O filme ainda tenta injetar alguns toques de moralidade quase retrógrada, em que o trabalho dito honesto, o tal que leva esforço físico, é subvalorizado mas feito com honra e orgulho face aos empregos que dão milhões, barricados em escritórios ou cubículos. Todavia existem claros e eficazes tópicos que poderemos aproveitar nestas “falsas moralidades que resultam em falsas soluções” para um problema que afeta milhões: os reflexos do personagem de Tommy Lee Jones nos profetizam uma mudança brusca no nosso mundo a nível do trabalho profissional, em que cada vez mais a empresa é composta por elementos não físicos e simplesmente numéricos, que são as ações, dando soberania aos elementos humanos e de real porte.
The Company Men é apesar de tudo, uma excelente opção para fugir á época dos blockbusters que se avizinha, “levanta o pó” ao tema que abala muitos em todo o mundo, mas é um produto com tendências quase novelescas e politicamente correta. Quanto ao elenco, Ben Affleck tem um desempenho decepcionante e singelamente falso, Tommy Lee Jones é porém quem detém o personagem mais interessante de toda a fita, longe do ofuscado Chris Cooper e do bocejante Kevin Costner, num personagem estereotípica.
Em resumo, eu esperava mais. Fiquei com a sensação de um filme de norte americanos, para norte americanos e aí, nós, terceiro mundo, já sabemos o que esse tipo de capitalismo faz, não em escala de queda de padrão e sim de miséria...
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