A cada dia que passa constato, com maior tristeza, os reflexos da falta de formação, em termos de respeito pelo outro, dada por uma geração de pais.
Hoje, a propósito de uma discussão telefônica de trabalho, com um "fedelho" que tem uns 4 anos mais que o meu filho, enquanto eu tentava falar calmamente e em tom de descontração, mesmo após ter recebido um e-mail irônico e sem profissionalismo, percebia um "moleque", praticamente recém aprovado num dos concursos públicos para a maior empresa do país, cargo de Profissional Júnior, a cada momento mais grosseiro, tentando se impor como se o mundo quisesse devorá-lo. O que me manteve calmo, além da idade... rs, foi o fato da intempestividade dele ter chegado a ser cômica. Ele dizia: "Eu não quero discutir!" E falava ao mesmo tempo, quase berrando ao telefone. Dizia: "Eu sou educado e quero conversar profissionalmente." E à menor interpelação minha respondia: "Você está querendo discutir!", enquanto minha voz quase "sorria" no aparelho. Bem, a "conversa" terminou quando eu disse que o limite do meu auto controle havia sido ultrapassado. Um "passar bem", de minha parte, terminou a desagradável, porém hilária discussão. Afinal, não sou de ferro, nem tenho sangue de barata.
É triste constatar como os pais acabam "educando" seus filhos para vencerem na vida, sem a menor educação, sem humildade, incapazes de perceberem o quanto tem a aprender e, por conseguinte, muito pouco escrupulosos.
Ele tem estudo, vai evoluir profissionalmente. Provavelmente daqui uns 3 anos será Profissional Pleno e mais uns 10, Profissional Sênior...
Aí me dei conta de que também criei um filho. Criei sim, mas CRIEI DE VERDADE. Fazendo-o saber o que é educação respeito e humildade.
Hoje, ele é pós graduado em economia e Profissional Sênior de uma grande empresa privada.
Tem formação ética e foi ensinado que somos eternos aprendizes e devemos ter respeito acima de tudo.
Ele tem apenas 24 anos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário