segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Conan operado

Nada demais, mas teve que tirar um quisto sebáceo.
Alguns pontos, um curativo para proteção e, principalmente, uma veterinária muito competente.
Ele ainda curtiu o domingo de sol.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Matando a saudade


Matando a saudade do SAC, com meu queridos amigos.
Algumas pessoas com as quais aprendi muita coisa na vida. O churrasco foi até a noite.
Amo vocês!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Amigo (a) bipolar

Essa é para alguém que conheci muuito bem... rsrs

Conheço um cara que é muito engraçado

Mas quando muda de humor é de amargar

Fico com pena é da sua namorada

Dá muito duro e não consegue agradar

Pois se um dia ele quer muito uma coisa

No outro dia ele não sabe e já não quer

E de repente, caiu a ficha

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Conheço um cara que é muito engraçado

Mas quando muda de humor é de amargar

Fico com pena é da sua namorada

Dá muito duro e não consegue agradar

Vai no barbeiro e diz que macho rói a unha

Já no salão depila, corta e até lixa

E mesmo manso, procura rixa

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Conheço um cara que é muito engraçado

Mas quando muda de humor é de amargar

Fico com pena é da sua namorada

Dá muito duro e não consegue agradar

Na academia tira onda de machão

E lá na banda de Ipanema é odalisca

E de repente, caiu a ficha

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Eu acho que ele é bipolar

Eu acho que ele é....

Quase carnaval

Hoje atravessei pela concentração do Cordão do Bola Preta. Olha o carnaval chegando aí, geeeente!!!







Eu quero a marcha mais bonita

Que toque em dias de folia

Quero eternas melodias

Embalando os blocos e seus foliões

Não quero a mera nostalgia

Que mora em carnavais de outrora

Quero é ser feliz agora

Com amor presente em nossos corações


Eu acredito que ainda exista espaço

Pra canção bonita que jamais morreu

Pois apesar de tantos descompassos

Posso ver palhaços loucos como eu


Vem, amor

Que hoje é carnaval

Vem cantar até raiar o dia

Vem, amor

Que hoje é carnaval

Ser feliz é nossa fantasia

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Certeza

De tudo, ficaram três coisas:
a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar.
Fazer da interrupção um caminho novo.
Fazer da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sono uma ponte,
da procura um encontro.

(Fernando Sabino)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O segredo dos seus olhos

Apesar de poder ser enquadrado como filme policial, afinal o elemento central à trama é um crime, há poucos tiros e nenhuma explosão. A tradicional adrenalina das perseguições de carro que nos acostumamos a ver nos filmes hollywoodianos é muito bem substituída por uma bela sequência de imagens aéreas de um estádio de futebol lotado em pleno fervor do jogo. Ou seja, tudo redimensionado a escalas mais humanas e realistas.

As idas, vindas e voltas de cortes temporais fazem os paralelos com o passado dos envolvidos e também com a história argentina. Os meandros da justiça e a época da última ditadura no país são tratados de forma econômica e sem demagogia. Mas, por outro lado, às vezes, fica difícil de entender tanta "argentinidade". São várias as referências feitas a ruas, lugares, personalidades e contexto histórico. Um dado importante para acompanhar melhor alguns desenlaces do filme: o crime se passa na época do governo de Isabel Perón e das ações constantes da "Triple A" (Aliança Anticomunista Argentina), grupo de repressão do Estado que recrutou gente da pior espécie, entre oficiais de polícia exonerados por delitos, civis com fichas criminais e matadores de aluguel.

Baseada no livro La pregunta de sus ojos, de Eduardo Sacheri, a produção argentina e espanhola é um desses raros casos em que uma obra é superada pela adaptação. Apesar de não ser desconhecido dos leitores argentinos, o romance de Sacheri com certeza nunca chegou a 18 semanas consecutivas no topo de nenhum ranking, como fez o filme nas bilheterias argentinas. Na sua sexta semana de exibição, O Segredo dos Seus Olhos já era o filme nacional de maior arrecadação na Argentina e hoje é considerado o mais visto dos últimos 35 anos no país.

O orçamento curto foi bem distribuído entre as sete semanas de filmagens, os atores de primeira e os cenários simples, mas impactantes - como o edifício central dos tribunais e as cafeterias da capital argentina, que não precisam de retoques, além do já mencionado estádio de futebol do time Huracán. A bela fotografia também merece destaque e o enquadramento só peca pela repetição muito constante dos desfoques de primeiro plano. Parece que a verba só não deu conta de um quesito: a maquiagem. Ao longo dos 25 anos que se passam na história, as marcas do tempo ficam meio forçadas.

