segunda-feira, 17 de abril de 2017

A parte de cada um...


Ontem a noite, assistindo ao programa Fantástico, na tv, me deparei com uma reportagem que mostrou, entre outra coisas, a "viagem" e os cuidados com o QAV, o combustível dos aviões comerciais no mundo.
Mostraram a armazenagem existente na cidade de Gent, na Bélgica, onde por enorme coincidência estive mês passado e tive a oportunidade de ver a tancagem, ainda que pela janela do trem e explicaram superficialmente o caminho do combustível, da produção até os aviões.
A grande maioria das pessoas não tem a menor noção do que se passa e de tudo o que está envolvido nessas operações
Falaram sobre 300 mil caminhões por ano para abastecer os aeroportos europeu e das exigências de qualidade, citando a obrigatoriedade de zero presença de água, para evitar consequências catastróficas...
E será que as pessoas se dão conta de que o Brasil é maior do que a Europa e, com suas peculiaridades, coloca enormes dificuldades à produção, transporte e armazenagem de combustíveis?
Será que as pessoas se dão conta de que existem regiões no extremo norte do país aonde o combustível chega de balsa e o nível dos rios só permite isso durante 6 meses do ano?
E será que as pessoas sabem que a grande umidade do ar em várias regiões do país, principalmente naquelas onde o produto tem que ficar longamente armazenado, já é o suficiente para gerar água no combustível, com todas as suas consequências?
Postei um comentário sobre o programa, na time line do meu perfil na rede social, destacando meu orgulho por ter feito parte desse esquema de trabalho, na qualidade de coordenador e que o país e a Petrobras podem ser sérios sim e, para minha surpresa e alegria, várias pessoas deram valor, comentaram, curtiram e compartilharam minha declaração de emoção e orgulho.
Temos um dos melhores combustíveis de aviação do mundo, reconhecido internacionalmente e que não representa risco à navegação aérea. Em outros países já ocorreram acidentes aéreos por conta do combustível...
Aqui, link para a reportagem de ontem:  https://globoplay.globo.com/v/5806043/

Nem tudo está perdido e nós podemos fazer a diferença.
O Brasil e suas empresas, sabem sim ser sérios quando é preciso!!

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Bélgica e Holanda - XI

Segunda-feira, 20 de março, último dia por aqui e... bem vinda ao hemisfério norte, Primavera!!
Após o café da manhã e uma breve caminhada, tomamos um ônibus em direção a mais uma atração da cidade, adquirida antecipadamente e com hora marcada, a casa de Anne Frank.
Estava uma manhã fria, porém sem chuva e chegamos pontualmente as 9 horas, o primeiro horário de visitas.
Como muitos sabem, Anne foi uma menina judia nascida na Alemanha, que por conta do nazismo, imigrou com sua família para a Holanda. Quando estourou a segunda guerra e a Holanda foi invadida e ocupada e a pressão ficou insuportável e sua irmã, inclusive, foi chamada a se apresentar num campo de trabalhos. A família então preparou um esconderijo na casa por trás do escritório do patriarca e lá ficou por cerca de dois anos, juntamente com a família Van Pels e Fritz Pfeffer.
Descobertos em 04 de agosto de 1944, nunca se soube exatamente como, ou se houve traição, foram deportados para campos de concentração. Apenas o pai sobreviveu e ao retornar a Amsterdam, recebeu das mãos de um amigo, um diário escrito por Anne e conseguiu publicá-lo em 1947.
Anne e a irmã morreram de doença e fome em Bergen-Belsen.
Infelizmente não são possíveis fotos do interior da casa.

Após a visita, tomamos o ônibus de volta ao hotel, pois tínhamos que fazer check out até as 11 horas.
Deixamos as malas guardadas e fomos explorar mais um pouco a vizinhança.
Vejam que barato!!

