terça-feira, 21 de junho de 2011

Inverno

E novo inverno chegou. Trazendo, como sempre, novas possibilidades para que nos aqueçamos.
Como escreveu Ricardo Reis:
No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.



E, afinal, no meio de um inverno eu finalmente 
aprendi que havia dentro de mim 
um verão invencível.

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