O grande trunfo de O Segredo dos Seus Olhos é o seu elenco, especialmente o ótimo Ricardo Darin como o personagem central. Trata-se de uma performance melancólica que confere o tom ao filme, no papel de um sujeito que passou a vida como sabendo que se lhe reserva um destino medíocre. O seu Benjamin Espósito em dado momento se pergunta: “Como se faz para viver uma vida vazia?” ou a variante “Como se faz para viver uma vida cheia de “nada”?”. A força e o interesse do filme até certo ponto residem na relação que Benjamin desenvolve com a sua chefe, a juíza Irene Menéndez Hastings, que aos seus olhos parece intocável e vinda de outro mundo, uma mulher forte e elegante que guarda o seu melhor sorriso apenas para o noivo poderoso com quem está comprometida. É um dos casais mais improváveis do cinema recente, o que justamente por isso resulta em um curto-circuito em todas as vezes que ambos os personagens contracenam, sublinhando a paixão desesperançada de Benjamin pela colega de trabalho. A maioria das cenas no fórum desnudam a formalidade de ambientes e funcionários rígidos e austeros. Por sinal, Irene é dona de um dos melhores momentos do filme, no interrogatório com o principal suspeito do assassinato, em que ela humilha e manipula o acusado. Enquanto Irene se mostra inatingível ao interesse romântico de seu subordinado, a trama desfruta de certa credibilidade. Mas o rumo que o desenvolvimento da relação toma perto do desfecho não é muito convincente, enfraquecendo ainda mais o resultado final de um filme repleto de bons elementos, mas desengonçado em sua totalidade.

Bem, de qualquer maneira, o desenrolar dos acontecimentos cria um suspense envolvente e o desdobramento dos personagens contribui com boas surpresas, compondo alguns dos segredos que hipnotiza os olhos de quem vê. Em suma, a indicação ao Oscar é merecida. Agora resta saber como acaba a tal história contada por Darín.

Conan: 10 meses

Fez 10 meses e ganhou sua casa própria de presente.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Só louco

Só louco!
Amou como eu amei
Só louco!
Quis o bem que eu quis...

Ah! insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porque de amor para entender
É preciso amar, porque...

Niterói

Minha homenagem à cidade que escolhi para viver.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Trocando em miudos

Para pessoas infelizes e perdidas, que nunca souberam o que é amor.

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

Drummond

A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Domingaço!



O domingo começou no Parque da Cidade e terminou com outro ótimo churrasco em casa.
Que presente, a visita do meu maior presente na vida!
Te amo, filho de ouro!!!

O discurso do rei

Como um bom filme inglês, temos um período histórico decisivo para o país tratado com toda a pompa e circunstância. O rei George VI assume o trono após a desistência de seu irmão, e, gago, teme realizar os discursos direcionados à sua nação. Uma premissa como essa poderia não ser valorizada em dias atuais, logo, o roteiro faz questão de contextualizar a importância da fala de um rei diante do advento do rádio e, principalmente, da iminência da Segunda Guerra Mundial.

Pelo tema sisudo e roteiro centrado em diálogos, O Discurso do Rei daria um filme classicista, não fosse o uso extremamente competente da linguagem cinematográfica para ajudar a contar as aflições do rei Albert. O diretor conta com uma direção de fotografia que enquadra o protagonista sempre nos cantos, em planos frontais, mas que beiram milimetricamente o plongée (de cima para baixo). O desequilíbrio cria uma sensação de desconforto, evidenciando o sentimento de inadequação do monarca.

A câmera funciona igualmente bem para o outro lado da moeda, Lionel Logue, um inadequado de outro tipo - fonoaudiólogo nada ortodoxo que tem a tarefa de ensinar Albert a expressar-se com clareza. O embate de ideias (e educações) é fundamental ao filme e o trabalho de Cohen, que compreende também excelentes sequências de plano e contraplano - que desfrutam do citado desequilíbrio -, participa dele com voz firme.

Alheios a tudo isso e focados em suas próprias tarefas, Colin Firth e Geoffrey Rush executam seus trabalhos de maneira inspirada. O primeiro dá ao rei a inconstância física e dualidade que o papel exige. Na vida íntima, com a esposa e filhas, surge terno e fala com fluidez reservada. Quando precisa desempenhar seu papel como nobre, porém, mantém a dignidade e o porte, mas gagueja de maneira dolorosa de assistir. Fica ainda mais evidente a qualidade do trabalho de Firth quando o vemos durante longas cenas ao lado de Geoffrey Rush. Lionel é um papel menos exigente - e Rush um ator dotado de mais recursos (sua internalização na cena do ensaio da coroação na catedral é brilhante) -, o que poderia enterrar um trabalho menos competente. Se atuar é a arte de reagir, Firth e Rush engajam-se em suas reações como ninguém.

Helena Bonham Carter, deixando de lado suas pesonagens estridentes, dedica-se a uma mulher normal. A atriz interpreta a esposa de Albert com interesse. O elo fraco é mesmo Timothy Spall. Ainda que excelente ator, ele dá um peso desnecessário às aparições de Winston Churchill. O inglês era, sim, uma figura que parecia saída de um desenho, mas Spall se entregou às caras e bocas na oportunidade de interpretá-lo. Ao menos sua participação é breve.

