segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vidas vazias

Adentro a noite seca e vazia.
Neste mergulho nada encontro,
além de almas toscas e sombrias
que buscam a efemeridade
porque já não conseguem acreditarem algo que lhe cure a enfermidade,
a doença da solidão, da dor,
da desilusão, do constante dissabor.
E quem se exilou na indiferença
no desamor, na prepotência,
faz parte hoje da horda de infelizes,
perderam a inocência.
Na noite seca e vazia
são personagens constantes.
Circulam sem rumo, falsa alegria!
até à última luz que se apaga,
até a seguinte que se anuncia.Como zumbis vagueiam
Entre os tantos outros seres
sem identidade como eles.
Se reconhecem, se repudiam,
mas permanecem nos trilhos que os levam
a lugar nenhum.

"Mais de mil palhaços no salão"
(Zé Keti/Hildebrando P. Matos)

(Lela)

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