domingo, 31 de outubro de 2010

Eleições - 2o. turno


O problema do Brasil é que quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!

No olho da rua

Quem melhor sintetizou o que é o NO OLHO DA RUA, foi Ruy Castro, em seu livro "Rio Bossa Nova". Diz o autor: "O nome do conjunto já diz tudo: a rua como palco e o povo, como platéia - mas, sendo esse palco o Rio, mais precisamente Ipanema, o prazer está garantido, até para os músicos. O No Olho da Rua (Gustavo Schnaider, bateria; Paulo Rego, sax e flauta; Roberto Alves, piano; e Xandy Rocha, contrabaixo) pode ser visto desde 1997 ensolarando as calçadas do Leblon e da Lagoa e as Praças do Centro, mas seu pouso mais efetivo é o posto quase 10 de Ipanema, aos domingos, a partir das 10 da manhã. Entre suas proezas estão vibrantes versões de Tom Jobim, Baden Powell e Victor Assis Brasil, com improvisações pesadas, ao lado de temas de enorme delicadeza, sobre os quais já quase garantiram exclusividade: a valsa de Ary Barroso, "Sombra e Luz", nunca lançada comercialmente, e uma interpretação de "Cidade Maravilhosa", de André Filho, em que começam pela linda segunda parte e só depois fazem a primeira, ambas também em valsa, antes de atacar a clássica introdução em ritmo de marchinha. "Contrariando o nome, o No Olho da Rua às vezes se apresenta também sob tetos convencionais, como o Centro Cultural Justiça Federal; na Avenida Rio Branco, o Carioca da Gema, na Avenida Mem de Sá, e o Mistura Fina, na Lagoa. Mas, por algum motivo, as bermudas, o sol a pino e o palco de areia lhes assentam como a ninguém".

É um privilégio curtir "No olho da rua", do meu amigo Paulo Rêgo, na Lapa, cercado de amigos e de uma pessoa muito especial.
Lapa, sempre Lapa. Que sábado gostoso!

sábado, 30 de outubro de 2010

Sábado de sol

Dia de sol maravilhoso!!!
E, logo mais: Lapa. Assistir No Olho da Rua, do meu amigo Paulo Rêgo...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sexta-feira

Uhuuu!!! Voltei!!!
Saí de Salvador no vôo de 08:45 hs, de lá, que não tem horário de verão e cá estou.

Hoje é só o começo de um looongo final de semana/feriado. E já começa com um belíssimo sol.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Salvador

Vôo tranquilo, 35 minutinhos e pronto! As 6 horas da manhã faço meu "desjejum" no Fiesta Bahia Hotel.

Agora um soninho pra recuperar e depois, ao trabalho!

Bahia

Salvador

São Salvador

Todos os Santos

Tomé de Sousa

Tomés de Sousa

Padres negros caboclos

a Primeira Missa

os malês

índias nuas

vergonhas raspadas

candomblés santidades heresias sodomias

quase todos os pecados

ranger de camas de lona

corpos suando de gozo

todos os santos

missa das seis

comunhão

(Gilberto Freyre)

Vôo noturno

Bom, palestra ministrada e dever cumprido.
Agora, descansar um pouco e embarcar num vôo as 4:40 da manhã, para Salvador.
De Aracajú, fica a excelente impressão de uma agradabilíssima cidade e de moradores bastante educados.
A cidade natal de bisavó Cecília...

De seguir o viajante
pousou no telhado,
exausta, a lua.
(Yeda Prates Bernis)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Aracajú II - A missão



Que gracinha de cidade!
Limpa, organizada, preços justos dos bens e serviços, povo educado.
Não a toa é a cidade natal de minha bisavó paterna...
Trabalhar assim dá mais prazer ainda!

Aracajú

Com 1 hora de atraso e após uma pane num dos motores na hora de decolar, cheguei a Aracajú.
À noite, um encanto!
O dia promete...

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”
Amyr Klink

terça-feira, 26 de outubro de 2010

E vamos voar!

Que gripe terrível eu peguei! Mas o dever me chama. Estou arrumando a mala rumo ao nordeste. Pena que é trabalho.
Vôo das 22:07 hs. Destino: Aracajú.

"Navegar é preciso, viver não é preciso..."