Hooper, o diretor, também é extremamente feliz na criação da atmosfera de ameaça vindoura da Segunda Guerra. O grande antagonista do filme é o microfone, mas o eloquente Adolf Hitler também faz rápida aparição. A cena em que o Rei Albert o observa discursando, franjinha em desalinho devido ao esforço teatral, é quase cômica. As proverbiais nuvens que prenunciam tempestades também surgem na forma de uma sequência na névoa distante, em que paciente e terapeuta brigam sob uma opressiva luz difusa.

Com o intuito de colher informações para escrever o filme, o roteirista contou que procurou a Rainha Mãe, morta em 2002, algumas décadas depois dos fatos. "Por favor, não o faça enquanto eu estiver viva. A memória desses eventos ainda é muito dolorosa", ela escreveu de volta.

Dolorosa ou não, a história não poderia ter sido contada de maneira mais elegante em O Discurso do Rei.

Filme magnífico!

Pré carnaval

Eduardo Dussek no baile de máscaras do São Francisco Praia Clube, mais a bateria da Viradouro... Pena meu joelho "danificado", mas deu pra curtir (e fotografar) o ensaio de Dussek.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Presente de sábado

Pra inaugurar o deck novo, nada melhor do que a visita do meu presente de vida: meu filhão!
E Conan ganhou sua "casa própria".
Olha meus filhotes aí e minha alegria e orgulho.
Isso faz valer a vida!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Filhão chegando!

Falta pouco...
Vou receber meu amigão em casa!

Lua cheia.

Esta semana a lua tornou-se ainda mais bela.
Descobriram uma cratera, com o formato de um coração.
Agora, ao olhar pela janela e observar a lua cheia, imagine, sinta, deixe-se levar pela emoção.

Mais do que nunca, a lua é dos enamorados...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fotos impressionistas

Minhas "fotos impressionistas", tiradas do catamarã, às 6 e 40 da manhã.
Nascer do sol, Rio de Janeiro e viagens...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fisioterapia

Mais uma sessão de fisioterapia pro joelho.
Mas é tanta coisa pra fazer, tanto movimento, que tá difícil...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Samba com endereço certo.

Vai vadiar, coração em desalinho...

Eu quis te dar
Um grande amor
Mas você não
Se acostumou
À vida de um lar
O que você quer é vadiar...

Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!

Não precisa se preocupar

Se passares da hora
Eu não vou mais te buscar
Não vou mais pedir
Nem tão pouco implorar
Você tem a mania
De ir prá orgia
Só quer vadiar
Você vai prá folia
Se entrar numa fria
Não vem me culpar
Vai Vadiar!...

Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!

Quem gosta da orgia
Da noite pro dia
Não pode mudar
Vive outra fantasia
Não vai se acostumar
Eu errei quando tentei
Lhe dar um lar
Você gosta do sereno
E meu mundo é pequeno
Prá lhe segurar
Vai procurar alegria
Fazer moradia na luz do luar
Vai Vadiar!...

Vai Vadiar! Vai vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
(Vai Vadiar!)
Vai Vadiar! Vai Vadiar!
Vai Vadiar! Vai Vadiar!


Numa estrada dessa vida
Eu te conheci
Oh, Flor!
Vinhas tão desiludida
Mal sucedida
Por um falso amor

Dei afeto e carinho
Como retribuição
Procuraste um outro ninho
Em desalinho
Ficou o meu coração
Meu peito agora é só paixão
Meu peito agora é só paixão...

Tamanha desilusão
Me deste
Oh, Flor!
Me enganei redondamente
Pensando em te fazer o bem
Eu me apaixonei
Foi meu mal

Agora!
Uma enorme paixão me devora
Alegria partiu, foi embora
Não sei viver sem teu amor
Sozinho curto a minha dor

O motor explodiu!

Fazendo a travessia de volta, hoje, um dos motores do catamarã Netuno I, simplesmente explodiu. E dá-lhe fumaça... Já tinha gente vestindo o colete salva vidas.
Bom, mas com um dos motores continuamos a travessia. Difícil foi o piloto conseguir atracar. Que ruindade... rs

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
(Florbela Espanca)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O turista

Na mais recente edição da entrega dos Globos de Ouro, o apresentador Ricky Gervais causou mal-estar em parte da comunidade hollywoodiana com suas piadas ácidas, politicamente incorretas e, principalmente, críticas direta a filmes e astros consagrados. Entre os alvos do comediante britânico estava a produção O Turista, indicada a três prêmios na mesma noite. “Parece que tudo foi tridimensional este ano, exceto os personagens de O Turista” e “... está rolando um boato de que a única razão pela qual o filme recebeu indicações foi para que os votantes pudessem passar um tempo com Johnny Depp e Angelina Jolie, o que é bobagem. (...) eles também aceitaram suborno”, foram dois dos petardos disparados por Gervais.

Deixando de lado a polêmica gerada sobre os limites das piadas do ator, a questão que fica em relação a O Turista é apenas esta: Ricky Gervais – e, por extensão, a grande maioria da crítica norte-americana – tinha razão em seus comentários depreciativos sobre o filme? Sim e não. Sim, porque trata-se de uma produção que jamais encontra o seu tom, conduzida com incerteza por seu diretor e baseada em um roteiro que abusa de lugares-comuns sem o menor receio. E não, ele também não tinha razão, porque, enquanto tenha os seus diversos problemas, ainda assim trata-se de um filme que oferece charme suficiente e momentos agradáveis para entreter durante seus pouco mais de noventa minutos, beneficiado inclusive com a presença de dois dos maiores astros da atualidade, que capturam a plateia sem muito esforço.

