quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Boas Festas!!
Caríssimas e Caríssimos,
2012 terminando... Hora de enviar minha tradicional mensagem de fim de ano, agradecendo aos antigos e aos novos companheiros de jornada, com os quais sigo aprendo, sempre.
Neste ano, lidando com mais um desafio e com a tristeza da perda terrena de minha mãe, lembro uma fábula, que serve para praticamente tudo na vida:
Ousar para mudar
Um filósofo passeava por um bosque com seu discípulo. O tema da conversa, naquela tarde, era sobre os encontros com que deparamos na nossa vida.
Ensinava o filósofo que um encontro é sempre uma surpresa que nos mostra o novo e o encanto das coisas que não conhecemos; dos caminhos que podemos descobrir. Afinal, um encontro é sempre uma oportunidade para aprender, para crescer e para ensinar.
*Num determinado momento, passavam em frente a um portal de aparência miserável, que contrastava com uma propriedade bem situada num parque de rara beleza.
"Olha este lugar, comentou o discípulo: é mesmo como o mestre diz: muita gente está no paraíso, sem se dar conta disso. Num belo sítio como este, vive-se miseravelmente."
Mas o mestre explicou: "não podemos julgar à primeira vista: precisamos verificar as causas, pois só entendemos o mundo quando entendemos as causas que o fazem mover".
Bateram à porta e foram recebidos pelos moradores do casebre: um casal e três filhos, com as roupas sujas e rotas.
"Vocês vivem aqui no meio da floresta, não há nenhum comércio por aqui perto", - disse o mestre ao pai da família. "Como é que vocês conseguem viver?"
"Meu amigo, respondeu o homem, - nós temos uma vaquinha, que nos dá uns litros de leite todos os dias. Vendemos uma parte do leite e compramos o que é necessário na cidade vizinha. Com uma outra parte fazemos queijo e manteiga para comermos. E assim vamos vivendo e Deus é servido."
O filósofo agradeceu a hospitalidade e a informação e os dois prosseguiram a sua viagem. Um pouco mais adiante, passaram ao lado de um poço. Diz o filósofo ao aluno:
"Vá procurar a vaca daquele senhor e jogue-a no poço."
"Como assim, se ele só tem aquela vaca para a sua sobrevivência?"
Mas o filósofo não deu resposta e o aluno lá foi procurar a vaca e jogou-a no poço.
O discípulo nunca mais esqueceu aquela cena. Passados muitos anos, quando já era um empresário de sucesso, decidiu voltar ao mesmo lugar, confessar àquela família o que tinha feito, pedir perdão e ajudá-la financeiramente.
Mas qual não foi seu espanto ao ver aquele lugar transformado numa bela quinta, com árvores floridas, carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. O homem ficou ainda mais desesperado pensando que aquela humilde família tinha sido obrigada a vender a propriedade para sobreviver. Apressou o passo e foi recebido por um caseiro muito simpático.
"Para onde foi a família que aqui vivia há uns quinze anos?"
"Continua aqui, são eles os donos da quinta", foi a resposta.
Surpreendido, quis falar com o proprietário. Este logo o reconheceu e perguntou-lhe como estava o filósofo. Mas o discípulo estava ansioso por saber como é que ele tinha conseguido melhorar a quinta e mudar tudo.
"Bem, disse ele - nós tínhamos uma vaca com que nos sustentávamos. Acontece, porém, que ela caiu no poço e morreu. Então para manter a família, tive que plantar uma horta com legumes. As plantas levavam tempo para crescer e vi-me obrigado a cortar madeira para vender. Ao fazê-lo tive que replantar as plantas e precisei comprar sementes. Ao comprá-las, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil; mas, quando a ceifa chegou, eu já estava vendendo legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca me tinha dado conta do potencial que tinha aqui.
Foi um sorte danada aquela vaca ter morrido!
Faça dos problemas, solução e das adversidades, oportunidades!
Pra finalizar, aproveitando meu gosto, também, por cozinhar, segue uma receita de ano novo:
Pegue 12 meses inteiros. Limpe-os bem, tirando toda a amargura, ódio e inveja. Deixe-os tão limpos quanto possível.
Depois corte cada mês em 28, 30 ou 31 partes diferentes, mas não pegue todas de uma vez só. Prepare-as pouco a pouco, atento aos ingredientes.
Misture bem em cada dia uma porção de fé, uma porção de paciência, uma porção de coragem e uma porção de trabalho.
Adicione uma parte de esperança, lealdade, generosidade, meditação e boa vontade.
Tempere tudo com pitadas de espiritualidade, diversão, um pouco de brincadeiras e um copo cheio de bom humor.
Despeje tudo isso numa tigela de amor.
Cozinhe bem, com muita alegria, e enfeite com um sorriso.
Depois sirva tranquila, desapegada e carinhosamente.
Assim você está destinado a ter um Feliz Ano Novo!
Siga esta receita e tenha, não somente boas festas mas, um ÓTIMO 2013!!
Faça acontecer, porque a única coisa que cai do céu é a chuva...
Afinal, "A vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro" (John Lennon)
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
A garota da capa vermelha
Na Idade Média, Valerie (Amanda Seyfried) é a jovem que vive em um vilarejo aterrorizado por um lobisomem. Ela é apaixonada por Peter (Shiloh Fernandes), mas seus pais querem que se case com Henry (Max Irons), um homem rico. Diante da situação, Valerie e Peter planejam fugir. Só que os planos do casal vão por água abaixo quando a irmã mais velha de Valerie é assassinada pelo lobisomem que ronda a região.
O filme é bom, mas a diretora, Catherine Hardwicke, a mesma que comandou a adaptação do livro Crepúsculo, poderia ter entregue mais.
O suspense central é a parte melhor explorada, já que o romance carece de química entre os atores. Com a chegada do inquisidor, Padre Soloman (Gary Oldman, caricato, mas decente), revela-se que o lobo é, realmente, um lobisomem que toma forma humana durante o dia, podendo ser qualquer habitante da aldeia. Com o mistério instaurado, o filme faz questão de mostrar que ninguém está acima de qualquer suspeita, mesmo que para isso tenha que jogar a sutileza para escanteio. A “mão pesa”, um pouco, no uso dos recursos para criar suspense, através das câmeras subjetivas, bastante utilizadas nos filmes de terror.
De qualquer forma, me agradou. Mas, a história poderia ter sido bem melhor explorada.
O filme é bom, mas a diretora, Catherine Hardwicke, a mesma que comandou a adaptação do livro Crepúsculo, poderia ter entregue mais.
O suspense central é a parte melhor explorada, já que o romance carece de química entre os atores. Com a chegada do inquisidor, Padre Soloman (Gary Oldman, caricato, mas decente), revela-se que o lobo é, realmente, um lobisomem que toma forma humana durante o dia, podendo ser qualquer habitante da aldeia. Com o mistério instaurado, o filme faz questão de mostrar que ninguém está acima de qualquer suspeita, mesmo que para isso tenha que jogar a sutileza para escanteio. A “mão pesa”, um pouco, no uso dos recursos para criar suspense, através das câmeras subjetivas, bastante utilizadas nos filmes de terror.
De qualquer forma, me agradou. Mas, a história poderia ter sido bem melhor explorada.
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