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

10.000 km

Não posso deixar de registrar que, ao chegar em casa hoje, cansado e gripado, meus pés de borracha completaram exatos 10.000 km. Média de 909 km por mês.
Uns 8 mil no trajeto Niterói-Rio-Niterói e os outros 2 mil em viagens gostosas...
A coincidência foi que ontem, pela primeria vez em mais de 3 meses, eu o lavei!

From Russia with love

Neste filme, a gênese de 007 torna-se completa. Com a inclusão do personagem Q, um armeiro da organização MI6 que oferece ao nosso herói as últimas novidades do ramo tecnológico, as famosas “gadgets” que sempre salvam 007 no último segundo. Seus flertes com a secretária Miss Moneypenny consolidam-se como uma marca registrada da série, assim como o primeiro grande vilão faz sua aparição inicial, somente com sua voz e mãos, sempre acariciando um misterioso gato. O grande Ernst Stavro Blofeld tornou-se o vilão símbolo de James Bond. Líder da organização S.P.E.C.T.R.E (variação da SMERSH literária), com a intenção de assassinar o agente 007, ele contrata os serviços de um assassino profissional chamado Red Grant, um frio e calculista homicida que mata utilizando-se de um fio-garrote que puxa de seu relógio. O vilão que inaugurou a galeria de “super-criminosos” foi vivido por Robert Shaw, inglês advindo de papéis Shakesperianos nos teatros da Escócia.
Complementando o elenco, uma atriz austríaca de formação teatral chamada Lotte Lenya, interpreta a oficial russa Rosa Klebb, o cérebro por trás da operação criminosa, abaixo apenas de Blofeld.
Vale salientar também a presença de um grande ator, o mexicano Pedro Armendáriz, em seu último papel no cinema, como o aliado de 007: Kerim Bey. O ator sofria de câncer e suicidou-se dias após a conclusão das filmagens.
Na história, 007 é enviado à Turquia para escoltar de volta à Inglaterra uma secretária da embaixada da URSS em troca de uma máquina decodificadora Lektor.
A BondGirl da vez, Tatiana Romanova, é interpretada pela italiana Daniela Bianchi. Sua primeira cena com Connery causou frisson na época, pois ela aparece nua por um milésimo de segundo enquanto desnuda-se e deita-se na cama à espera de Bond. Eram outros tempos...
Dentre as seqüências de ação, destacam-se a batalha no campo cigano, a perseguição ao agente por um helicóptero (baseada livremente na cena clássica de “Intriga Internacional” de Hitchcock) e o embate final entre 007 e Red Grant. A cena a bordo do Expresso do Oriente foi considerada uma das melhores seqüências de toda a série.
Moscou contra 007 não apenas é muito superior ao seu antecessor, como também é melhor que muitos que ainda viriam.

Esperança

Apesar de todos os obstáculos
que encontro pela minha vida,
apesar dos contratempos que me deparo,
apesar das portas fechadas que vejo,
apesar das dificuldades que enfrento,
ainda assim, tenho a esperança.

A esperança vive em mim
amanhece comigo,
percorre o dia todo
e quando anoitece
ela está ainda mais fortalecida.

Quando meus pensamentos estão confusos
e minhas idéias não são decifráveis,
não desisto!
Lembro-me da esperança que me move...

Quando meu caminho está tortuoso,
e minhas chances são diminuídas,
lembro-me da esperança que devo ter sempre...
Esperança,
é a certeza de que algo de bom vai acontecer,
é a confiança que tudo vai dar certo.

Todos devemos ter essa esperança,
para que não nos sintamos caídos,
para que nosso dia seja menos tumultuado,
e para que nosso coração esteja menos pesado.

Desejo a você,
que também tenha sempre a esperança,
que ela permaneça sempre em seus pensamentos.

Desejo que você nunca desista,
porque enquanto houver a esperança,
nenhum sonho estará perdido !!

domingo, 24 de outubro de 2010

Roda de samba

Puxa, já ía esquecendo de falar da roda de samba de ontem. Que delícia!
Dançamos muuuito, acompanhados de caldinho de feijão e muita caipirinha com pinga mineira, da boa. Sem falar na deliciosa caponata italiana, com vinho... Que mistura! Bem, mas foi samba até quase de manhã...
Perfeito, após mais uma semana cansativa e feliz. A ressaca curamos na piscina...
"Como será o amanhã? Responda quem puder. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus quiser..."
E será, já é, feliz!!!