O mais interessante em uma análise sobre O Turista é o fato de que o filme tinha absolutamente tudo para dar certo. Além da presença de Depp e Jolie, atores competentes, a produção trazia no comando o alemão Florian Henckel Von Donnersmarck, responsável pelo belíssimo A Vida dos Outros e um roteiro assinado pelo próprio diretor, por Christopher McQuarrie, vencedor do Oscar por Os Suspeitos (The Usual Suspects, 1995), e Julian Fellowes, também vencedor do Oscar por Assassinato em Gosford Park. O que, então, deu errado? Como tanto talento unido conseguiu construir uma obra tão irregular? Onde foi que o trem saiu dos trilhos?

Estas são perguntas capazes de gerar uma série de respostas possíveis. Em primeiro lugar, trata-se de um filme despretensioso. O Turista, mesmo com tanto pedigree envolvido, jamais tenta ser algo mais do que uma boa diversão repleta de estilo, propósito no qual, de certa forma, é bem sucedido. Von Donnersmarck sabe filmar e captura todo o glamour e classe de uma superprodução com estrelas deste porte em um cenário como Veneza. Trata-se, indiscutivelmente, de um filme conduzido por alguém com um olhar estético apurado, um cineasta que, mesmo encontrando dificuldades em relação a encontrar o tom de sua narrativa, possui um estilo clássico de filmar, sem grandes afetações e valorizando ao máximo suas estrelas e a comparação de O Turista com Ladrão de Casaca, de Hitchcock, não é de todo exagerada.

No entanto, talvez seja aí que more o problema do trabalho de Von Donnersmarck neste filme. Recém-descoberto pelo mundo graças a uma pequena obra, o cineasta parece um pouco deslumbrado com o seu primeiro grande trabalho hollywoodiano. Se as cenas de ação e suspense sem tensão alguma podem ser creditadas à sua falta de experiência no gênero, ainda assim era de se esperar que ele se focasse mais na condução da história do que unicamente na forma de fotografar seus astros. Este desvio de objetivo se torna claro quando O Turista oscila entre o romance, a comédia e o mistério sem muito equilíbrio, enquanto von Donnersmarck faz com que até mesmo os coadjuvantes do filme sintam-se embasbacados com a presença de Angelina Jolie, o que fica claro em sua caminhada pelo salão no baile, quando todos os convidados a observam como se não fosse apenas mais uma ali dentro.

Claro que é difícil não se deslumbrar com Angelina Jolie. Em O Turista, ela prova mais uma vez porque é a maior estrela de cinema da atualidade, assumindo com incrível propriedade a postura de diva. Este não é um filme para Jolie atuar, mas para iluminar a tela, tarefa na qual é inegável dizer que ela se sai maravilhosamente bem. Von Donnersmarck capta toda essa aura em torno da atriz, o que contribui para a ideia de sua personagem ser uma mulher misteriosa. Johnny Depp, por sua vez, opta por uma abordagem completamente diferente. O ator se despe de sua imagem de sex symbol e aposta na construção de uma pessoa totalmente comum, sem muitos atrativos, parecendo um grande bobão. Esta composição tem seus prós e contras: se é capaz de gerar alguns momentos divertidos, também prejudica de forma irremediável o desenvolvimento do romance entre os dois. A plateia entende por que Frank se apaixonaria por Elise, mas jamais aceita que o contrário poderia acontecer, especialmente em tão pouco tempo.

Aliás, este é outro dos problemas de O Turista. A relação que surge entre os protagonistas jamais se torna crível ou natural, soando apenas como recurso vazio de um roteiro artificial. Quando estão juntos em tela, Depp e Jolie têm boa dinâmica e alguns diálogos bacanas, mas jamais convencem como casal. E, por se tratar de um filme construído em torno dessa ligação, a obra fica enfraquecida. Como se não bastasse, a aproximação entre eles é a apenas mais um dos clichês presentes na história, algo que não deixa de ser surpreendente ao se analisar o histórico de trabalhos realmente originais e com ideias novas dos roteiristas responsáveis pelo texto. Em O Turista, o espectador se vê diante de lugares-comuns típicos dos piores produtos do cinema norte-americano, como o fato de a polícia não acreditar no herói, o vilão caricato com sua dezena de capangas idiotas e cenas que logo se revelam sonhos.

