sábado, 19 de outubro de 2013

Alemanha III

Pela manhã do dia 8, terça-feira, 7 graus e, após o café da manhã, o tradicional passeio pelo centro da cidade.
Mais uma vez, destaque para o eficientíssimo sistema de transporte urbano, com bondes eficientes e silenciosos e o trânsito disciplinado, com integral respeito, por ordem de prioridade, ao pedestre, ciclistas, transporte público e, por último, automóveis.
Em seguida, uma passada pelo mercado municipal, procurando meus molhos e especiarias
Uma pena, o velho deturpado pelo novo, prejudicou a maioria das fotos.
Aqui vão as melhorzinhas, começando novamente pela prefeitura de Augsburg.



Aqui, a casa onde nasceu o grande Bertold Brecht



e aqui, quase em frente ao hotel, a casa da família do mestre Mozart.

Em seguida, apanhamos o carro na garagem do hotel e fomos logo ali, 52 quilômetros de Augsburg e fora da Romantische Strasse, a um dos símbolos do nazismo, o Campo de Concentração de Dachau.
Muito triste, porém, não senti nenhum "peso". Sinal de que ninguém mais "está lá"...

O que houve aqui, jamais deve ser esquecido!!


Dá um arrepio pelo corpo todo,



e a gente começa a se emocionar...




A sensação é a de que todos nós tivemos um antepassado aqui. E, de certa forma, tivemos sim. Aqui está representada a capacidade de crueldade de que o ser humano é capaz.
Fazendo uma busca no equipamento multimídia, encontrei dois Bonfanti, sendo um brasileiro e outro, com o mesmo nome do meu avô paterno, italiano. Quase impossível conter as lágrimas...
No fundo do campo, foram erguidas homenagens, uma de cada religião, aos que por aqui passaram e padeceram.
Abaixo, a católica.
A cabeça "viaja", caminhando por aqui...

Nesta grande área, ficavam os barracões com os presos.

O campo de Dachau foi construído em 1933 e serviu de modelo para outros campos. Por aqui chegaram a ser abrigadas 200 mil pessoas, empilhadas como gado. O primeiro campo construído pelo hitlerismo, apenas seis meses da subida ao poder de Adolf Hitler.
A partir de 1941, passou a ser utilizado como campo de extermínio e cerca de 30 mil pessoas foram executadas.
Em 29 de abril de 1945, quando as tropas aliadas adentraram o campo, se depararam com centenas de mortos empilhados. Os soldados, em estado de choque, tomaram o lema: Take no prisioners, executando os primeiros soldados SS que encontraram. A carnificina foi interrompida depois de alguns minutos, por um tenente da companhia, após cerca de 50 alemães mortos. Cerca de duzentos foram feitos prisioneiros.
A entrada do crematório,


os fornos, onde os prisioneiros era incinerados

e a câmara de gás, onde os presos adentravam, imaginando estarem indo para o banho...




Emoções a parte, voltando de Dachau, uma parada para o primeiro abastecimento do "carrinho". A conta, após uns 450 quilômetros rodados, foi de 61,54 euros, para 39,54 litros. Ou seja, 11,4 Km/litro.
O litro da gasolina custa 1,52 euros, ou seja, aproximadamente, R$ 4,70, o litro. Atenção, pessoal que reclama sem saber!!!
Outra coisinha: em todos os lugares, você abastece e depois entra no estabelecimento e vai ao caixa dizer qual bomba utilizou e paga a conta. Seria possível por aqui? Desculpe, não resisto, creio que os "petistas" iriam dizer que causaria desemprego e, no geral, muitos iriam tentar o famoso "calote"... rs

Em seguida, retornando a Augsburg, já de volta à rota romântica, uma passada em Landsberg am Lech e em Friedberg, que já é "grudada" em Augsburg.

São cidades bem pequeninas e, também, muito graciosas.


Aqui, a porta da cidade de Friedberg.







Tubos do órgão da igreja de Landsberg am Lech,

mais fontes belas,


outra bela porta de igreja,

e consegui fotografar esta bonita revoada.

Uma curiosidade da viagem: por uma incrível coincidência, em cada cidade que entrávamos, os sinos das igrejas badalavam. Foi assim a viagem inteira, em absolutamente todas as cidades...
Bem, mais fotos...









Muita beleza por todos os lugares...






No Brasil, desde pequeno não via frutas como as que vi na Alemanha, expostas em mercados e bancas. Você se pergunta se são outras frutas as colhidas e vendidas por aqui...

Pausa para uma conversinha com um alguém que, apesar de muito reflexivo, acabou até aceitando se aquecer com meu gorro de Monte Verde, Minas Gerais...
Durante o dia, a temperatura chegou a 14 graus (é, o inverno chegou mais cedo, disseram os alemães) e à noitinha, a preferência foi por mais comida alemã, nas proximidades do hotel mesmo, porque fora, já faziam 11 graus e o ventinho estava gelado.
Amanhã tem mais...

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