Perfume de Mulher é um daqueles filmes sutis, que além de bem feito e bem contado, transmite uma mensagem de superação, onde o importante é nunca se deixar abalar por nada nessa vida, principalmente se o problema for alguma deficiência física, pois o essencial é aproveitar o que esta curta jornada aqui na Terra oferece de bom.
A história do filme é a seguinte: Para ganhar dinheiro e poder pagar a viagem de volta pra casa nas férias de Natal, um estudante de origens modestas, aceita tomar conta de um Oficial do Exército reformado, durante o dia de Ação de Graças. Sendo assim, ele arrasta o rapaz a uma viagem alucinante à Nova Iorque, onde cada um descobrirá o prazer de viver a vida e o que esta pode proporcionar de bom para nós.
Al Pacino dá um show no papel do cego ranzinza e mal humorado. O ator consegue transmitir com perfeição os sentimentos de seu personagem, um homem revoltado com o mundo e que possuí um imenso acúmulo de tristeza, mágua e revolta no coração. Outra coisa que encanta em Frank Slade (Pacino) é a identificação que o público começa a ter com o personagem e suas dificuldades, chegando ao ponto do telespectador sentir uma certa angústia e pena da situação vivida pelo seu personagem. O resto do elenco também está muito bem em seus respectivos papéis. Cris O´Donnel faz uma das melhores atuações de sua carreira.
Um filme equilibrado, bem contado e emocionante, nunca deixando a história perder o ritmo ou fazendo cair na mesmice. Um filme para ficar na memória, e o Oscar de Melhor Ator para Al Pacino foi mais que merecido.
Sempre bom rever, principalmente degustando la terrine de foies de volailles au madère e pâté de foie, acompanhado de um Grão Vasco tinto, 2008, garrafa no. 702650.
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