Mais do que isso, a trama ainda aposta em diversas conveniências para que possa se mover (a maior delas logo no início: e se Elise sentasse em outro lugar no trem?), ao mesmo tempo em que tem todas as suas surpresas previstas de antemão pela plateia. Aliás, chamá-las de surpresas chega a ser elogio; no máximo, tratam-se de reviravoltas da trama, mas sem o menor impacto para os espectadores que já assistiram a qualquer filme do gênero. E, o pior de tudo, são revelações que fazem pouco ou nenhum sentido, quando analisadas dentro do contexto geral. Para fechar, Von Donnersmarck, McQuarrie e Fellowes ainda entregam alguns dos diálogos mais vergonhosos do ano, como quando Frank diz “Mas eu estou apaixonado por você” quando Elise se afasta em um barco ou, tão ruim quanto, o momento no qual Shaw fala: “Sacrifiquei algo muito importante: a minha alma”. Sem qualquer exagero, fica difícil não sentir vergonha pelos atores ao ouvir falas como estas.

Bem, considerando-se o currículo dos principais envolvidos, certamente era de se esperar algo de qualidade melhor, e não uma obra boba e frágil, desprovida de emoção. Ainda assim, está longe de prejudicar o currículo de alguém.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro

Alguns homens nascem apenas para a guerra. Roberto Nascimento, o já icônico personagem vivido por Wagner Moura, é uma dessas pessoas. No final de “Tropa de Elite”, Nascimento fora abandonado por sua esposa grávida, o que lhe desmotivou da ideia de sair do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (BOPE) do Rio de Janeiro.

Esta sequência, tal qual o original, tem em seu leme o diretor José Padilha, que escreveu o roteiro do longa ao lado de Bráulio Mantovani. A dupla, de maneira inteligentíssima, traz um exercício de metalinguagem como pontapé inicial do filme. Após uma ação do BOPE no presídio de Bangu I, que trouxe graves repercussões políticas, os dois líderes do batalhão, o Coronel Nascimento e o Capitão Mathias tiveram “punições” diferentes. Nascimento foi elevado à posição de herói por sua resposta firme junto aos criminosos, assumindo o cargo de Subsecretário de Segurança Pública. Já Mathias é usado como bode expiatório pelo governo e expulso em desonra do BOPE.

Na posição ideal para conseguir travar sua luta contra o tráfico de drogas, Nascimento descobre que a situação não é tão simples quanto ele pensava, percebendo que as raízes da corrupção são bem mais profundas do que meros policiais subornados por traficantes. Além de encarar um inimigo que parece ser onipotente, o Coronel ainda tem de encarar a própria solidão, encontrando-se afastado do filho e vendo sua família sendo chefiada pelo ativista político Fraga, seu maior crítico público. Os desafios enfrentados por Nascimento convergem de maneira explosiva em um conflito que mudará toda a percepção de realidade do personagem.

Interessante notar que Padilha pega todas as crenças e certezas que Nascimento tinha no primeiro filme e as desconstrói de maneira brilhante aqui. Em dado momento, Nascimento imagina as consequências de seu plano para a segurança pública, apenas para depois compreendermos, com a ajuda do próprio personagem, que nada do que fora planejado realmente aconteceu. Deste modo, a continuação não funciona apenas como um mero desdobramento dos temas propostos na primeira fita, mas como uma evolução daquele longa, mostrando que a resposta meramente coerciva para o problema da violência funciona tão bem quanto um band-aid para uma perna gangrenada.

A produção é tão sutil quanto um rolo compressor ao mostrar algumas de suas facetas. Sua violência é tão explícita quanto a hipocrisia política de seus “vilões”, sendo difícil saber qual das duas provoca mais revolta e asco junto a nós. Em um momento catártico, Nascimento surra sem dó ou piedade um político corrupto. Essa falta de sutileza merece ser saudada, pois a fita transmite, sem dourar a pílula, quão grave e assustadora é a situação nada fictícia que é mostrada.

O elenco é simplesmente magnífico. Wagner Moura entrega uma performance arrebatadora, com o Coronel Nascimento revelando a cada instante sua frustração perante seu verdadeiro inimigo. Ora, Nascimento é um homem que nasceu para a luta, tanto que os momentos de ternura e de diálogo que possui junto ao filho são em um tatame de jiu-jítsu. Colocá-lo em meio ao território inimigo completamente fora de seu terreno de ação foi crucial para nos mostrar um lado mais frágil daquele homem e fazê-lo rever suas crenças.

Enquanto no primeiro longa o Nascimento que víamos na farda preta era um leão altivo, cujos conflitos psicológicos irromperam quando da gravidez de sua esposa, todas as cenas que retratam o personagem de terno e gravata nesta continuação, mostram um homem apequenado, embora não pare de lutar contra a sujeira ao seu redor, algo retratado por Moura na postura física de seu personagem e do cansaço em sua voz. A evolução de Nascimento dialoga diretamente com o clássico policial “Serpico”, inclusive na desconstrução de crenças dos protagonistas de cada produção.

Irandhir Santos foi um verdadeiro achado para o papel de Fraga. Com um personagem tão forte quanto Nascimento do outro lado do espectro, seria muito fácil transformar um ativista social em uma figura caricata, mas Fraga vai além de ser apenas um contraponto inteligente ao Coronel. O respeito mútuo que nasce entre os dois homens também advém de um arco narrativo que é bem explorado para apresentar diferentes camadas ao seu personagem, como o ciúme que sente de sua família.