Domingão

Repousante domigo... Saboroso café da manhã, bem acompanhado. Uma lavada básica do possante e muuuitos mergulhos, com deliciosos "belisquetes" e caipiroska de frutas vermelhas...
Que venha mais uma semana de trabalho e viagens!

Amizade

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.

Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 23 de outubro de 2010

Sábado delicioso

Que sábado delicioso, com saborosos petiscos, batida de frutas vermelhas, ao som de MPB e com ótimas companhias!
Mais um vizinho compareceu à minha piscina...
E agora, após um bom banho,
roda de samba com os novos amigos no condomínio.

Minha casa no campo



O sábado promete. Olha só meu mais novo vizinho!
Não é uma gracinha?
"Eu quero uma casa no campo..."

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Conan: 6 meses!



Mais um dia em Sampa, ida a Diadema e volta pra casa.
E nada como chegar de mais uma semana de muito trabalho, muitas viagens e ser recebido com tanto carinho.
Parabéns pelos 6 meses, Conan!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Meu presente de vida!


Depois de mais de 3 meses sem te ver, que máximo poder matar as saudades meu filho!
Delicioso hamburger do The Fifties, da Alameda Santos.
E que bom conversar e poder te abraçar e beijar.
Te amo, filho maravilhoso! Você mostra a cada dia ser um homem de verdade.

Sampa do 20o. andar



Fim de mais um dia de muito trabalho e viagens, da janela do meu lar em São Paulo, nos últimos meses: o Intercontinental Ambassador.
Agora um pouco mais de trabalho e um bom banho, que a noite promete...

De Belo Horizonte a São Paulo



Após uma palestra improvisada, em Belo Horizonte, retorno a São Paulo.
A propósito, que dificuldade conseguir hotel pelo nosso país atualmente. Tive que dormir na aprazível, porém distante, Lagoa Santa, por falta de hotel em BH.
Há, e no aeroporto, em Confins, tem fila até para ir ao banheiro! Como será que vamos receber a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas???
Bem, mas o visual no vôo de volta a Sampa valeu o dia. Acho que já me acostumei com estar no ar, tanto quanto com estar na terra...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Destinos: Sampa e Belzonte

Olha a foto aérea da minha querida e saudosa Santos, momentos antes do pouso em São Paulo. Que saudades!!!

Reunião, com intervalo para um delicioso penne a caprese, com polpetone de carne e queijo, tudo regado a muita amizade, no agradável Cariño.
Agora, Belo Horizonte. Amanhã, seminário, palestra e novo vôo pra Sampa. A noite vou poder encontrar meu filhão, meu presente de vida.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Terça-feira

Fazendo as malas pra viajar novamente e já com saudades do Conan.
Fazer o quê? O dever me chama...

E hoje tive a exata noção de como nosso país está parado: um despacho judicial, que, diga-se de passagem, uma pessoa, então de confiança e que tem que trabalhar muuito pra ganhar o que está me fazendo perder, "deixou pra lá", foi "pego" pela greve do forum de Santos e aguarda um simples despacho a mais de 6 meses... Advogados incompetentes, juízes omissos e servidores públicos vagabundos. Absurdo o prejuízo que os serviços públicos nos causam, absurdo o quanto as pessoas não tem noção do que causam aos seus semelhantes. Um é reflexo do outro. Cada povo tem o governo que merece!
E o que temos pela frente dia 31 de outubro? A direita podre e a falsa esquerda corrompida, desleal e clientelista.
A direita é populista, pão e circo, e a esquerda é elitista, só para os amigos.
Como disse Chaplin: A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Segunda-feira com horário de verão

Bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça...

(Mário Quintana)

domingo, 17 de outubro de 2010

Fim de semana

A previsão era de chuva...
Mas que delicioso mormaço, que lindo dia!
Dá pra ver o céu na minha piscina...









Até o passado me ligou...

Mas eu quero, quero não, eu mereço, sombra e água fresca!

