Brincadeiras a parte, chega mais um 1º de maio, Dia do Trabalho.
E, apesar de o partido no poder ser o PT - Partido dos Trabalhadores, me pergunto que trabalhos foram feitos pela evolução desta nação chamada Brasil...
Lembro da fala de meu finado e amado pai, no início da década de 80, para mim:
- Filho, o sindicalismo no Brasil não é sério...
E ele podia fazer o comentário, porque, filho de família humilde, arrimo de família que engraxou sapatos e vendeu bilhetes de loteria nas ruas de São Vicente, onde morava então, tendo concluído o segundo grau após o meu nascimento, foi militante sindical nas décadas de 60 e 70 e abandonou quando viu no que estavam se transformando os sindicatos no país.
Ele acreditou enquanto pode. Fez curso de sindicalismo, engajou-se, mas, logo percebeu os acordos por baixo do pano, de pseudo sindicalistas ávidos por algum ganho, algum poder.
Vivi, durante o início da minha vida profissional, algo semelhante, porque sempre acreditei e levantei a bandeira do sindicalismo, da participação ativa do trabalhador e, logo assisti aos conchavos de bastidores, envolvendo os próprios dirigentes trabalhistas, as assembleias viciadas, combinadas num perigoso jogo de cena, mantendo o trabalhador na mesma cegueira interessante aos patrões. Assisti sindicalistas agredindo trabalhadores para forçar votações pro greve e assisti, pasmo, dirigentes sindicais negociando na surdina com os empregadores e mentindo aos empregados. Muitos, hoje, em cargos diretivos em ministérios, secretarias de governo, estatais, fundos de pensão, órgão reguladores...
Da mesma forma que meu pai, anos antes, afastei-me, recusando, inclusive, o convite para compor uma chapa para eleição sindical, na qualidade de vice-presidente.
Minha opção foi pelo trabalho e pela luta aberta e honesta contra todo poder que não respeitasse o trabalhador, o cidadão.
Minha opção foi a mesma de meu pai, que tornou-se operário padrão, aprendeu inglês sozinho, foi um incrível auto didata e, ao aposentar-se, tornou-se professor universitário, sendo o responsável, inclusive, pela montagem do laboratório de uma universidade, hoje com seus equipamentos patenteados e comercializados com instituições de ensino de todo o país.
Minha opção fez com que, de universitário fichado no DOP´s e questionado por divulgar artigos de Darcy Ribeiro, em tempos de ditadura e, depois, operário do chão de fábrica, me tornasse responsável pela produção da mesma. Posteriormente, me tornei pesquisador na minha área, negociador de metas industriais, gerente no atendimento técnico da empresa e responsável por todo um sistema de qualidade de produtos.
Nesse meio tempo, assisti aos companheiros sindicalistas chegarem ao poder e assumirem, agora abertamente, o jogo e as táticas da elite dominante, sempre ávidos por mais e mais poder...
O partido dos trabalhadores está no poder a mais de uma década e continuamos com um país com infra estrutura deficiente, cada vez mais sem educação, com o analfabetismo funcional batendo recordes, o sistema de saúde que não existe, a mobilidade urbana falida e humilhante, usando o pão do bolsa família e o circo do futebol para calar a boca da massa manobrável e as pressões e censuras aplicadas a quem quer que se atreva a falar fora da cartilha, para calar as não manobráveis...
Parecem acreditar que os fins justificam os meios, chegando a ameaçar o regime democrático.
Dei, relativo ao ano calendário 2013, através de imposto sobre a renda, quatro meses de tudo que auferi com o meu trabalho. Sem contar os tributos sobre tudo o que utilizo, consumo e adquiro.
Nunca se arrecadou tanto no país, e nunca a infra estrutura foi tão deficiente...
E, para os que teimam em defender a estrutura dominante, digo que, ontem, ao assistir numa rede nacional de televisão, a um programa turístico, sobre brasileiros que moram no exterior, me chamou a atenção o fato de que, ao final do episódio, ao serem perguntados sobre saudades do Brasil, todos, jovens e mais maduros, morando a muito ou pouco tempo fora do país, só souberam falar da saudade da família e amigos, sem a menor intenção de voltar a residir em terras tupiniquins...