André Ramiro aparece pouco, mas aparece bem, de volta ao papel de Mathias, uma das peças cruciais no verdadeiro jogo de xadrez que é este filme. Ramiro possui duas cenas em especial, mostrando que Mathias está longe de ser aquele rapaz idealista do começo do primeiro filme.

Outro egresso da fita original, Milhem Cortaz diverte e enoja, como o covarde e corrupto Coronel Fábio. Falando em figuras detestáveis e cômicas, André Mattos dá um show como um demagogo apresentador de programa policial sensacionalista que se torna um político hipócrita. Sandro Rocha, que na primeira produção teve um papel pequeno, aqui retorna como o Policial Rocha, grande antagonista de Nascimento e líder das milícias, nova facção criminosa que se apresenta. Perigoso, corrupto e sanguinário, Rocha é um necessário vilão “clássico” que aparece em um longa onde o próprio sistema é o inimigo.

Tecnicamente, o filme é perfeito, com Padilha trabalhando com a mesma equipe do original. Montado de modo que se torna impossível tirar os olhos da tela um momento sequer, “Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro” hipnotiza por seu ritmo empolgante e pelo trabalho fenomenal de câmera realizado em suas cenas de ação, que remete às produções como “Zona Verde” (aliás, repare na “Operação Iraque” que acontece em dado momento do filme).

A evolução mostrada nos temas e na técnica do primeiro filme para este não desmerece de modo nenhum o longa original, que ganha mais força ainda, com o crescimento pessoal de Nascimento na sequência. Mais do que uma sucessão de tiros e frases de efeito, “Tropa de Elite 2” é uma obra densa e destemida, que não se furta em expor os problemas de uma sociedade doente e de um sistema político moribundo.

Mais um domingo de sol

Mais um domingão de sol e calor.
Adoro praia, mas, fala sério. Vaga pra estacionar, flanelinhas, falta de espaço na areia, blitz da lei sêca, trânsito da volta...
Prefiro a piscina, com pessoas queridas, sempre presentes né.
Agora um bom filme e uma boa noite de sono, já que outra semana começa...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sábado, amigos


Delicioso sábado de sol e calor, com amigos muito queridos. E o churrasco estava ótimo, modéstia a parte.
Tudo perfeito!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Hipocrisia

Não aguento ficar calado, diante do que tenho visto a respeito da morte, num assalto em Belo Horizonte, do jogador de futebol William.
A mídia o endeusou, entrevistou familiares, amigos, colegas... E as centenas de brasileiros desconhecidos, anônimos, que igualmente são vítimas desse tipo de crime, originados pelo descaso, pela corrupção, pela falta de seriedade da máquina pública brasileira?
Basta de hipocrisia! Basta de chamar de deuses os participantes de um reality show, enquanto milhares de pais e mães de família sofrem o diabo no dia a dia pra chegarem aos seus trabalhos e retornarem aos seus lares!
Por favor, acordem brasileiros! Parem de ser coniventes com o estado pervertido e corrompido!
Parem de dizer que os políticos não prestam. São vocês quem votam neles. Eles são o retrato de vocês!!!
Hoje, voltando pra casa após minha jornada de trabalho, vi um veículo "caindo aos pedaços", dois carros a minha frente, na subida da cachoeira, em Niterói, e pensei: como pode um automóvel desses circular por aí? No minuto seguinte, esse mesmo carro perdeu o freio e acertou o carro da frente, igualmente um veículo sem condições de tráfego, que havia sofrido travamento das rodas. Na sequência, um outro carro, também sem a menor condição de tráfego, com um desatento motorista, o acertou atrás. Cômico se não fosse trágico!
Vivo no estado brasileiro que mais faz blitz atrás de irregularidades e nenhum outro (conheço o Brasil inteiro), convive com tantas irregularidades.
Um estado onde o cidadão de bem passa 5 horas na fila da vistoria de veículos, onde se beber um cálice de vinho num jantar com a companheira perde carro, dinheiro, habilitação... Estado hipócrita. Povo hipócrita!
Hoje é o mesmo dia em que foram presas algumas dúzias de policiais civis e militares, acusados de corrupção, tráfico, formação de quadrilha, etc, etc...
O mesmo dia em que a população de um município do grande Rio bloqueou uma estrada, protestando contra a falta d'água e gerou um congestionamento de mais de 18 quilometros...
Igual a todos os dias em que o auto falante do catamarã anuncia que todos fiquem sentados aguardando a atracação, a fim de evitar riscos a si e aos outros e, imediatamente, todos se levantam e querem ser os primeiros a sair...
Eu rio... Ninguém tem o menor direito de reclamar de nada.
Acorda povo! O Rio de Janeiro é a sua atitude!
O Rio de Janeiro é você!!!

