Torcedor santista: esqueça, por alguns momentos, da situação complicada na Libertadores, das polêmicas com grandes ídolos recentes, ou atuações pouco animadoras nas últimas partidas. Feche os olhos, e certamente, surgirá um outro Santos à sua frente. Uma equipe imaculadamente vestida de branco, em uma Vila Belmiro lotada – mas podia ser Pacaembu, Maracanã, Morumbi ou Estádio da Luz, em Lisboa. Lá se vão 99 anos desde que a bola entrou em acordo com os céus e, assim, fez nascer o Santos Futebol Clube.
Já foram marcados mais de 11 mil gols, ao longo do tempo. Feios ou bonitos, decisivos ou não, pouco importa. A cada um deles, a torcida do Peixe vibrou intensamente. E seus autores? Os mais variados. De Pelé,o maior de todos, com 1.091, passando por Pepe, Coutinho, Araken, Feitiço, Juary, Serginho Chulapa, Guga, Robinho, Neymar, chegando até a voluntariosos, mas medianos, como o obscuro Geilson, autor do gol 11 mil, por exemplo. “Santos, Santos, gol!”, diz a música adotada como hino informal. Nada mais justo. Mas o Alvinegro, que nasceu no exato dia em que o grandioso Titanic desaparecia nas águas do Atlântico Norte, tem algo de especial, único. Deve ter sido um acordo: para que um gigante surgisse, outro deveria submergir. E o Peixe não é só ataque: Gilmar dos Santos Neves, Mauro Ramos de Oliveira, Carlos Alberto Torres, Calvet, Ramos Delgado. Impedir gols e triunfos rivais também é uma arte, e estes são legítimos representantes desta dinastia. Sempre com técnica e disciplina. Peixe também de dirigentes imortais. De Athié Jorge Coury, o maior de todos, e Modesto Roma, outro marco na vida do clube, entre outros. Tantos presidentes, tantas glórias conquistadas. Pois o ano do centenário do Peixe começou. E com ele, a meta de fazer, dos próximos 100, tão gloriosos quanto este século preto-e-branco. Pois nascer, viver, e no Santos morrer, que me perdoem os não-alvinegros, é um orgulho que nem todos podem ter.
E, está aí. Vencemos e continuamos na Taça Libertadores!
Belo presente.
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