Sei que tudo é um processo e que somos um país jovem (sic), mas, ao invés de aprender com as lições vividas por outras nações, estamos caminhando para os mesmos confrontos, dificuldades e tristezas vividas por elas. Pena, porque sou um otimista e acredito que poderíamos ter queimado etapas, evitando sofrimento aos cidadãos...
Espero me aposentar neste ano, após 42 anos de tempo de serviço pelo INSS, e constato uma trágica ironia neste 1º de maio: o trabalho não é valorizado e não há trabalhadores no poder.
Sou trabalhador e o partido dos trabalhadores não me representa!!
quarta-feira, 30 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
África do Sul 2014 - VII
E chega a hora de encerrar a viagem e iniciar a longa e demorada volta para casa.
Após acordar as 4 e meia da manhã, check out e o transfer na porta do hotel, as 5 horas. O mesmo simpático motorista do transfer de chegada a Cape Town, porém, com um atraso de 20 minutos.
No aeroporto, apenas o tempo certo para check in na Mango Airlines, isso mesmo, Manga, em inglês, e os aviões são da cor da fruta...
Duas horas de voo até Johannesbur, chegando as 8:35 hs e mais uma espera no aeroporto, mais do que suficiente para alfândega e free shopps, tomando o voo das 11:10 hs, com destino a São Paulo, da South African Airways.
Apesar de viagens longas durante o dia, na minha opinião, serem mais desgastantes, esta dura cerca de 10 horas, o voo foi tranquilo e consegui dormir e ainda assistir a dois ótimos filmes a bordo, almoçar e lanchar.
Bom o serviço de bordo da companhia sul africana, apesar de uma certa antipatia do comissariado de bordo.
Chegada a São Paulo, Aeroporto de Guarulhos, as 16:30 hs e voo para o Galeão, no Rio de Janeiro, as 19:35 hs.
Ótimo intervalo para a free shopp brasileira, geralmente mais em conta que as da Europa e África e alfândega, sem fila.
Chegada ao Rio as 20:50 hs e em casa as 23:00 horas, exatamente 23 horas após despertar no hotel, em Caple Town. Aproveitando, o fuso horário é de 4 horas a mais do que no Brasil.
Num resumo da viagem, a África do Sul é belo país para se visitar, porém, uma vez basta.
Por se tratar de terceiro mundo, assim como o Brasil, os problemas são bastante semelhantes, a gorjeta pode, eventualmente, ser acintosamente exigida, entre ameaças veladas de problemas resultantes da negativa, notam-se sinais de corrupção no modus operandi do país e boa parte da estrutura turística existente é decorrente da Copa do Mundo de Futebol, ocorrida em 2010. Aliás, fica evidente e é reclamação constante do povo, o fato do estádio de Cape Town estar hoje completamente superdimensionado para o local, parecendo um elefante branco. Acho que a história vai se repetir...
Na culinária, existem não muitos lugares para se provar alguma iguaria sul africana e são caros. Ainda assim, come-se bem mais barato do que no Rio de Janeiro. Ah, e como eu já havia citado, o Real vale 4 vezes e meia o Rand.
Fiquei feliz ao observar a estrutura montada na área do Kruger Park, com total respeito à vida selvagem.
Assim, termina mais um relato e viagem.
Até a próxima!!
Ótimo intervalo para a free shopp brasileira, geralmente mais em conta que as da Europa e África e alfândega, sem fila.
Chegada ao Rio as 20:50 hs e em casa as 23:00 horas, exatamente 23 horas após despertar no hotel, em Caple Town. Aproveitando, o fuso horário é de 4 horas a mais do que no Brasil.
Num resumo da viagem, a África do Sul é belo país para se visitar, porém, uma vez basta.
Por se tratar de terceiro mundo, assim como o Brasil, os problemas são bastante semelhantes, a gorjeta pode, eventualmente, ser acintosamente exigida, entre ameaças veladas de problemas resultantes da negativa, notam-se sinais de corrupção no modus operandi do país e boa parte da estrutura turística existente é decorrente da Copa do Mundo de Futebol, ocorrida em 2010. Aliás, fica evidente e é reclamação constante do povo, o fato do estádio de Cape Town estar hoje completamente superdimensionado para o local, parecendo um elefante branco. Acho que a história vai se repetir...
Na culinária, existem não muitos lugares para se provar alguma iguaria sul africana e são caros. Ainda assim, come-se bem mais barato do que no Rio de Janeiro. Ah, e como eu já havia citado, o Real vale 4 vezes e meia o Rand.