Uma pausa para um almoço leve numa hamburgueria,
acompanhado, claro, de chopp da casa... rs
Eu também havia adquirido, no Brasil ainda, um transfer para o aeroporto e apesar do atraso de cerca de 40 minutos, que gerou a necessidade de um telefonema à empresa responsável, e de trânsito um pouquinho pesado, representou tranquilidade para a volta. Até porque, eu havia marcado um horário com antecedência.
Uma van nos pegou na porta do hotel, que ficava nesta agradável rua residencial
e em cerca de 40 minutos chegamos ao Aeroporto Schipol, que teve filas enormes e revista rigorosa.

Bem, o aeroporto tem wi-fi e tomadas elétricas disponíveis.
O voo era para Paris, onde faríamos conexão e comecei a entrar em pânico, quando houve um atraso de uma hora na saída, o que nos deixava apenas cerca de 20 minutos para trocar de avião.
Durante o voo chamei a comissária e pedi instruções para uma rápida conexão em Paris e prioridade no desembarque. Ela gentilmente me trouxe um mapa dos terminais, explico e nos colocou numa das primeiras fileiras, para que desembarcássemos mais rápido do A-321.
Tudo certo e em uns 10 minutos já estávamos no portão de embarque para o Rio de Janeiro e, em seguida, numa fileira dupla do Boeing 777, que eu geralmente adquiro, para ter mais tranquilidade durante as 11 horas de voo.

Chegada ao Rio de Janeiro no horário e desembarque do avião, aliás, lotado.
Como estão passando todas as malas pelo raio X, após você as retirar na esteira, detectaram um dos meus gouda e, como era artesanal e sem selo, infelizmente foi confiscado. Paciência, acho que não estava bom mesmo...
Uma passadinha na freeshop para o meu whiskinho e, pronto, um UBER para casa.

Algumas anotações e confirmações:
- a Bélgica é linda;
- o chocolate belga é maravilhoso;
- a batata frita é deliciosa;
- a Holanda é linda;
- os ciclistas não respeitam ninguém;
- estão fumando maconha muito;
- o transporte público é um espetáculo a parte;
- nos dois países ruas e estradas são ótimas e bem cuidadas;
- nos dois países não se dá valor a possuir um carro;
- cerveja, definitivamente não é a porcaria que bebemos em terras tupiniquins;
- as frutas, verduras e legumes são melhores do que aqui e geralmente mais baratos;
- os países europeus estão "invadidos" de muçulmanos;
- o Brasil está um país muito caro;
- a Air France continua botando qualquer aérea brasileira no chinelo, em praticamente tudo;
- o aeroporto do Galeão, desde o ano passado, está muito bom.

Até a próxima, porque: "navegar é preciso, viver não é preciso"...

Pra fechar, deixo um conselho:

domingo, 2 de abril de 2017

Bélgica e Holanda - X

Domingão nublado, chuvoso e frio, como dá pra perceber pela janela do salão de café da manhã do Alexander.

A ideia é passear pela cidade, conhecendo um pouco do Red Light District.
Mais uma vez  tram e descemos próximo ao Shopping Magna Plaza

e ao Palácio Real de Amsterdam.

Uma rápida caminhada e chegamos ao mundialmente famoso Red Light District.
Nesse bairro, há boates, restaurantes, bares, cafés, cinemas eróticos, sex shops, bares de strip-tease, museu do sexo e a prostituição propriamente dita, com as garotas se exibindo em vitrines vermelhas.

Logo nos deparamos com uma sugestiva vitrine, cheia de preservativos...

e outra, de roupas eróticas, ou assim deveria ser... rs


Caminhando por algumas estreitas vielas, surgem as vitrines com mulheres de difícil vida fácil...
Bom, as meninas que vimos eram bonitas e com belos corpos, mas eu não fotografei, pois poderia gerar problema e, para sua segurança pessoal, não é recomendado.

Bem, após a "sacanagem", hora de nos redimirmos e avistamos a Igreja Velha, ou Oude Kerk Church, a mais antiga da cidade, de 1213 e, ironicamente, no chamado distrito do sexo

Como estamos em mais um dia chuvoso e com alguns ventos, complica um pouco o passeio, mas só um pouquinho. Estamos agasalhados e com guarda-chuva...
Amsterdam é realmente um encanto
e caminhar em volta de seus canais, muito agradável.

A significativa imagem da convivência entre o religioso
e o profano...

Abaixo, o mais famoso coffeshop de Amsterdam, The Bulldog. Normalmente cheio, porém, com o tempo de hoje e o fato de estarmos por volta da hora do almoço, até teria permitido que entrássemos.
Na verdade, a temperatura máxima hoje foi de 13 graus. Para mim, bastante agradável.




Bem, apesar de tudo ser encantador, o cheiro de maconha pelas ruas já está começando a dar enjoo... rs
Bem, eu ia comprar chá de cannabis, mas lembrei na hora que os saquinhos não passariam no aeroporto.
Não sou cachorro mas já disse em outras postagens que adoro postes. Mas, só os antigos...
Aqui, mais um.

Bela porta medieval!!
Retornando à Praça Dam, o Palácio Real, ou Koninklijk, novamente, construído entre 1648 e 1665.

Aqui, um parêntese: ele é um do 50 painéis ou janelas de Amsterdam.
Cada um representa um passo na história da cidade e o Palácio Real é o número 24.
A Praça Dam é o número 1, remontando ao ano 1250, o Vondelpark e o Quarteirão dos Museus, o número 29, de 1885 e o Aeroporto Schiphol, de 1919, o número 35.

Sobre a Praça Dam, sua construção data do início da construção da cidade, no século XIII, pois ela foi levantada como um dique de contenção do Rio Amstel.
Nos anos 60 foi centro do movimento hippie holandês.

Abaixo o Obelisco Dam, feito em homenagem aos soldados mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Na Praça Dam também ficam a Igreja Nova, a Niewe Kerk e o museu de cera de Madame Tussauds.

Eu, como visitei o museu de Madame Tussauds, em Londres, cerca de 12 anos atrás, nunca fiz questão de entrar em outros, apesar de dizerem que vale a pena.

Há belos cavalos para passeios de charrete.
Agora, o Beurs Van Berlage, um monumento nacional do século XIX, usado hoje como centro de exposições.

Mais caminhadas,
mais canais

e chegamos à bela Estação Central de Amsterdam.
A chuva já havia dado uma boa trégua a algum tempo e aproveitamos para comprar mais alguns souvenirs e queijo gouda, numa simpática lojinha pelos arredores.
A curiosidade nos fez voltar ao Magna Plaza. Não para fazer compras, até porque são lojas de grife, decididamente fora do nosso orçamento...
Trata-se do antigo Main Post Office, construído entre 1895 e 1899 e faz parte dos top 100 monumentos holandeses.
Foi renovado e aberto ao público como shopping center, em 1992.

O edifício e seu interior são belíssimos!!

Caramba, hora de uma pausa pra comida e, claro, chopp!!
Pra fazer a digestão, resolvemos ir ver de perto o prédio da Estação Central.
Construida entre 1881 e 1889, pelo mesmo arquiteto que construiu o Rijksmuseum

Parece que foi ontem que chegamos aqui, via Thalis...
O serviço de informações turísticas, nas proximidades

e as sempre belas construções.
Na sequência, mais uma visita a um supermercado, da Rede Albert Hijn, a maior da Holanda, para levar alguns molhos, mostardas e vinho.
Ah, não resisti e levei uma bandeja das framboesas mais lindas que vi na vida!

Já no hotel, começar a preparar as malas, porque amanhã é o último dia e dia de embarcar de volta para terras tupiniquins.
Claro que umas Amstel ajudaram.




















Fora o vinho antes do merecido sono, com 6 graus de temperatura lá fora...