Deficiências

Um senhor vai a um consultório médico para marcar uma consulta para a sua mulher.
A secretária pergunta:
- Qual o problema de sua esposa?
- Surdez. Não ouve quase nada.
- Então o senhor vai fazer o seguinte: antes de trazê-la, faça um teste para facilitar o diagnóstico do médico. Sem que ela o veja, o senhor, a certa distância, faça uma pergunta a ela, em tom normal, até perceber a que distância ela consegue ouví-lo. Vá diminuindo a distância aos poucos caso ela não o ouça, e vá anotando.
Quando a trouxer para a consulta, pode dizer ao médico a que distância ela estava do senhor quando conseguiu ouví-lo. Certo?
- Está certo.

À noite, quando a mulher preparava o jantar, ele decidiu fazer o teste.
Mediu a distância que estava em relação à mulher e pensou: estou a uns 10 metros de distância; vai ser agora.
- Maria, o que temos para jantar? Silêncio.
Aproxima-se a cerca de 5 metros:
- Maria, o que temos para jantar? Silêncio.
Fica, então, a uma distância de 3 metros:
- Maria, o que temos para jantar? Silêncio.
Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
- Maria! O que temos para jantar?
- É frango, seu surdo! É a quarta vez que eu te respondo!

Normalmente, na vida, pensamos que as deficiências são dos outros, nunca nossas.

A mulher invisível

Desilusões amorosas são o combustível da alma humana. Não fossem os pés-nas-bundas e as paixões não correspondidas, a música, a poesia, a pintura, o cinema não teriam a mesma beleza dolorida que têm. Se, por um lado, cada fora é encarado de uma forma diferente, há sempre uma constante: a cola usada para grudar os cacos do coração partido é uma nova paixão. Autodestrutivo esse tal de ser humano.

Quando conhecemos Pedro (Selton Mello) ele está irradiantemente apaixonado, certo de que tem ao seu lado a mulher de sua vida (Maria Luiza Mendonça)... até descobrir que ela está grávida de gêmeos e o pai não é ele. A depressão que vem com a descoberta só começa a melhorar quando, certo dia, uma loira, linda e solitária mulher bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. É a sua nova vizinha, Amanda (Luana Piovani), por quem ele se apaixona em questão de nanosegundos, principalmente depois de descobrir que ela faz faxina na sua casa só de calcinha e soutien, prepara o jantar e o serve na sua boca, adora fazer sexo, curte futebol até da terceira divisão e não liga quando ele sai com os amigos.

Sim, Luana Piovani interpreta a mulher perfeita. Na verdade, quase perfeita, pois ela só existe na cabeça do Pedro. Para todas as outras pessoas ela é uma mulher invisível. Sabendo que se trata de uma comédia romântica, é de se imaginar que toda a trama já está resolvida desde o seu título: depois de sofrer com o fora que levou da ex, Pedro conhece a mulher ideal, se apaixona novamente e no fim descobre que ela não existe, mas volta a se apaixonar.

E é aí que o filme ganha pontos. Sem escapar do happy end, o diretor Cláudio Torres consegue criar formas de fugir do lugar-comum. Em vez de ir pelo atalho, ele pega aquela estradinha cheia de curvas, mas com um visual mais bonito e, por que não, romântico.

As participações de Vladimir Brichta e Maria Manoella, respectivamente como o melhor amigo e a vizinha, que é apaixonada por Pedro, vão além dos papéis coadjuvantes normais. Eles não são apenas os personagens que dão dicas (muitas vezes furadas) do que fazer. O desenvolvimento da história depende deles. E tem ainda a Fernanda Torres, que rouba a cena quando aparece dando dicas a Vitória, sua irmã.

Autodestrutivo, sim, o ser humano. Mas, acima de tudo, esperançoso e apaixonado. Sempre aguardando pelo príncipe encantado ou a donzela adormecida. É por isso que as comédias românticas vão tão bem nas bilheterias. É um típico programa a dois, que segue ou antecede um jantar e algo mais. E melhor ainda quando a história consegue fugir um pouco da fórmula. Agora só falta você assistir e ser feliz pra sempre.

Pelo menos até o próximo pé-na-bunda.

sábado, 16 de outubro de 2010

Horário de verão

ESTABELECIDOS NO BRASIL POR DECRETO desde 1931 (por Getúlio Vargas), ainda que de forma descontínua, suas origens na verdade remontam à Inglaterra do ano de 1907.

