Finalmente, terminei essa deliciosa leitura!
“Là où les tigres sont chez eux".
Jean-Marie Blas de Roblès, argelino, é um erudito, ganhador do prêmio Médicis, em 2008. Na verdadem um viajante erudito, especialista em arqueologia submarina.
O livro conta a história de Eléazard von Wogau, jornalista correspondente de uma agência francesa, que mora já há alguns anos em Alcântara, Maranhão, no nordeste brasileiro. Como tem pouco trabalho, se dedica à leitura da biografia de Athanase Kircher, jesuíta alemão do século XVII, revelada em um manuscrito misteriosamente deixado pelos correios. A história desse padre barroco, um pouco científico, um pouco charlatão, apaixonado pelo orientalismo e pela matemática, se mistura com a de outros personagens: Elaine, a ex-mulher de Eléazar, bela arqueóloga que partiu em inspeção pela floresta amazônica; Loredana, sedutora jornalista italiana; Nelson, garoto pobre da favela sedento por vingança; ou ainda Moema, a jovem idealista filha de Eléazar e Elaine.
História envolvente e bem escrita, por quem viveu em Fortaleza, em cuja universidade lecionou, é um mosaico fascinante e envolvente. Permita-se entrar de cabeça na história passada no Maranhão, Ceará, Mato Grosso, atuais, e Europa medieval, onde ao longo de 710 páginas, você se depara com uma frase do tipo: "A ajuda que é dada, é a dos pobres do primeiro mundo, para os ricos do terceiro mundo"...
Grande leitura!
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