Fiquei feliz ao observar a estrutura montada na área do Kruger Park, com total respeito à vida selvagem.
Assim, termina mais um relato e viagem.
Até a próxima!!
domingo, 20 de abril de 2014
África do Sul 2014 - VI
Domingo, 13, último dia da viagem, já que amanhã, passaremos o dia inteiro viajando.
Depois do espetacular café da manhã do Radisson Blu, uma caminhada até Three Anchor Bay, praticamente ao lado do hotel.
Um belo dia de sol, com máxima prevista para a hora do almoço, de 36 graus.
Aliás, por estar no mesmo hemisfério, o clima na África do Sul é praticamente o mesmo do Brasil. Neste período em férias por aqui, o que senti foi o ar mais seco.
De cima, uma belíssima vista ampla de toda Cape Town e arredores!
Após umas 3 horas de caminhadas e muitas, muitas fotos, hora de descer a passear pela cidade.
Belíssimo, com aquários esplendidamente construídos, simulando cada ambiente marinho, dos oceanos do mundo. Principalmente o Atlântico e o Índico.
Bem, as fotos explicam melhor...
Depois do espetacular café da manhã do Radisson Blu, uma caminhada até Three Anchor Bay, praticamente ao lado do hotel.
Um belo dia de sol, com máxima prevista para a hora do almoço, de 36 graus.
Aliás, por estar no mesmo hemisfério, o clima na África do Sul é praticamente o mesmo do Brasil. Neste período em férias por aqui, o que senti foi o ar mais seco.
Após cumprimentar o dia, hora de pegar um táxi para ir sentir de forma mais completa a belíssima Table Mountain.
Vamos tomar o cable car, que custa ZAR 215,00 por pessoa. Ao câmbio oficial, equivale a cerca de R$ 46,00.
ZAR é o símbolo do Rand, a moeda sul africana. Zouth African Rand...
O cable car é giratório, então, independente de onde você tenha se posicionado no seu interior, ele gira 360 graus, permitindo a todos uma vista total, tanto na subida quanto na descida.De cima, uma belíssima vista ampla de toda Cape Town e arredores!
Table Mountain é um planalto de cerca de 3 km de extensão, atingindo 1.94,6 metros de altitude, no seu ponto culminante. Recebe anualmente mais de 20 milhões de visitantes.
Existem mais de 500 trilhas ao redor da enorme montanha e opções de subir ou descer a pé...
De onde quer que se olhe, a vista é belíssima!
O jeito foi comprar um chapéu, já que o sol estava inclemente...
A vida animal é preservada e pulula ao redor dos visitantes.
Existem grande gargantas, com abismos rochosos incríveis!
Uma cafeteria e lojinhas de lembranças para todos os gostos.
Ah, os preços são praticamente os mesmos de lá embaixo e tem um chopp geladinho pra matar a sede.
Lá embaixo, a bela Cape Town.
Ao longe a Signal Hill, e a Lions Head...
Após umas 3 horas de caminhadas e muitas, muitas fotos, hora de descer a passear pela cidade.
De volta, novamente, a Waterfront, vamos agora ao
Aquário Municipa.
Belíssimo, com aquários esplendidamente construídos, simulando cada ambiente marinho, dos oceanos do mundo. Principalmente o Atlântico e o Índico.
Bem, as fotos explicam melhor...
Aqui, um aquário com plancton, o alimento da vida, que pode, inclusive, ser observado em microscópios disponibilizados, com auxílio de estudantes da área.
Claro que não podia faltar o ambiente dos pinguins...
Olha o astro de Tá dando onda... rs
Uma enguia e, como não podia deixar de ser,
o grande predador dos mares!
Na sequência, passeios pelo pier,
visita a uma típica casa de troca sul africana, devidamente adaptada ao turismo, mas com incríveis peças antigas originais, das diversas tribos, países e etnias da África
e pausa para um lanche, claro com um chopinho gelado.
Mais uma passadinha no mercado de iguarias, para comprar patê de crocodilo e pasta de Kudu
E um último por do sol na cidade, agora no local aonde nosso dia se originou, na praia de Three Anchor Bay.
A sequência de imagens...
e a lua iluminando a (pen) última noite na África do Sul...
Assinar:
Postagens (Atom)