Muito de vez em quando aparece um filme como Toy Story 3
O primeiro Toy Story
Nesse terceiro filme, Andy está a caminho da faculdade, e os brinquedos estão preocupados com o que acontecerá com eles, se serão levados para o sótão, doados para uma creche infantil ou simplesmente jogados no lixo. É triste constatar que a vida daqueles brinquedos que tanto amamos se resumiu a criar planos que chamem a atenção do seu dono, e que por anos ninguém brincou com eles. O roteiro é muito eficiente em nos fazer importar com o destino dos personagens, em humanizar bonecos, e a fazer entrarmos no mundo de fantasia que eles criam.
Os filmes de Toy Story também sempre foram eficientes ao inserir novos personagens. Alguns dos melhores momentos do segundo filme envolviam Jesse, a cowgirl, que havia sido abandonada por sua dona, ou a Sra Cabeça de Batata, ou os vilões Stinky Pete e o Imperador Zurg. Agora somos mais uma vez envolvidos pelo metrossexual Ken, o ursinho cor de rosa Lotso, o assustador Big Babby, o dramático Mr. Pricklepants, entre tantos outros. Trazem um novo senso de humor, sempre inteligente, surpreendendo em algumas escolhas e conseguindo divertir crianças e adultos.
Muitos filmes de ação poderiam aprender um pouco com Toy Story 3, sobre como coordenar uma sequência de ação sem tremer a câmera e fazer cortes incompreensíveis e, ainda assim, manter a tensão. As cenas no lixão devem manter as crianças grudadas nas cadeiras, e certamente não vão entediar os adultos.
Toy Story 3 é um dos melhores filmes da safra de 2010, uma animação que só consegue ser equiparada por outros filmes da Pixar dentro do mercado americano, ou a obras-primas mundiais como As Bicicletas de Belleville. É muito mais do que uma boa animação. É um grande filme.
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