Temos assistido a uma verdadeira palhaçada durante a visita da cubana Yoani Sánchez ao Brasil.
Quem serão os jovens que se manifestaram tão firmemente contra ela, sem sequer se permitirem ouví-la, já que pouco ou nada se manifestaram contra os Calheiros, os Sarney, "permitiram" a eleição dos Collor, dos Maluf, assistiram ao endeusar dos Magalhães e por aí vai, mas que, de repente, se revoltaram com suas colocações sobre a vida e o regime político em Cuba???
Talvez sejam filhos dos que não enxergam o momento atual brasileiro, economicamente falando. Um momento de "crescimento" sem a menor base de sustentação, mantendo o país como uma colônia, totalmente dependente do agronegócio, desequilibrando a balança comercial, quebrando grandes empresas e incentivando o consumo, subsidiando os mais pobres, ao invés de prover condições de evolução econômica a eles. Lembram da frase: ensine a pescar, ao invés de dar o peixe?
É fácil protestar contra o imperialismo, usando tênis Nike com meias Reebock, calça Levis e camiseta Adidas. Difícil é pararem pra se perguntar por que tanta gente tenta fugir de Cuba.
Os "filhos das cotas", que passarão boa parte da vida acreditando que o diploma vale mais do que o conhecimento e o ter vale mais do que o saber fazer. Os filhos de uma geração de analfabetos funcionais, que estão se tornando, também, uma geração de analfabetos funcionais. Só que, agora, com o diploma de terceiro grau. Os filhos daqueles que protestam pelo aumento da gasolina, o primeiro em 6 anos, mas que pagam 12% de aumento na cerveja, em menos de um ano.
Os filhos do "pão e circo" não se dispuseram sequer a ouvir e debater, questionar. Uma geração sem senso crítico.
É, os narizes de palhaço cairam muito muito bem neles...
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