domingo, 2 de janeiro de 2011

Os vampiros que se mordam

Depois do sucesso da divertida série 'Todo Mundo em Pânico', o gênero foi popularizado, e a dupla Jason Friedberg e Aaron Seltzer se especializou em sátiras sofríveis e doloridas de assistir. Começaram com filmes ruins e terminaram com bombas: 'Uma Comédia Nada Romântica', 'Deu a Louca em Hollywood', 'Espartalhões' e 'Super-Heróis - A Liga da Injustiça'.

A boa notícia é que este 'Os Vampiros que se Mordam' é o melhor filme da dupla até o momento, e não é um elogio.

Copiando descaradamente cena por cena o filme que satiriza, a comédia consegue acertar algumas piadas e desconstruir a imagem já hilária da protagonista Bella, a garota sonsa que se torna um imã para um vampiro bonitão e um lobisomem gostoso na franquia 'Crepúsculo'. A atriz Jenn Proske, que vive a protagonista Becca, copia todos os trejeitos de Kristen Stewart, como a boquinha meia aberta e a cara de arroto, e consegue alguns bons momentos.

São poucos os momentos de liberdade criativa, como as breve aparecições de Buffy - A Caça Vampiros, Alice e Lady Gaga. E todas essas cenas já foram vistas no trailer.

Com piadas prontas, que provavelmente já vieram na cabeça dos espectadores enquanto assistiam o filme baseado no livro de Stephenie Meyer, a sátira não tem liberdade de tentar inovar ou improvisar: é como assistir 'Crepúsculo' novamente, mas desta vez com um enredo um pouco mais engraçado. Bem pouco.

As pessoas que não se interessam pela história melosa da 'Saga Crepúsculo' já conseguem rir assistindo aos filmes originais, criando piadas no próprio imaginário. Com esse poder criativo dos próprios espectadores, 'Os Vampiros que se Mordam' acaba se tornando desnecessário.

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