Foi lá que um construtor londrino, membro da Sociedade Astronômica Real, chamado William Willett (1856-1915) deu início a uma campanha para diminuir o consumo de luz artificial ao mesmo tempo que estimulava o lazer dos britânicos.

Num panfleto de 1907 intitulado "Waste of Daylight" (Desperdício de Luz Diurna) Willett propôs avançar os relógios em 20 minutos nos domingos do mês de abril e retardá-los a mesma quantidade nos domingos de setembro.

As polêmicas surgiram ali mesmo. Especialmente entre os fazendeiros, que têm que acordar com o Sol não importa que horas marquem os relógios. Willett não viveu o suficiente para ver sua idéia colocada em prática. O primeiro pais a adotar o horário de verão acabou sendo a Alemanha, em 1916, seguido pela Inglaterra.
Era a Primeira Guerra Mundial. A economia de energia foi considerada um importante esforço de guerra, diminuindo o consumo de carvão, principal fonte de energia da época. A medida foi seguida por outros países europeus.

Os Estados Unidos o adotaram em 1918 junto com seu sistema de fusos horários. Foi difícil, mas os americanos acabaram se acostumando. Hoje eles sabem as datas de começo e término com anos de antecedência.

O princípio do horário de verão continua o mesmo: adaptar nossas atividades diárias à luz do Sol. Nos meses de verão o Sol nasce antes que boa parte da população tenha iniciado seu ciclo de trabalho. Assim, se os relógios forem adiantados durante esse período, a luz do dia será melhor aproveitada e as pessoas passarão a consumir energia em melhor acordo com a luz solar.

Hoje, aproximadamente 30 países utilizam o horário de verão em pelo menos parte de seu território. E muito embora o nome faça referência a uma estação do ano, as datas de início e fim do horário de verão não são definidas por critérios astronômicos.

Boa parte das porções continentais do planeta está no hemisfério norte. Ali o inverno costuma ser rigoroso e o Sol se põe bem cedo, levantando-se timidamente durante o dia. No verão ocorre o contrário: é comum ainda haver claridade por volta das 20 ou até 22 horas. É por isso que nesses lugares o horário de verão faz muita diferença.

Nos países equatoriais e nos tropicais, a incidência da luz solar é mais uniforme durante todo o ano e dessa forma não há muita vantagem na adoção do horário de verão.

No caso do Brasil – atualmente o único país equatorial do mundo que adota o horário de verão – a economia de energia elétrica não é considerada o fator predominante. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a motivação de se estabelecer esse dispositivo no Brasil é pela segurança do sistema.

Durante os meses do verão ocorre um aumento na demanda de energia, o que é particularmente percebido por volta das 18h, quando as pessoas retornam para seus lares e ligam luzes, chuveiros, condicionadores de ar, fornos, etc. Esse também é o horário em que a iluminação pública é acionada. O aumento brusco da demanda pode ter impacto negativo na estabilidade do sistema elétrico.

Ao se adotar o horário de verão brasileiro ocorre um deslocamento na entrada da iluminação pública (devido à iluminação natural, ainda presente), que passa a não mais coincidir com a chegada das pessoas em casa após o trabalho. Por causa de fatores como este o aumento da demanda se dá de forma mais gradual, o que melhora a segurança do sistema, segundo o ONS.

Ssempre que começa um horário de verão, existe um desconforto físico (por afetar o relógio biológico) e psicológico (por causar a sensação de perda de tempo).

Quando ele termina, ao contrário, temos essa hora que nos foi tomada de volta e a ilusão de um dia com 25 horas. É uma ilusão porque na verdade estamos apenas nos reajustando à natureza.

Com o fim do horário de verão os fenômenos celestes (nascer o pôr-do-sol, por exemplo) voltam a coincidir com o horário “normal” – que se não serve para economizar ou garantir mais segurança ao sistema elétrico, pelo menos é aquele com o qual estamos acostumados há milhares de anos.

Bem, olhando pelo lado bom, podemos aproveitar melhor a luz a mais no fim da tarde...

Albert Camus

E no meio de um inverno eu finalmente
aprendi que havia dentro de mim
um verão invencível.