem. Além disso, ganhavam refeições grátis, em suas cidades natal, pelo resto da vida.
Escravos e mulheres eram proibidos de assistir aos jogos, mas as mulheres podiam competir. Os bárbaros podiam assistir, mas não competir.

O estádio...




Aqui, onde tudo começa, de 4 em 4 anos: o local do acendimento da Tocha Olímpica, até hoje.
O Rio 2016 começa aqui!!




Representação da cerimônia do acendimento:

Aqui, o Templo de Apolo:

Continuando, uma visita ao Museu Arqueológico de Olímpia, com maquetes do site e das escavações

e centenas de peças originais do local, algumas remontadas como eram originalmente.


Tudo fantástico, para quem curte cultura e história antiga!!







Levamos pouco mais de duas horas apreciando o site e o museu, retornando ao carro, com Antonis nos esperando à saída de Olímpia. Ele havia nos dito que poderíamos demorar o quanto quiséssemos que ele aguardaria.
Na sequência, sugestão dele, uma visita a uma vinícula local, a Olympia Land Winery, aonde fomos muitíssimo bem recebidos por uma simpática e sorridente adolescente grega.
Aliás, em novembro agora, começa a colheita da azeitona e as oliveiras estão belas e carregadas.
Um belo prato de acepipes, com um excelente azeite local, acompanhando a prova de 4 ótimos vinhos gregos.



















Em seguida, pedimos a Antonis para ir a uma praia local, para termos uma breve visão. Ele nos conduziu a uma praia que, no verão, fica lotada, com um restaurante que abre 24 horas naquela estação, além de um pequeno hotel.
De quebra, uma vista do alto,



Olha o Antonis, aí...

e o nosso navio lá embaixo.

Após mais algumas fotos, voltamos ao terminal de cruzeiro e nos despedimos de Antonis, que nos surpreendeu mais uma vez, entregando uma pequena sacola, com uma garrafa de Ouzo (adoro!!) e um vidro do ótimo azeite local.
Muito obrigado, Antonis, por mais uma demonstração da educação e simpatia grega. Valeu cada centavo de euro pago e já está totalmente recomendado no site do Tripadvisor.

Hora de subir a bordo e apreciar o anoitecer...

Nota triste: esqueci meu celular sobre a mesa do navio, aonde relaxávamos do dia, com um espumante, e... não, ele não foi devolvido até o final da viagem, com o registro tendo sido feito na recepção do cruzeiro. Foi furtado, mesmo. Fica a dúvida se por algum empregado ou por um passageiro. Como o iPhone 5S custa, na Europa, cerca de 600 euros, acho que a tentação foi grande para alguém...
Bem, o jeito é continuar aproveitando o belo anoitecer de Katakolon.


Confesso que ainda continuei chateado por algum tempo, por conta do meu celular, aonde eu tinha até mapas off line dos locais da viagem, sem contar quase mil fotos e, nem quis assistir a programação de hoje no navio. De qualquer forma, não perdemos muita coisa, até porque o espetáculo era sobre as Tartarujas Ninja... rs
Ainda assim, é noite de gala, a noite do comandante, e fomos jantar às 21 horas...
Amahã é dia de acordar cedo e estaremos chegarmos ao lugar aonde havíamos prometido, em 2013, retornar e, por isso mesmo, o motivo da escolha do roteiro deste cruzeiro marítimo.
Obrigado, Senhor!!

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