Viajante do sol noturno: Alemanha I

Como sempre faço, aqui começa o diário de mais uma viagem de férias.
Desta vez, Alemanha. A Rota Romântica pela Bavária, iniciando por Frankfurt, esticando até o Lago Konstanz, dando uma "espiadinha' no lado austríaco, depois passando por Estrasburgo na França e retornando a Frankfurt.
Planejamento pessoal feito, já que não sou chegado em excursões, tudo reservado e, vamos lá!! É bem verdade que chegando lá, as improvisações serão muitas, já que a rota escolhida, as permite.
Partida no dia 04/10, no vôo Lufthansa das 21:15 hs, do Aeroporto do Galeão, com destino a Frankfurt.

A saída do Rio foi com 15 minutos de atraso, mas a chegada, 35 minutos mais cedo do que o previsto. Vôo lotado, porém confortável e tranquilo, com um ótimo serviço de bordo germânico e, já no dia 05, 11 horas e 10 minutos depois, às 13:40 hs (são 5 horas a mais de fuso horário), o já familiar, Aeroporto Internacional de Frankfurt.

Encontramos um simpático casal, coincidência, de Niterói, na chegada, que passaria 3 dias passeando e em seguida visitariam o filho na Escócia...

Após esticar as pernas, um Citroen DS3 Cabrio, já reservado, na Hertz, e pé na estrada!

Apesar da chuvinha que caía, de cara já deu pra sentir as estradas pelas quais os alemães dirigem: MARAVILHAS RODOVIÁRIAS!!! As pistas são como tapetes lisos e macios. Super bem sinalizadas e, desculpem meus compatriotas, mas quem sabe dirigir um automóvel é o povo alemão! A pista da esquerda é só para alta velocidade ou ultrapassagens. Mesmo quem vêm a 220 Km/hora, sim, 220 por hora, sabe respeitar quem precisa ultrapassar, pois sabe que, em seguida, o mais lento retorna para a direita. Sabem correr muito e sabem dirigir mais ainda. Quantos acidentes chegam ao nosso conhecimento, por exemplo, no Rio de Janeiro, numa manhã? Quatro, seis, oito... Pois é, em 11 dias rodando pela Alemanha, não vi nem soube de um acidente de trânsito sequer. Não vi ou ouvi uma freada brusca. Não escutei uma buzina. Nos locais em que há limite de velocidade, ele é rigidamente respeitado e, em ruas residenciais, o limite é de 30 Km/hora.

Os motoristas brasileiros tem muito a aprender...

Aliás os brasileiros têm muito a aprender, em tudo, quando se trata de Alemanha.

Bem, revoltas pessoais a parte, primeira parada, para um reconhecimento da região e uma noite de descanso, Wurzburg, depois de cerca de 140 quilômetros.

Agradável cidadezinha que inicia a Romantische Strasse, para quem vêm de Frankfurt.

Eis o delicioso carrinho. Um cabriolet, ou seja, recolhe a capota, e com um toque de botão. GPS, limpador de parabrisa automático, luzes automáticas, som com entrada para iphone, bancos tipo Recaro, de couro, com aquecimento no assento e no pescoço, 1,8, 6 marchas (mas eu mal cheguei a 190 Km/hora nas Autobans... rs).

Olha o "carrinho" aí!

Uma pequena voltinha a pé para reconhecimento da cidade. Centro histórico lindo, barco-cassino a beira rio, bondes graciosos e eficientes.

Olhem esta vitrine. Dá ou não, água na boca?

Cada casinha mais graciosa que a outra.

Flores por todos os cantos!

Agora, com 11 graus, jantar num restaurante italiano (mas com comida alemã), Hotel Fischzucht (é esse mesmo o nome... rs), e descansar, finalmente, após 24 horas de viagem e 39 horas sem uma boa cama...

No dia seguinte, 8 graus ao acordar e um ótimo café da manhã. Nada de chuva e vamos à rua!

A magnífica Wurrzburger Residenz,

com seus jardins belíssimos.

Observem o detalhe da escultura, no tronco de uma árvore!

É pra sentar e relaxar, apreciando a beleza do local.

Uma caminhada pelas redondezas,

apreciando todos os detalhes possíveis,

as fontes nas ruas,

as igrejas,

as casas e o comércio,

tudo belo!!

e uma subida até Festung Marienberg, fortaleza situada no alto de uma colina, para admirar a cidade do alto.

A ponte antiga, Alte Mainbrucke, sobre o Rio Meno (Main), construída em 1473 e decorada com estátuas

Uma foto do eficiente transporte urbano, não só de Wurzburg, como de praticamente todas as cidades alemãs.

Cada detalhe da cidade é um encanto para os olhos!

Eis a vista, da colina Marienberg

Tudo visto pela manhã e, por volta de 11:30 hs, voltamos às estradas.

As cidades ao longo da rota, são todos muito próximas e pela vontade de passar por todas elas (são 28 ao longo de 366 quilômetros), me fizeram deixar o GPS maluquinho... rs.

Ao longo de 98 quilômetros, passamos por Tauberbischofsheim, Lauda-Konigshofen, Bad Mergentheim, Weikersheim, Rottingen, Creglingen,

parando alguns minutos no centro histórico de cada uma,

até chegar a Rothenburg ob der Tauber, nossa próxima pousada.

Aqui, entrando no centro histórico

e a chegada ao Hotel Goldenes Lamm, que de bom, só tinha a localização.

Wi fi quase inexistente, quarto minúsculo, restaurante cheirando a gordura e quase nenhuma atenção por parte do staff.

Mas, enfim, viajo para passear, não para ficar em hotéis e é uma linda cidadezinha medieval a ser explorada.

A região é famosa, também, pelos brinquedos e típicas figuras em madeira.

Olha só a jardineira que eu encontrei!

E, como a temporada quente praticamente acabou, muitas obras. Aliás, por todas as cidades.

À noite, finalmente, consegui comer meu joelho de porco, no restaurante do Hotel Roter Hahn.

Simpatia, bom preço e ótima cozinha. Havia cardápio em português, o único que vimos na Alemanha. A propósito, dificilmente você encontra cardápios mesmo em inglês. Era um tal de tentar se virar com os "nominhos" dos pratos em alemão... rs

Mas, vale a pena.