quinta-feira, 28 de abril de 2011

Exposição: Fernando Pessoa, plural como o universo.

A exposição, no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro, mostra as facetas do poeta português, que foi capaz de inventar e se reinventar por meio de diversos personagens fictícios ao longo de seus 47 anos de vida.

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Temos a oportunidade de conhecer, ou reconhecer, algumas de suas personas, que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos – personagens-poetas com identidade própria – e por pessoa “Ele-mesmo”. A exposição mostra toda a multiplicidade da obra de Pessoa e pretende conduzir o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras.

Têm-se ainda a oportunidade de ver algumas raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado por ele em vida, e os dois números da revista Orpheu, um marco do modernismo em Portugal.

Em uma das salas, o visitante poderá entrar em cinco cabines onde são projetados trechos de poemas do próprio Fernando Pessoa e de seus heterônimos mais conhecidos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. A sexta cabine, chamada de “Eu sou muitos”, é dedicada a outras personalidades literárias criadas pelo poeta. Em outro espaço, o visitante entrará numa espécie de labirinto poético que mostra de forma lúdica e encantadora trechos de poesias e imagens de Fernando Pessoa, como forma de retratar suas várias personas.

Dentro da concepção, inspirada no lado místico de Pessoa, há um grande pêndulo representando o Tempo. Ao lado dele, trechos de poemas são projetados e apagados pelo mar em tanques virtuais de areia. Na parede ao fundo, dois vídeos são projetados, como se fossem duas janelas. O primeiro, produzido pelo documentarista Carlos Nader com roteiro do poeta Antônio Cícero, mostra pessoas, em meio a uma multidão, recitando Pessoa. O segundo mostra uma imagem do mar, sempre em movimento, tirada do emblemático filme “Limite” (1931), de Mario Peixoto.

Por fim, o visitante poderá acompanhar a cronologia da vida-obra do poeta com a ajuda de imagens retiradas da recém-lançada fotobiografia produzida por Richard Zenith.

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