Neste filme, a gênese de 007 torna-se completa. Com a inclusão do personagem Q, um armeiro da organização MI6 que oferece ao nosso herói as últimas novidades do ramo tecnológico, as famosas “gadgets” que sempre salvam 007 no último segundo. Seus flertes com a secretária Miss Moneypenny consolidam-se como uma marca registrada da série, assim como o primeiro grande vilão faz sua aparição inicial, somente com sua voz e mãos, sempre acariciando um misterioso gato. O grande Ernst Stavro Blofeld tornou-se o vilão símbolo de James Bond. Líder da organização S.P.E.C.T.R.E (variação da SMERSH literária), com a intenção de assassinar o agente 007, ele contrata os serviços de um assassino profissional chamado Red Grant, um frio e calculista homicida que mata utilizando-se de um fio-garrote que puxa de seu relógio. O vilão que inaugurou a galeria de “super-criminosos” foi vivido por Robert Shaw, inglês advindo de papéis Shakesperianos nos teatros da Escócia.
Complementando o elenco, uma atriz austríaca de formação teatral chamada Lotte Lenya, interpreta a oficial russa Rosa Klebb, o cérebro por trás da operação criminosa, abaixo apenas de Blofeld.
Vale salientar também a presença de um grande ator, o mexicano Pedro Armendáriz, em seu último papel no cinema, como o aliado de 007: Kerim Bey. O ator sofria de câncer e suicidou-se dias após a conclusão das filmagens.
Na história, 007 é enviado à Turquia para escoltar de volta à Inglaterra uma secretária da embaixada da URSS em troca de uma máquina decodificadora Lektor.
A BondGirl da vez, Tatiana Romanova, é interpretada pela italiana Daniela Bianchi. Sua primeira cena com Connery causou frisson na época, pois ela aparece nua por um milésimo de segundo enquanto desnuda-se e deita-se na cama à espera de Bond. Eram outros tempos...
Dentre as seqüências de ação, destacam-se a batalha no campo cigano, a perseguição ao agente por um helicóptero (baseada livremente na cena clássica de “Intriga Internacional” de Hitchcock) e o embate final entre 007 e Red Grant. A cena a bordo do Expresso do Oriente foi considerada uma das melhores seqüências de toda a série.
Moscou contra 007 não apenas é muito superior ao seu antecessor, como também é melhor que muitos que ainda viriam.
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