terça-feira, 13 de julho de 2010

No olho da rua

Quem melhor sintetizou o que é o NO OLHO DA RUA, foi Ruy Castro, em seu livro "Rio Bossa Nova". Diz o autor: "O nome do conjunto já diz tudo: a rua como palco e o povo, como platéia - mas, sendo esse palco o Rio, mais precisamente Ipanema, o prazer está garantido, até para os músicos. O No Olho da Rua (Gustavo Schnaider, bateria; Paulo Rego, sax e flauta; Roberto Alves, piano; e Xandy Rocha, contrabaixo) pode ser visto desde 1997 ensolarando as calçadas do Leblon e da Lagoa e as Praças do Centro, mas seu pouso mais efetivo é o posto quase 10 de Ipanema, aos domingos, a partir das 10 da manhã. Entre suas proezas estão vibrantes versões de Tom Jobim, Baden Powell e Victor Assis Brasil, com improvisações pesadas, ao lado de temas de enorme delicadeza, sobre os quais já quase garantiram exclusividade: a valsa de Ary Barroso, "Sombra e Luz", nunca lançada comercialmente, e uma interpretação de "Cidade Maravilhosa", de André Filho, em que começam pela linda segunda parte e só depois fazem a primeira, ambas também em valsa, antes de atacar a clássica introdução em ritmo de marchinha. "Contrariando o nome, o No Olho da Rua às vezes se apresenta também sob tetos convencionais, como o Centro Cultural Justiça Federal; na Avenida Rio Branco, o Carioca da Gema, na Avenida Mem de Sá, e o Mistura Fina, na Lagoa. Mas, por algum motivo, as bermudas, o sol a pino e o palco de areia lhes assentam como a ninguém".

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