Irresponsabilidade emocional

Você já reparou na quantidade de pessoas que passam por nós, todos os dias, pelas ruas, no metrô, no ônibus, nos elevadores, que estão com um fone de ouvido e um aparelhinho no bolso, completamente absortos, desligados do mundo?
Riem e cumprimentam, quando passam por alguém conhecido. O sorriso é farto. Parecem alegres, seguindo seu caminho e interagindo. Mas não é isso que está acontecendo.
Vivemos num mundo de tal forma individualista, que muitas pessoas perderam a noção do que seja convivência, do que seja relacionamento. Conheci gente tão senhora de si, que não consegue enxergar o outro, a menos que o outro enxergue-a como ela deseja.
Querem ser respeitadas, mas não respeitam.
Querem ser admiradas, mas não admiram ninguém além de si mesmas.
Querem amar, mas não conseguem amar ninguém tanto quanto elas próprias.
Tudo bem, cada um tem o direito de ser o que é, não fosse o fato da interação com os outros ser inevitável.
E aí reside a irresponsabilidade emocional.
Convivem e desconvivem quando bem entendem.
São capazes de rastejar pelas poucas pessoas que as deixam e incapazes de ouvir quem por amor a elas rasteja.
Dizem concordar que os meios não justificam os fins, mas usam seus fins para justificar os meios.
Pobres de espírito, falsos alegres.
Chamam de amigos a quem lhes dá razão e de pobres de espírito a quem lhes contesta.
Dizem que são felizes no seu dia a dia e não se dão conta da infelicidade que causam a quem ousa questionar sua "alegria".
A vida é a arte do relacionamento e a felicidade da vida é conseguir se relacionar em todos os momentos, principalmente os difíceis.
E é isso que eu chamo inteligência emocional.
Cada dia mais difícil de se encontrar nas pessoas, em um mundo cada vez mais individual, cada vez mais de felicidade não compartilhada...

"...E quem se exilou na indiferença, no desamor, na prepotência, faz parte hoje da horda de infelizes, perderam a inocência.
Na noite seca e vazia são personagens constantes. Circulam sem rumo, falsa alegria!..."

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Se um cachorro fosse professor

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Ser normal

Acho tudo tão encantado nas vezes em que sou eu mesma... eu já briguei muito com minha natureza... agora não brigo mais...
A nossa verdadeira natureza é muito delicada e é preciso muito cuidado pra não esconder nem distorcer aquilo que mais verdadeiramente somos...
Quantas vezes eu me machuquei tentando ser diferente do que eu era só pra ser igual ou para agradar ao outro... ou melhor... aos outros; porque, quando tem muita gente sendo de um jeito igual, aí é que as pessoas acham que é ser normal... por mais estranho que seja esse jeito...e eles vão sendo, sem notar quão louco pode ser o dito "ser normal"...
Mas é assim mesmo... a toda hora a normalidade pode nos pegar desprevenidos e estamos lá, de novo, seguindo algum normal e pertencendo a um bando de normais...
E na hora de agir... agimos seguindo as normas do bando... e não a nossa alma...
Colocamos tanta coisa a nos esconder que até perdemos contato com nossa essência.... mas ela está aí o tempo todo... nos chamando... as vezes num sussurro.... numa lembrança.... numa saudade...
Somos todos Um nos expressando de forma maravilhosamente única ou de forma unicamente normal, se essa for a sua escolha... acho que é assim...
Ser diferente é deixar livre aquele serzinho mais simples que tem dentro de você... aquela parte que você é em essência e que sente tão bem quando está sendo...
Uma vez que você experimenta o gostinho de "ser quem você realmente é" nunca mais desiste de buscar, de novo, Ser...
E então você não quer mais ser normal... não quer mais acordar na hora que todo mundo acorda... dormir na hora que todo mundo dorme... tomar café como todo mundo... usar as roupas que todo mundo usa.... enfim, não quer mais ser igual a todo mundo.
... tudo é tão previsível... tão sem graça e sem cor... tudo tão normal...
Então... é aí que você pode escolher.... ou, ficar protegido pela pálida e opaca luz dos previsíveis da normalidade... ou, se arriscar a dar um salto no escuro do desconhecido e ir de encontro a você mesmo.
Se você quiser correr o risco de seguir a sua natureza pode ser chamado de rebelde... mas a escolha é sua.
....ou você se rebela contra o que é normal ou contra a sua natureza...
E é lindo ter a liberdade pra ser único e expressar aquilo que você é...
E quando você se encontra você pode até fazer tudo, normalmente, igual a todo mundo e ainda assim ser você mesmo...
Esse "ser você mesmo" é uma coisa muito sutil... não depende muito do fazer... é uma fidelidade que você tem com a sua alma e você sabe que está sendo... mesmo que possa aparentar que não...

E além do mais pra quê ser normal...... melhor é ser feliz...

(
Rubia A. Dantés)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bravura indômita

Os irmãos Cohen já se estabeleceram como cineastas extremamente sólidos. A filmografia deles é algo invejável, quase sempre com ótimos trabalhos e às vezes com obras-primas, como Fargo e Onde os Fracos Não Tem Vez. Bravura Indômita pode não merecer o epíteto de obra-prima, mas sem dúvida representa toda a qualidade e estilo do cinema dos irmãos.

Assisti hoje, dois dias antes da estréia no cinema e digo que aqui temos a primeira real incursão dos Cohen no western e o resultado não poderia ter sido melhor. A madura garota Matie Ross só tem uma ideia na cabeça: caçar o homem que matou o pai dela, em qualquer lugar em que ele esteja. Ela contrata um marshal para ajudá-la nessa empreitada, apesar do mesmo passar tempo demais com álcool no sangue. Rooster Cogburn, interpretado com todos os atributos que podemos esperar de um ator tão bom como Jeff Bridges. O elenco é excelente, assim como o roteiro e a fotografia de Roger Deakins, que com facilidade transmite o clima do velho oeste.

Bravura Indômita também contém o humor peculiar dos irmãos, dessa vez numa intensidade maior do que o normal, principalmente nos primeiros trinta minutos. Diálogos um tanto cínicos são pronunciados de maneira natural pelos atores, garantindo nosso riso. Como exemplos, quando Rooster fala que não paga por whisky, já que confisca tudo como homem da lei e também quando o personagem de Matt Damon diz que no Texas ele ficou tantos dias sem água que bebeu água suja de uma pegada de cavalo e ficou feliz por isso. Quando o assunto é violência, as coisas ficam bem sérias e rapidamente voltamos a sentir o perigo do ambiente hostil. Os Cohen conseguem fazer essa transição com naturalidade. Como ponto negativo, acredito que o filme perde um pouco da força quando tenta buscar um certo sentimentalismo nos personagens, mas nada que incomode de fato.

O roteiro do filme é realmente muito interessante e te prende a atenção desde o início, deixando a gente na vontade de ver o que vai acontecer. E o que ajuda nisso também, são os personagens engraçadíssimos: Cogbrum e LaBeouf tentam ser durões, mas eles conseguem ser bem engraçados, graças a Jeff Bridges e Matt Damon: Cogbrum é um velho que bebe toda hora e acha que é o dono da razão; e Labeouf é um "Texas Ranger"que se orgulha por ter passado necessidades em uma de suas aventuras, e fica se gabando por ser um "Texas Ranger". Jeff e Matt estão ótimos nos papéis, e conseguem com facilidade cativar o público e nos fazer rir, com as brigas que eles têm por se acharem um melhor do que o outro.

Além disso, o filme tem um belo final, melancólico, bonito e muito bem planejado pela história do filme, e pelos sentimentos que os personagens tem entre si. No fim, Bravura Indômita é um excelente filme que relembra o gênero faroeste de antigamente, com direitos a batalhas e revanches com arma e tudo. O longa pode ser um grande concorrente ao prêmio de melhor filme, além de ator e atriz coadjuvante; esse último prêmio é muito merecido para a atriz Hailee Steinfield. Mas eu pensei que ia ter um elemento básico dos filmes de faroeste: os famosos duelos entre o vilão e o mocinho, onde apenas um deles sai com vida. Bravura Indômita estreia nos cinemas nessa sexta feira, dia 11 de fevereiro. Uma curiosidade: os diretores Joel e Ethan Cohen não assistiram o filme original, lançado em 1969. Eles não queriam fazer uma cópia do original, e sim uma versão deles baseado no livro que deu origem ao longa original.

Apaixone-se

Apaixone-se definitivamente pelo SEU sonho
(o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu).
Apaixone-se por sua família
(mesmo que ela não seja do jeito que você planejou, ainda assim, ela é a sua família).
Apaixone-se pelo SEU talento
(mesmo que seu lado crítico insista para você escolher realizar outras coisas, mais "convenientes").
Apaixone-se mais pela viagem do que pela chegada a seu destino (a primeira é garantida).
Apaixone-se pelo SEU corpo
(mesmo que ele esteja fora de forma, pois de "qualquer forma" ele é a única casa que você realmente possui).
Apaixone-se pelas suas memórias mais deliciosas
(ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor).
Apaixone-se por aquelas besteiras saudáveis que passam por sua mente entre um e outro momento de estresse (elas ajudam a sobreviver!).
Apaixone-se pelas pessoas que estão ao seu lado na caminhada do dia-a-dia (a pessoa certa é aquela que está definitivamente do seu lado).
Apaixone-se pelo sol
(ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer).
Apaixone-se por alguém
(não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança).
Apaixone-se pelo SEU projeto de vida
(acredite, a vida é só sua!).
Apaixone-se pela dança da vida, que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesas nós teimamos em aprisionar.
Apaixone-se mais pelo significado das coisas que você conquistar do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por SUAS idéias
(mesmo que tenham dito que elas não serviam pra nada).
Apaixone-se por SEUS pontos fortes
(mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro).
Apaixone-se pela idéia de ser verdadeiramente feliz
(felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores).
Apaixone-se pela música que você pode ser para alguém...
Apaixone-se definitivamente por VOCÊ !!

APAIXONE-SE RÁPIDO! O PODER DE DECISÃO SÓ PERTENCE A VOCÊ!!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fernando Pessoa

A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.